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- Técnica de controlo respiratório e a hiperatividade e défice de atenção: um projeto numa escola do 2.º ciclo do ensino básicoPublication . Catela, David; Piscalho, Isabel; Victorino, Ana; Cerejeira, Bárbara; Marques, NIcole; Ferreira, Rita; Dias, SaraA Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção (PHDA) compreende um padrão persistente de sintomas de hiperatividade, impulsividade e/ou falta de atenção (APA, 2013), e pode causar comprometimento significativo nas atividades académicas (Cantwell & Baker, 1991), com efeitos negativos sobre a autoestima (Matza, Paramore & Prasad, 2005). A PHDA tem uma taxa de prevalência variando entre 3% e 7% em crianças em idade escolar (Rowland, Lesesne & Abramowitz, 2002; Rash & Aguirre-Camacho, 2012). Intervenções complementares com crianças estão a começar a ser usadas, como Ioga (e.g., Jensen e Kenny, 2004; Stück e Gloeckner, 2005), principalmente porque as suas técnicas de respiração podem ter valor terapêutico (e.g., Shannahoff-Khalsa & Kennedy, 1993; Jella, & Shannahoff-Khalsa, 1993). Na realidade, os programas escolares de Ioga para crianças com PHDA (e.g., Peck, Kehle, Bray & Theodore, 2005; Abadi, Madgaonkar & Venkatesan, 2008) e respetivas famílias (e.g., Harrison, Manocha e Rubia, 2004) estão a disseminar-se. Todos os programas de Ioga incluem exercícios de respiração, com base na redução do ritmo e no alongamento dos ciclos respiratórios. A arritmia sinusal respiratória (RSA) é a variação da frequência cardíaca que acompanha a respiração. A frequência cardíaca aumenta durante a inspiração e diminui durante a expiração. Medições cardíacas têm sido utilizadas para fornecer validação do transtorno de déficit de atenção disruptivo e não disruptivo (e.g., Dykman, Ackerman & Oglesby, 1992). A RSA é maior entre as crianças com desenvolvimento típico do que em crianças medicadas com PHDA, mas as crianças não medicadas com PHDA ainda têm uma menor RSA (Buchhorn et al., 2012). Frequentemente, a frequência respiratória ocorre entre 9 e 24 respirações por minuto. Aproximadamente a 6 respirações por minuto há um aumento na amplitude de RSA, um ritmo que pode ser alcançado com algum treinamento (Lehrer, Vaschillo e Vaschillo, 2000). A RSA é importante porque determina a variabilidade da frequência cardíaca (HRV); que é assumido como um índice de ativação autonómica cardíaca (Lin, Tai, & Fan, 2014), sendo que a sua componente de alta frequência (HF), 0,15 a 0,40 Hz, é tida como um indicador de ativação do sistema nervoso parassimpático (Camm et al., 1996; Reyes del Paso et al., 2013), o qual está relacionado com fatores psicológicos, como a atenção e a regulação emocional (Thayer & Lane, 2009). Esse processo é possível porque a frequência cardíaca está sob controle inibitório tónico periférico através do nervo vago (Levy, 1990; Uijtdehagge & Thayer, 2000). Maior a amplitude da RSA, maior a HRV, e níveis mais altos de HRV em repouso propiciam respostas emocionais adequadas ao contexto (Ruiz-Padial et al., 2003; Thayer & Brosschot, 2005). A desregulação da emoção está associada à PHDA em crianças, e também está associada à HRV (Bunford et al., 2017). De facto, a PHDA na infância está associado a mecanismos parassimpáticos anormais envolvidos na regulação emocional (Musser et al., 2011). Ao nível cognitivo, pessoas com uma HRV em repouso baixa apresentam produção de cortisol maior perante desafios cognitivos, comparativamente com aquelas com uma HRV elevada em repouso (Johnsen et al., 2002). A HRV também está positivamente associada à consciência situacional, um fator crítico para o sistema central executivo tomar decisões e ações adequadas em situações stressantes e críticas, o que por sua vez está positivamente associado à prestação (Saus et al., 2006). Ora, as crianças com ADHD apresentam frequências cardíacas médias significativamente mais elevadas, uma HRV significativamente mais reduzida e uma relação LF/HF significativamente maior do que as crianças com desenvolvimento típico (Tonhajzerova et al., 2009; Griffiths et al., 2017; Imeraj et al., 2011; Rukmani et al., 2016; cf. Carvalho et al., 2014). Uma vez que a HRV está associada ao desempenho e às respostas ao stresse, questionamos se será possível regular a HRV das crianças com PHDA, através do controlo respiratório, a fim de lhes proporcionar condições de regulação emocional e da atenção, no desempenho das tarefas académicas, bem como na capacidade de adaptação a situações stressantes. Com este objetivo, foi iniciado um projeto com alunos de uma escola pública, identificados com potencial ADHD. Entre os professores das potenciais crianças com PHDA, foi aplicada uma versão em português do formulário de relatório do professor (Achenbach, 1991; Fonseca et al., 1995). Atualmente, estão a ser recolhidos sinais vitais baseline (HRV e pressão arterial), bem como a frequência respiratória em repouso; e, um programa de treino de controlo respiratório, similar, mas consideravelmente mais simples, ao proposto por Lehrer, Vaschillo e Vaschillo (2000) será implementado com estas crianças. Para o treino da técnica de respiração abdominal, as crianças serão instruídas do seguinte modo: (1) coloca uma mão sobre o teu peito e a outra sobre a tua barriga, (2) respira apenas pelo nariz, (3) enche a tua barriga com ar e depois deixa-o sair devagar. Não será controlada a duração ou o ritmo dos ciclos respiratórios, para que as crianças possam realizar uma respiração confortável. A recolha de dados para a HRV será realizada através do Polar V800 (Giles, Draper, & Neil, 2016). Para analisar a HRV, será usado o software gHRV (Rodríguez-Liñares, Lado, Vila, Méndez & Cuesta, 2014), com filtragem conforme Rodríguez-Liñares, Méndez, Vila e Lado (2012), e análise de domínio de frequência conforme Vila et al. (1997). Para os índices não lineares, a entropia aproximada será calculada conforme Kaplan, Furman e Pincus (1990) e Pincus e Goldberger (1994). Para a análise das séries temporais, a dimensão m e o delay proceder-se-á conforme Kantz e Schreiber (2004) Cao (1997), respetivamente. Os dados serão tratados estatisticamente com o programa IBM-SPSS, versão 24. O teste Shapiro-Wilk será usado para verificar a distribuição normal dos dados. O teste de Wilcoxon será usado para comparação intragrupo. O effect size r será calculado (Field, 2013).
- O desenvolvimento de uma política de apoio a crianças com necessidades educativas especiais em São Tomé e PríncipePublication . Piscalho, IsabelNo âmbito do Projeto Reforço Institucional e Qualitativo do Ensino Básico, uma equipa de consultores da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian está a apoiar o trabalho desenvolvido pelas escolas do ensino básico em São Tomé e Príncipe. De entre as várias áreas de intervenção, este projeto pretende apoiar a definição de uma política para a inclusão das crianças com necessidades educativas especiais de carácter permanente nas escolas, uma das grandes lacunas do sistema educativo do país. Numa primeira etapa, com o apoio da UNICEF, uma equipa da ESE coordenou a identificação, a nível nacional, das crianças com necessidades educativas especiais existentes. Para além da colaboração das escolas do 1º ciclo do ensino básico e dos jardins de infância este levantamento foi feito com o apoio das ONG e dos serviços de saúde. Nesta comunicação será apresentada uma síntese deste trabalho, assim como do que está a ser realizado a nível da formação inicial e contínua de docentes visando a criação de um apoio às crianças com necessidades educativas especiais a nível nacional.
- Organização e Supervisão da Prática Pedagógica – Guia de formação continuaPublication . Neto, Adriana; Branco, Ana; Quintas, Anastácio; Cunha, Armanda; Santos, Álvaro; Sousa, Maria Inácia; Costa, Bleizy; Monte, Isidoro; Piscalho, Isabel; Santos, Leonor; Teixeira, Madalena; Colaço, SusanaEste documento pretende ser um apoio à actividade dos responsáveis pela supervisão de professores em contexto de formação contínua. Construído numa lógica formativa, nele são fornecidas bases teóricas para a compreensão da actividade supervisiva nas suas várias dimensões e implicações, para depois se propor exercícios diversificados de caracterização e análise da realidade santomense, tanto a um nível macro, nomeadamente institucional e organizacional, como a um nível micro, de acompanhamento interpares, bem como exercícios de aplicação de diferentes técnicas e instrumentos de supervisão. Para melhor promover uma reflexão adequada ao contexto de São Tomé e Príncipe, recorre-se, em diversos momentos, ao conteúdo de entrevistas grupais que foram realizadas a professores santomenses em diferentes contextos de formação (inicial, em exercício e de profissionalização em serviço).
- Programa de sinalização de crianças com deficiência ou em risco de desenvolvimento em São Tomé e Príncipe – Relatório do estudo. UNICEFPublication . Piscalho, Isabel; Vera Cruz, Ana
- Organização e Supervisão da Prática Pedagógica – Guia de formação inicialPublication . Neto, Adriana; Branco, Ana; Quintas, Anastácio; Cunha, Armanda; Santos, Álvaro; Sousa, Maria Inácia; Costa, Bleizy; Monte, Isidoro; Piscalho, Isabel; Santos, Leonor; Teixeira, Madalena; Colaço, SusanaEste documento pretende ser um apoio à actividade dos responsáveis pela supervisão de professores em contexto de formação inicial. Construído numa lógica formativa, nele são fornecidas bases teóricas para a compreensão da actividade supervisiva nas suas várias dimensões e implicações, para depois se propor exercícios diversificados de caracterização e análise da realidade santomense, tanto a um nível macro, nomeadamente institucional e organizacional, como a um nível micro, de acompanhamento interpares, bem como exercícios de aplicação de diferentes técnicas e instrumentos de supervisão. Para melhor promover uma reflexão adequada ao contexto de São Tomé e Príncipe, recorre-se, em diversos momentos, ao conteúdo de entrevistas grupais que foram realizadas a professores santomenses em diferentes contextos de formação (inicial, em exercício e de profissionalização em serviço).
- Promover competências autorregulatórias da aprendizagem nas crianças dos 5 aos 7 anos – perspetivas de investigadores e docentesPublication . Piscalho, Isabel; Simão, AnaPromover precocemente competências de autorregulação da aprendizagem com vista ao desenvolvimento da autonomia é considerado fundamental no processo escolar e de formação ao longo da vida. Neste artigo, apresentam-se alguns fundamentos teóricos e perspetivas de 23 investigadores (psicologia da educação e/ou educação na área do desenvolvimento curricular), 5 educadores de infância e 7 professores do 1.º ciclo do ensino básico sobre as abordagens educativas necessárias ao desenvolvimento de competências autorregulatórias nas crianças, em contexto da educação pré-escolar e do ensino básico. Serão apresentadas perspetivas dos entrevistados sobre: possibilidades da promoção da autorregulação da aprendizagem nas crianças dos 5 aos 7 anos, o papel dos docentes na promoção de competências autorregulatórias da aprendizagem nas crianças dos 5 aos 7 anos, as práticas educativas consideradas promotoras das competências autorregulatórias da aprendizagem nesta faixa etária e de que forma pode ser desenvolvida nos docentes uma consciencialização no sentido de promover competências autorregulatórias nas crianças dos 5 aos 7 anos. A utilização de instrumentos de apoio à prática pedagógica, parece ser a forma eleita pelos participantes do estudo como promotora de competências autorregulatórias junto de crianças em fase de transição escolar.
- Auto-regulação das Aprendizagens na transição da Educação Pré-escolar para o Ensino Básico – Promover a reflexão sobre a acção docente em contextoPublication . Piscalho, Isabel; Simão, AnaPromover precocemente competências de auto-regulação das aprendizagens com vista ao desenvolvimento da autonomia é considerado fundamental no processo escolar e de formação ao longo da vida. O projecto de investigação delineado tem como alvo crianças na Educação Pré escolar e no 1.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico (5-7 anos) e enquadra-se no desenvolvimento profissional de educadores e professores. Neste artigo, argumenta-se a necessidade de promover a reflexão sobre a acção docente em contexto da Educação Pré-escolar e do Ensino Básico assegurando a continuidade educativa, com vista à promoção precoce de competências de auto regulação da aprendizagem. Apresenta-se o planeamento estratégico da construção, utilização e validação de um instrumento formativo a concretizar em colaboração com educadores de infância, professores do 1º ciclo do ensino básico e outros profissionais relacionados com esta temática reconhecidos pela comunidade científica. A finalidade é a de apoiar os docentes na reflexão, identificação e avaliação das suas abordagens educativas a fim de as ajustarem às necessidades das crianças e ao desenvolvimento de processos auto-regulatórios. Estes constituem-se como estratégias de suporte e proporcionam oportunidades efectivas e essenciais ao desenvolvimento da autonomia nas crianças.
- A formação de professores e educação inclusiva: o desenvolvimento de uma política de apoio a crianças com necessidades educativas especiais em São Tomé e PríncipePublication . Piscalho, IsabelEste artigo pretende apresentar o trabalho desenvolvido no âmbito do Projeto Reforço Institucional e Qualitativo do Ensino Básico. Este, visa desenvolver estratégias de formação e apoio ao trabalho desenvolvido pelas escolas do ensino básico em São Tomé e Príncipe, é apoiado pela Fundação C. Gulbenkian e desenvolvido em parceria com uma equipa de consultores da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém. O projeto torna-se inovador por estar a apoiar a definição de uma política para a inclusão das crianças com necessidades educativas especiais de carácter permanente nas escolas, uma das grandes lacunas do sistema educativo do país. Deste modo, prevê-se a colaboração na identificação, a nível nacional, das crianças com necessidades educativas especiais existentes, em colaboração com os serviços de saúde, ONG, docentes e diretores das creches, jardins de infância e escolas do ensino básico. Paralelamente, visando a construção de um modelo de formação para o trabalho específico com estas crianças, estão a ser recolhidos nos diferentes distritos do país testemunhos de educadores e professores, que serão analisados e trabalhados nos documentos de apoio a organizar para as atividades formativas a desenvolver. Assim, apresentar-se-ão os objetivos e metodologias deste trabalho, assim como alguns dos dados recolhidos.
- A importância da formação para o desenvolvimento qualitativo das escolas: exemplo de um projeto que está a ser desenvolvido em S. Tomé e PríncipePublication . Cardona, Maria João; Piscalho, IsabelCom o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, desde 2013, uma equipa de consultores da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém está a participar num projeto que visa o apoio à organização do sistema de formação inicial e contínua de docentes (Projeto Reforço Institucional e Qualitativo do Ensino Básico) na República Democrática de São Tomé e Príncipe. Este projeto surge na sequência da colaboração anterior de uma equipa da ESE de Santarém num projeto que visou a reforma do ensino básico e a construção de manuais (da 1ª à 6ª classe) neste país. Nesta comunicação após uma contextualização da realidade educativa de São Tomé e Príncipe, serão apresentados os objetivos e metodologias das várias áreas de intervenção deste projeto.
- The analytical tools to work gender-equality issues at the pedagogical practices and formative levelPublication . Cardona, Maria João; Piscalho, Isabel; Uva, MartaWe will present a project developed with the support of the Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género» (CIG ) - Committee for Citizenship and Gender Equality which intends to study the way teachers (in the preschool and elementary school) work on gender questions with the children and the difficulties they have and feel in that work. We will also present some results from the data analysis we gathered, directly from the classes, about the children’s gender representations (what is it to be a man, woman, boy and girl); the teachers and children’s "good student" representations and also their implications in the boys’ and girls’ school performances. Based on this work we intend to build resources and analytical tools to improve gender-equality issues in pedagogical practices and in teacher training. In the workshop, we also presented how this material can help teachers’ reflection about their own educative and pedagogical work.