Escola Superior de Desporto
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Browsing Escola Superior de Desporto by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Sociais::Ciências da Educação"
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- Aprender a ciclar em 5 horas? Resultados de 2 intervençõesPublication . Bernardino, Mafalda; Branco, Marco A. C.; Catela, David; Cordovil, R.; Mercê, CristianaCapacitar as nossas crianças a ciclar é capacitá-las para uma vida mais saudável, mais plena e mais responsável. A utilização da bicicleta com rodas laterais de treino (BRL) é a abordagem mais comum para aprender a ciclar, no entanto a literatura sugere-a como contraproducente. O presente estudo implementou o programa Learning to Cycle com os objetivos de: i) promover a aquisição de ciclar, e ii) investigar e comparar a utilização da bicicleta de equilíbrio (BE) e BRL durante esta aquisição. Participaram 51 crianças (M=5,82±0,94 anos) do pré-escolar e 1ºCEB, que não sabiam ciclar previamente, divididas por 2 grupos. Um grupo explorou a BE e outro a BRL durante 6 sessões, seguindo-se mais 4 sessões com a bicicleta convencional (BC). A avaliação do ciclar independente foi considerada como a capacidade de realizar, sequencialmente e sem ajuda, os seguintes marcos de ciclar: iniciar, equilibrar e travar. Foi registado o número de sessões com a BC que cada criança necessitou para adquirir cada marco de ciclar e o ciclar independente. O programa revelou 88,24% de sucesso para a aquisição de ciclar independente, 100% na BE e 76,92% na BRL. As crianças do grupo da BE adquiriram significativamente mais rápido os marcos de iniciar, equilibrar e travar, bem como o ciclar independente. Os resultados evidenciam que a intervenção para adquirir o ciclar pode ser aplicada com sucesso a partir do pré-escolar, e que a BE é uma bicicleta de aprendizagem mais eficiente que a BRL.
- Efeito da intervenção com exercício físico em adolescentes com perturbações no desenvolvimento da coordenação (DCD): revisão sistemáticaPublication . Bernardino, Mafalda; Catela, David; Branco, Marco A. C.; Mercê, CristianaA perturbação no desenvolvimento da coordenação (DCD), é uma condição motora que afeta a capacidade de realizar habilidades motoras coordenadas grossas e finas, com impacto negativo significativo no dia a dia. O exercício físico (EF) ajuda a mitigar os efeitos negativos da DCD em crianças, porém não existe sistematização nesta área com a população adolescente. Esta revisão objetivou investigar quais os efeitos do EF em adolescentes com DCD. A pesquisa foi realizada na PubMed, e a avaliação da qualidade através da escala de PEDro. Foram selecionados 5 artigos, que evidenciaram efeitos significativos do EF na competência motora em adolescentes com DCD. O EF deve ser incluído nos hábitos de vida de adolescentes com DCD, preferencialmente através de programas, com uma duração mínima de 13 semanas, orientados por profissionais com qualificação adequada, para melhoria da competência motora e desenvolvimento das habilidades motoras.
- Efeitos do exercício físico na funcionalidade motora em pessoas com hérnias discais lombaresPublication . Paterno, Rafaela Silva; Branco, MarcoA coluna vertebral é crucial para sustentar o corpo e permitir movimentos. Para o seu bom funcionamento e segurança, é necessário que os músculos do tronco, especialmente os profundos, estejam bem coordenados e robustos. Esses músculos atuam no controlo da estabilidade intersegmentar, sendo responsáveis por garantir que cada segmento da coluna se mova de forma controlada e harmoniosa, evitando movimentos excessivos ou desalinhamentos que possam causar lesões. Quando não tratada corretamente, Hérnia Discal Lombar (HDL) pode causar fraqueza muscular, prejudicando a funcionalidade motora. Desta forma é essencial o desenvolvimento e validação de programas de exercício físico específicos para esta população. O presente trabalho teve como objetivos: i) Desenvolver e validar um programa de exercício físico para portadores de hérnias discais lombares; ii) Avaliar o efeito do exercício físico na funcionalidade motora em pessoas com hérnias discais lombares. Para a validação do programa de exercício direcionado para adultos com hérnias discais lombares, foram seguidas as Linha Orientadora Revista para Critérios de Reporte sobre o Desenvolvimento e Avaliação de Intervenções Complexas em Saúde (CReDECI 2) por Möhler et al., (2015), assim como as diretrizes do Consenso sobre Modelo de Reporte de Programas de Exercício Físico (CERT) por Slade et al., (2016) para a descrição do programa. Para a recolha e avaliação do nível de atividade física e a sensação de dor, foram realizados testes “Multisegmental rotation” (Hoogenboom et al., 2013) e o “30-second chair stand” (Rikli & Jones, 2013), onde se preencheu uma escala de dor (Comissão Nacional de Controlo da Dor, 2011). Após intervenção com um programa de exercício físico, verificaram-se melhorias significativas na funcionalidade motora e dor. Desta forma podemos concluir que um programa de exercício físico de oito semanas tem o potencial de melhorar a funcionalidade motora, a sensação de dor em adultos com HDL.
- O uso do instrumento e o estudo do comportamento motorPublication . Catela, DavidQueremos agarrar uma pequena esfera enfiada num pequeno orifício e os nossos dedos não cabem. Como tirar a esfera? Recorremos a uma pinça. A pinça vai permitir-nos retirar a esfera do orifício, mas vai alterar as nossas referências corporais. A pinça prolonga-se para lá dos limites dos nossos dedos, a parte que dela servir para "agarrar" a esfera tem dimensões e um atrito diferentes das polpas dos nossos dedos. A percepção que temos do peso e da textura da esfera faz-se já não directamente através da nossa pele mas indirectamente através da pinça. Já não temos que decidir quantos dedos usar mas a que distância devemos parar. Podemos mesmo alcançar o objecto se ele estiver mais afastado de nós, como se de facto ele não estivesse. Incorporaremos nós o instrumento no nosso corpo, como se passássemos a possuir um outro eu corporal? De tão óbvio e trivial, o uso do instrumento não tem sido alvo da devida atenção. Neste texto identificaremos primeiro o que consideramos ser um instrumento e usar um instrumento. Seguidamente faremos uma análise de estudos que de um modo directo ou indirecto abordaram o desenvolvimento motor, a aprendizagem motora e/ou o controlo motor de instrumentos. Finalmente reflectiremos sobre questões metodológicas para o estudo do uso do instrumento.