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Advisor(s)
Abstract(s)
Ao longo dos últimos anos, em muitos países, e como já é habitual em Itália, o peso vivo de abate de
suínos tem registado um progressivo aumento, o que tem sido possível devido ao melhoramento
genético de raças industriais, com potencial para produzir mais carne magra.
Utilizaram-se 30 suínos, F1 cruzados de Landrace x Large White, castrados, submetidos a
acabamento intensivo com alimento composto (Energia Bruta 3833 kcal / kg MS), distribuído ad
libitum, até um peso elevado ao abate (90-160 kg de PV). Avaliou-se o desempenho produtivo dos
animais, espessura da gordura e profundidade do Longissimus dorsi, in vivo, e peso de carcaça. Os
animais foram pesados semanalmente e a ingestão de alimento controlada, individual e diariamente,
permitindo calcular os GMD e IC. Efetuaram-se diversas medições, in vivo, da espessura da gordura
(P1 - linha média da última vertebra torácica, P2 - a 6 cm da linha média ao nível da última vertebra
torácica e P3 - linha média da última vertebra lombar) e da profundidade do Longissimus dorsi, por
ultra-sonografia, aos 90, 120 e 160 kg PV. Os animais foram abatidos em matadouro experimental,
registando-se o peso de carcaça, a quente e a frio (24 h post mortem), bem como o total das
gorduras rejeitadas e miudezas.
Os GMD dos animais foram de 828,3 ± 110,3 g e de 673,1 ± 112,2 g, nos períodos 90-120 kg e 120-
160 kg, respetivamente, o que representa um decréscimo de 19% do GMD, entre os períodos
considerados. Nos mesmos períodos, os IC foram de 4,27 ± 0,32 e de 4,99 ± 0,49, representando um
incremento de 17%. O consumo médio de alimento foi de 3,34 kg / dia. Para as três medições de
espessura da gordura efetuadas e da profundidade do Longissimus dorsi, registou-se um crescimento
constante ao longo do ensaio, no total de 1,1 cm, e de 1,2 cm, respetivamente. Observou-se apenas
uma diferenciação do crescimento do P2, menos acentuado entre os 90 e os 120 kg, mas
recuperando, no período 120-160 Kg. Os pesos médios da carcaça, a quente e a frio, foram
respectivamente 132,1 Kg e 130 kg, representando 82,4% e 81% do peso vivo ao abate. Obteve-se
um peso médio da perna (com chispe) de 19 kg.
Os resultados obtidos indiciam uma possível utilização deste cruzamento na produção de suínos em
sistema intensivo com objetivo de produção de pernas para presunto e com aproveitamento das
restantes peças cárneas.
Description
Keywords
Suíno Produto de cruzamento Crescimento Peso da carcaça
Citation
Ferreira, P. Pardal, P., Almeida, J. Bressan & C. Gama, L. (2016). Crescimento e qualidade da carcaça de suinos Landrace X Large White submetidos a acabamento intensivo até elevado peso de abate. Resumos das comunicações - X Congresso Ibérico sobre Recursos Genéticos Animais. Castelo Branco. 15 a 17 de Setembro de 2016. p. 128.