Publicações de encontros científicos_ESAS
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- Relação cintura-altura na associação e estratificação do risco cardiometabólicoPublication . Pessoa, Leonor; Viegas, C.; Rodrigues, P. O.; Bandarra, N. M.; Bispo, PauloIntrodução: A relação cintura-altura (WHtR) é um método simples de avaliar a adiposidade visceral, e pode ser útil na estratificação do risco cardiometabólico. Por outro lado, tem a vantagem de ser independente do sexo e da idade. O presente estudo tem como objetivos analisar eventuais correlações entre a WHtR e um conjunto de biomarcadores cardiometabólicos, e a utilização da WHtR na estratificação do risco cardiovascular. Métodos: O estudo foi efectuado em 78 indivíduos (idade > 18 anos) de ambos os sexos. Foram determinados os níveis sanguíneos de triacilglicéridos (TAG), do colesterol total, do HDL-c, do LDL-c, da ApoA, ApoB, da glucose, da proteína C reativa de alta sensibilidade (hsCRP), a Lp(a), assim como a pressão arteral sistólica (SBP) e diastólica (DBP), e a frequência cardíaca (HR). O ponte de corte para a WHtR foi de 0,5. Foram calculadas medidas de localização e dispersão, correlação de Spearman e realizados teste de Man-Whitney para a diferença entre as médias. Resultados: O WHtR apresenta um valor médio de 0,59 ± 0,08. Por análise bivariada, o WHtR associou-se de forma positiva com a SBP (rs = 0,469, p< 0,001), a DBP (rs = 0,356, p< 0,01), HR (rs = 0,277, p< 0,05), TAG (rs = 0,480, p< 0,001), ApoB (rs = 0,254, p< 0,05), hsCRP (rs = 0,434, p< 0,001) e a glucose (rs = 0,398, p< 0,001) e, de forma negativa com o HDL-c (rs = -0,420, p< 0,001). Estratificando a amostra para o WHtR, os indivíduos com valores de WHtR ≥ 0,5, apresentavam valores significativamente (p< 0,05) mais elevados de SBP, DBP, TAG, hsCRP e de glucose, comparativamente com os indivíduos com valores de WHtR < 0,5. Conclusões: A relação cintura-altura associa-se de forma siginificativa com os biomarcadores “standard” de risco cardiometabólico, e pode ajudar a identificar individuos com risco cardiovascular aumentado.
- Total sugar intake significantly associated with systolic blood pressure in small sample populationPublication . Pessoa, Leonor; Viegas, C. l.; Rodrigues, P. O.; Bandarra, N.M.; Bispo, PauloHypertension contributes to 45% of all deaths from heart disease and up to 51% of deaths from strokes. Dietary factors, such as sodium (Na+) and potassium (K+) can play a role, but recent studies have also highlighted the importance of sugar intake on blood pressure. Very few studies have evaluated the impact of these factors and their ratio on cardiometabolic biomarkers. This study aims to assess the impact of dietary sugar intake, Na+, K+ and NA+/K+ ratio on hypertension and cardiometabolic biomarkers. Methods Fasting venous blood was collected to measure glucose, triacylglycerols (TAG), total cholesterol, HDL-c, ApoA1, ApoB, or hs-CRP, with enzymatic and turbidimetric techniques, and oxidized LDL by ELISA, and IL-6 and TNFa by Luminex system, the latter’s in a subset sample. Blood pressure (SBP, DBP, and HR) was measured at least twice with an automatic recorder. Dietary intake was obtained using semi-quantitative FFQ, comprising 82 items, and reported to the previous year. Data was analysed using R software through descriptive analysis and partial correlations adjusted to the participant’s BMI. A significant level of 0.05 was used. Results 78 participants, aged from 19 to 80 years old (M = 48,5±13,5) were evaluated, with 47% taking hypertensive medication. BMI ranged from 19,7 to 41,1 Kg/m2 (M = 29,2±5,4). The average intake of Na+, K+ and NA+/K+ ratio were 3805±1397 mg, 3980±1300 mg and 1.65±0,38, respectively. Total mean sugar intake (% energy) represents 21,4%. No significant correlation was found between Na+ or K+ with SBP, HR, and the cardiometabolic biomarkers (p > 0.05). A positive correlation was found between % sugar intake and SBP (rs = 0,29, p < 0,05), which remains significant after adjusting for BMI, and a positive correlation, in the borderline of significance, with TAG (rs = 0,23, p = 0,0561). Conclusions N+, K+, and their ratio do not associate with SBP, HR and cardiometabolic biomarkers. However, % of sugar intake is positively associated with SBP. Key messages • Sodium and potassium may not always be associated with changes in blood pressure. • Sugar intake might have an important role in the etiopathology of hypertension.
- Flore adventice de vergers de poirierPublication . Vasconcelos, T.; Santos, F.; Franqueira, José; Filipe, N.Parmi plusieurs especes d'adventices recencees dans les releves floristiques effectues dans les vergers de poirier des regions du Ribatejo, de l'Oeste et de Beira Interior, les Legumineuses, les Composees et les Graminees sont les plus representatives. Les especes ont ete classees en trois categories salon leur frequence relative : superieure a 75%, comprise entre 50 et 75%, et comprise entre 25 et 50%. On a analyse les profils ecologiques des frequences corrigees pour les 20 especes, ayant une information mutuelle plus elevee pour les facteurs ecologiques suivants: "rsgion", "texture", "pH (H20)" ."P205 assimilable" et "K20 assimilable".
- Patterns of growth and development in warmblood horsesPublication . Fradinho, M.J.; Costa, A.L.; Maerten, C.; Fangueiro, L.; Bliebernicht, M.; Vicente, AntónioIntroduction: Non-linear functions have been used to characterize growth and development in some horse breeds. These functions adjust better to data and may have an easier biological interpretation. The objective of the present study was to characterize growth and development patterns in a population of warmblood horses (Hanoverian and Oldenburg breeds), from birth to 5 years of age. Materials and methods: A total of 2,852 records for body weight (BW), withers height (WH), girth (G) and cannon circumference (CC) were obtained from 81 foals (42 colts; 39 fillies) born and raised in a reference stud-farm in the south of France. Data were regularly collected between birth and 5 years of age, when horses were already on regular work. Several sigmoid growth functions were adjusted to BW, WH, G and CC data sets using the NLIN procedures of SAS. However, the Richards equation y = A(1 – b.exp(-kt))M was chosen for further analysis because it was the best fit model for all the variables. The effect of sex was also evaluated. Results: The mature BW was 619.4±18.6 kg and the mature size was 172.6±1.6 cm for WH, 198.8±2.2 cm for G and 21.0±0.2 cm for CC. According to average values found in literature, the proportions (%) of mature BW at 6, 12, 24, 36 and 48 months of age were, respectively, 40, 56, 75, 86 and 92 %. The proportions (%) of mature WH considered in the breeding programs for the two breeds, at the same ages were 82, 89, 95, 99 and 100%. In the present study, sexual dimorphism was not observed for WH. However, significant differences were found between males and females (P<0.001) in what concerns BW, G and CC models. Growth rates were in the range of those found for a moderate growth in other sport breeds. Conclusion: Growth and development in the warmblood horse can be accurately described by non linear functions.
- Diversidade genética de éguas Puro-Sangue Lusitano selecionadas para a disciplina de saltos de obstáculosPublication . Faria, RAS; Teixeira, A.; Mendes, V.; Gomes, J.; Gonçalves, V.; Miranda, B.; Vicente, AntónioO objetivo do estudo foi avaliar a diversidade genética e fornecer informações sobre os principais ancestrais e fundadores de um novo criador de cavalos da raça Puro-sangue Lusitano (PSL), que selecionou os animais para a disciplina equestre de saltos de obstáculos. Foram avaliadas 16 éguas da população Lusitano Sport Horses (pLSH) com nascimentos de 2016 a 2021 e compilados os pedigrees utilizados nas análises, com todos os ancestrais conhecidos e fornecidos pelo Stud-book online da Associação Portuguesa de Criadores do Cavalos Puro-Sangue Lusitano (APSL). Foram incluídos 483 ancestrais nascidos entre 1947 e 2015, formando a população total (pT) com 499 cavalos PSL. Os intervalos de geração estimados foram elevados com valores de 10,0 e 10,7 anos para as vias de seleção Garanhões-filhos/as e 9,5 e 9,8 anos para Éguas-filhos/as, respetivamente. O coeficiente de consanguinidade (F) foi de 1,13% (pT) e 5,26% (pLSH), o parentesco de 1,88% (pT) e 3,38% (pLSH). Os valores do tamanho efetivo da população (Ne) calculados pelo ΔFi foram de 79 (pT) e 43 (pLSH) animais, e por geração de 42 (pT) e 28 (pLSH) animais. Os valores da probabilidade de origem do gene por meio dos tamanhos efetivos dos fundadores (fe), ascendentes (fa) e genomas fundadores (fge) foram de 67, 62 e 53 animais para pT e 35,15 e 7 animais para pLSH, respetivamente, com perdas de diversidade genética ao longo das gerações. O número de animais ancestrais (fundadores ou não) que explicam a totalidade da diversidade genética é de 142 (pT) e 22 (pLSH) animais, valores considerados reduzidos e, com somente 24 e 6 ancestrais é possível explicar 50% da diversidade genética da pT e pLSH, respetivamente. Os 10 principais ancestrais da pT e pLSH, explicaram 39,4% e 71,1% da diversidade genética total. A perda da diversidade genética observada e a concentração num reduzido número de reprodutores, denota necessidade de maior controle e inclusão de novos programas com foco no melhoramento e também na conservação do modelo e andamentos da raça PSL. O delineamento de acasalamentos dirigidos, com seleção dos reprodutores, deve ser promovido, definindo critérios e objetivos para os programas de seleção e melhoramento de cavalos de saltos de obstáculos da raça Puro-sangue Lusitano.
- Estrutura genética do porco Malhado de Alcobaça por meio de estatísticas f de WrightPublication . Vicente, António; Faria, RAS; Santos, J.J.; Bastos, J.; Carolino, NunoO porco Malhado de Alcobaça (MA), apresenta-se, em 2024, como uma das raças autóctones portuguesas em maior risco de erosão genética. O objetivo deste estudo foi obter informações aprofundadas sobre a estrutura genética da raça por intermédio da estatística F de Wright. A população total de suínos da raça MA, até 2022, continha 18.319 animais (47,6% machos), nascidos entre 1987 e 2022 e destes, foram criadas e avaliadas duas subpopulações de referência. A subpopulação de referência 1 (Sp1) com 10.652 animais (50,9% machos) nascidos de 2013 a 2019, contendo sensivelmente três gerações, e a subpopulação de referência 2 (Sp2) constituída por 5.561 animais (51,3% machos) nascidos entre 2020 e 2022, duração aproximada de uma geração. A estrutura genética do MA foi avaliada pela estatística F de Wright e foram obtidos resultados para o coeficiente de consanguinidade individual em relação à população total (FIT), com valores de 0,009 (Sp1) e 0,015 (Sp2), indicando redução da heterozigotia dos indivíduos em relação à população total, sugerindo a prática de acasalamento consanguíneos. Os valores do coeficiente de consanguinidade do indivíduo em relação à subpopulação (FIS) foram de 0,058 (Sp1) e 0,061 (Sp2), e sinalizam igualmente uma redução da heterozigotia, igualmente, devido à existência de acasalamentos entre animais aparentados nas Sp1 e Sp2. Por último, avaliou-se o coeficiente de consanguinidade médio da subpopulação em relação à população total (FST), denominado também por índice de fixação, sendo o mais importante, apresentando a variância genética que explica a estrutura da população avaliada. Compreende um intervalo de 0 a 1 (como os demais), forneceu resultados de 0,002 e 0,004 para Sp1 e Sp2, respetivamente. Os valores de FST quando < 0,05, indicam pouca diferença genética entre as subpopulações e a população total, sendo o observado no presente estudo. Os resultados sugerem perda de variabilidade genética na raça MA, por utilização de sistemas de acasalamento consanguíneos e recurso a um reduzido número de animais reprodutores, indicando elevado desvio de uma população em equilíbrio ideal (Hardy Weinberg). Os valores superiores observados na última geração (Sp2), indicam uma maior preocupação e controle sobre os acasalamentos, tendo os criadores evitado animais com elevada consanguinidade. Mesmo assim, não é suficiente e será necessário, um acompanhamento constante da raça MA, com apoio aos criadores por parte da associação e sugestão de acasalamentos dirigidos (animais menos aparentados), considerando que existem apenas cerca de 300 reprodutores Malhados de Alcobaça em atividade (25 machos e ~275 fêmeas).
- Medidas fenotípicas e heritabilidade das características altura ao garrote, perímetro torácico e da canela no cavalo de raça MangalargaPublication . Alberto, G.; Faria, RAS; Vicente, António; Rodrigues, L.Y.; Zucatelle, C.; Silva, J.A.A raça de cavalos Mangalarga (ML) apresenta-se como uma das principais raças de cavalos no Brasil, com efetivos distribuídos por todo o território. Parte da sua origem genética é proveniente de cavalos portugueses, quando no início do século XIX um grupo de animais chegou ao Brasil, oriundos da Coudelaria de Alter Real - Alentejo. O objetivo deste estudo foi avaliar a heritabilidade de três características morfológicas e dar a conhecer as suas medidas fenotípicas. O arquivo de pedigree apresentou 215.441 animais (42,0% machos), nascidos entre os anos de 1925 e 2021. As características avaliadas apresentaram animais nascidos entre 1977 e 2019, sendo altura ao garrote (AG), perímetro torácico (PT) e da canela (PC) em centímetros (cm), com informações de 65.101, 23.919 e 23.918 animais, respetivamente. Análises uni-variadas foram realizadas para obtenção dos componentes de variância, via modelo animal, sendo incluídos os efeitos sistemáticos do criador, sexo, ano e época de nascimento, a co-variável da origem de nascimento (reprodução natural ou artificial) e os efeitos genético aditivo e residual. Os valores fenotípicos das três características morfológicas avaliadas na raça ML, indicaram médias, mínimos e máximos de 153,0±4,9; 139,0 e 175,0 cm (AG), 178,7±8,0; 103,0 e 232,0 cm (PT) e 19,0±0,9; 13,0 e 26,0 cm (PC), respetivamente. Entre sexos, a diferença fenotípica na AG foi de 3,9 cm superior para os machos, indicando que estes apresentaram maior estrutura física, dado o dimorfismo sexual. No PT, diferenças médias de 4,1 cm superior para as fêmeas, devido à sua capacidade reprodutiva, mas foi observado nos machos, um aumento nos valores do PT após o ano 2000, atribuído à seleção com base no padrão racial (cavalos mais atletas). Animais com maior PT apresentam maior capacidades física, pois esta região está diretamente relacionada com a capacidade cardíaca e pulmonar. No PC, as diferenças foram baixas com menos 0,6 cm em média para as fêmeas, mas foram observados menores valores de PC nas últimas duas décadas. Fator a ter em consideração, uma vez que, menor densidade óssea, somada a exercícios intensos e repetitivos, aumentam o risco de fadiga e fraturas ósseas. Foram observados valores de heritabilidades moderados a elevados, com 0,598±0,008 (AG), 0,373±0,014 (PT) e 0,204±0,013 (PC). Os resultados sugerem que as características avaliadas na morfologia (Altura ao Garrote, Perímetro Torácico e da Canela), devem ser incluídas nos programas de seleção e melhoramento da raça de cavalos Mangalarga.
- Parâmetros genéticos das características deslocamento, aprumos e galope nos cavalos de raça MangalargaPublication . Faria, RAS; Alberto, G.; Vicente, António; Rodrigues, L.Y.; Zucatelle, C.; Silva, J.A.Os cavalos brasileiros de raça Mangalarga (ML) surgiram pela procura por animais com andamentos confortáveis, aptos a serem utilizados na prática do maneio do gado e da caça. Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil (ano de 1808), a genética dos cavalos portugueses da coudelaria Alter Real foi introduzida na manada de animais, que veio a dar origem à atual raça de cavalos ML. O objetivo deste estudo foi estimar parâmetros genéticos (heritabilidade e correlações genéticas) para as características deslocamento (DESL), aprumos (APR) e galope (GAL). O arquivo de pedigree apresentou 215.441 animais (42,0% machos), nascidos entre os anos de 1925 e 2021. As características avaliadas continham animais nascidos entre 1977 e 2019, apresentando DESL, APR e GAL com 45.023, 44.961 e 35.687 animais, respetivamente. Análises uni-variadas para obtenção das heritabilidades e correlações genéticas foram realizadas com o modelo animal, sendo incluídos os efeitos fixos do criador, sexo, ano e época de nascimento, a covariável da origem de nascimento (reprodução natural ou artificial) e, como os efeitos aleatórios, os valores genético aditivo e residual. Foram observados valores moderados de heritabilidades, com 0,345±0,011 (DESL), 0,255±0,009 (APR) e 0,297±0,012 (GAL). No que diz respeito às correlações genéticas, os valores estimados foram de 0,30±0,03 entre DESL e APR, 0,33±0,03 entre DESL e GAL e 0,92±0,02 entre APR e GAL, sugerindo que as características APR e GAL, evoluem no mesmo sentido e idêntica intensidade, e que as notas atribuídas aos APR vão influenciar as notas do GAL. As três características avaliadas fazem parte de um conjunto maior, inseridas na avaliação da dinâmica do cavalo ML. A avaliação das características de dinâmica é realizada no momento do registo definitivo, tendo o intuito de auxiliar os criadores na definição de seus reprodutores e na escolha dos animais que irão participar de competições (exposições). As exposições focadas na raça ML avaliam a estabilidade e equilíbrio corporal, elasticidade e amplitude de passadas, qualidade dos movimentos de flexão e extensão, coordenação e sincronismo, ausência de movimentos parasitas e indesejáveis, elegância, comodidade, índole e simetria dos membros, a fim de poder comparar e premiar os animais em exposição. Neste sentido, torna-se importante realizar avaliações genéticas, que permitem observar e incorporar as características Deslocamento, Aprumos e Galope nos programas de melhoramento da raça de cavalos Mangalarga.
- Evolução da idade de abate e do peso de carcaça de bovinos da raça AlentejanaPublication . Pardal, Paulo Reis Branco; Daniel, J.; Espadinha, P.; Bagulho, L.; Vicente, António; Carolino, NunoDada a perceção da tendência decrescente na idade de abate (ID) e no peso de carcaça (PC) dos animais da raça bovina Alentejana, pretendeu-se avaliar a evolução dos animais certificados com o selo CARNALENTEJANA DOP. Analisaram-se registos de ID e PC disponibilizados pela ACBRA e Carnalentejana DOP, referentes a 58877 animais abatidos entre 1995 e 2023, nas categorias Vitela Fêmea, Vitela Macho, Vitelão Fêmea, Vitelão Macho, Novilha e Novilho. Através dos PROC FREQ e MEANS (SAS®), procedeu-se à determinação de estatísticas descritivas para caracterizar os parâmetros em análise e respetivos fatores de variação. Pelo PROC CORR estimaram-se correlações entre variáveis e, pelo PROC REG, as tendências dos PC e ID. A ID média da categoria “Vitela” foi semelhante entre sexos, ligeiramente maior para machos que para fêmeas, (médias=5,27 meses; CV=6,78% e 5,21 meses; CV=10%, respetivamente). Na categoria “Vitelão”, foi semelhante entre sexos, 10,45 meses (CV=16%) e 10,42 meses (CV=17%), para machos e fêmeas, respetivamente. A variação entre as categorias Novilhos e Novilhas é ligeiramente superior, com médias de 19,09 meses (CV=16%), e 19,42 meses (CV=19%), respetivamente. A categoria Vitela (Machos e Fêmeas) apresentou uma trajetória ascendente de ID, com coeficientes de regressão (CR) de 0,054±0,012 e de 0,059±0,016 meses/ano, respetivamente. O mesmo foi observado na categoria Vitelão (Machos e Fêmeas), com tendência positiva de 0,075±0,006 e 0,111±0,006 meses/ano, respetivamente. Nas categorias Novilho e Novilha observou-se uma tendência decrescente da ID, mais evidente nos Novilhos, registando-se valores de CR de 0,187±0,003 meses/ano e de 0,102±0,011 meses/ano, respetivamente. O PC foi de 119,38, 102,19, 201,37, 149,44, 324,59 e 250,39 kg para as categorias Vitela Macho, Vitela Fêmea, Vitelão Macho, Vitelão Fêmea, Novilho e Novilha, respetivamente. A categoria Vitela Macho e Fêmea apresentou tendência positiva, com CR de 1,65±0,43 kg/ano e 1,66±0,486 kg/ano, respetivamente. Embora menos pronunciada, igual tendência foi observada para Vitelão Macho e Fêmea, com CR de 1,77±0,15 kg e 1,52±0,10 kg/ano, respetivamente. Contrariamente, nas categorias Novilho e Novilha, registou-se uma tendência negativa CR=3,60±0,04 kg/ano e 1,37±0,15 kg/ano, respetivamente). Sendo a categoria Novilho a mais frequentemente abatida, esta tendência negativa teve impacto significativo na diminuição global do peso médio de abate dos animais.
- Evolução do abate de bovinos de raça AlentejanaPublication . Pardal, Paulo Reis Branco; Daniel, J.; Espadinha, P.; Bagulho, L.; Vicente, António; Carolino, NunoAnalisaram-se registos disponibilizados pela ACBRA e Carnalentejana DOP relativos a animais abatidos da raça bovina Alentejana, referentes a criadores e matadouros utilizados. Através do PROC MEANS (SAS®), procedeu-se à determinação de estatísticas descritivas para caracterizar os parâmetros em análise. No período 2001-2023 abateram-se 76876 animais, em 36 matadouros. A categoria com maior número de abates foi de Novilho (44871), revelando 58,4% dos abates, seguida das Vacas (9506), Vitelão (M) (7902) e Vitelão (F) (6850) que corresponderam a 31,6% dos abates. As referidas categorias representaram 90% do total dos abates. Existem seis matadouros onde a CARNALENTEJANA DOP abate e desmancha animais certificados pela Certis, Controlo e Certificação, Lda (Penafiel, Tomar, Santarém, Montijo - Pau Queimado, Beja e Sousel), com um total de 62445 bovinos abatidos (81% do total dos abates). O maior número de abates (72,8%) verificou-se nos matadouros de Santarém, Sousel e Beja (31597, 17276 e 7096, respetivamente), totalizando 55969 abates. No período 1995-2022, o abate de bovinos de criadores (109) com certificação CARNALENTEJANA DOP, e em matadouros também certificados, cifrou-se em 58877 animais. Ao abate, a idade e peso de carcaça foi de 17,35±4,83 meses e 283,36±82,08 kg, coincidindo com as categorias Novilho e Novilha. O número de abates/criador foi muito variável com 1 criador a abater um máximo de 3892 animais (6%), apenas 3 mais de 2500 animais (15,4%), e 17 mais de 1000 animais (46,2%). O matadouro que mais abateu animais certificados como CARNALENTEJANA DOP foi o de Santarém (29269; 49,7%), seguido do de Sousel (11669). No período 2003-2009, a maioria dos abates foi realizada no matadouro de Sousel (74%), abatendo em 2005, 2523 animais (96%). No período 2010-2018, registou-se uma alteração nos locais de abate, com 88% a ocorrerem no matadouro de Santarém (24574 animais). Em 2018, o matadouro de Santarém abateu 3540 animais dos 3570 totais, correspondente a 99% dos animais. Nos três anos seguintes observou-se um aumento de abates no matadouro de Beja (3728 animais), representando 51,7% dos abates entre 2019-2021, ultrapassando os abates no matadouro de Santarém. Em 2022, o número de abates reduziu-se drasticamente (359), com o matadouro de Santarém a abater mais de metade dos animais. No matadouro de Penafiel o número de abates foi muito reduzido (175), justificado pela localização a norte do país, distante da região Alentejana, onde predominam as explorações.