Browsing by Author "Azevedo, Nair"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Cultura partilhada numa organização aprendentePublication . Azevedo, Nair; Nascimento, AnaO objectivo deste artigo é relatar uma intervenção organizacional centrada na tomada de consciência da cultura organizacional. A nossa hipótese de partida, e que veio a configurar toda a intervenção, aponta para a ideia de que a prática da organização analisada se desenvolve sob o desígnio de uma “cultura de aprendizagem”, típica do que tem sido identificado como “organização aprendente” (Schein, 1997; Sun, 2003; Senge, 2005; Fernandes, 2007). Deste ponto de vista, sobressai a necessidade de se realçar o processo, na sua forma activa, situada, colaborativa e reflexiva (Sun, 2003). Ao desenharmos a estrutura deste artigo, evocamos leituras e autores que articulam as questões relacionadas com a improvisação organizacional como fortemente devedoras da metáfora do jazz (Kamoche, Cunha & Cunha, 2000; Pina e Cunha, 2002). A possível ligação entre as características de uma organização aprendente e a metáfora organizacional do jazz é, no âmbito da narrativa do trabalho realizado, que iremos descrever, particularmente aliciante. De facto, a contemporaneidade parece demandar a emergência de organizações aprendentes, que sejam capazes de actuar como bandas de jazz (balançando estrutura e improvisação). O resultado do trabalho realizado, ilustrado nas palavras dos seus actores, pode ser descrito em termos de indicações sobre o caminho a percorrer, assente na ideia de que uma maior consciência da cultura organizacional, por parte daqueles que são parte dessa cultura, é uma condição necessária para que qualquer mudança possa ser implementada, na justa medida da necessidade de que todos se sintam genuinamente comprometidos com o processo a seguir. Abstract The aim of this paper is to report an organizational intervention focused on the awareness of the organizational culture. Our starting hypothesis, configuring all the intervention, highlights the idea that the organization’s practice is held from a “learning culture”, typical of what has been labelled as "learning organization" (Schein, 1997; Sun, 2003; Senge, 2005; Fernandes, 2007). From this point of view, there is the need to draw attention to process, in its active, situated, collaborative and reflective form (Sun, 2003). To decide the paper’s structure, some readings and authors have been useful, particularly the ones that use the jazz metaphor to talk about organizational improvisation and creativity (Kamoche, Cunha & Cunha, 2000; Pina e Cunha, 2002). We thought this very inspiring because the contemporary world seems to demand the emergence of learning organizations that are able to play like jazz bands (within structure and improvisation). The results of the carried out intervention, illustrated by the actors’ own words, show the paths that can be taken to accomplish development and change within this particular organization. We argue that the conscious awareness of the organizational culture by its members is a necessary condition to implement change, because that is built on genuine commitment and compliance, important to accomplish objectives and tasks.
- Modelo de tutoria: construção dialógica de sentido(s)Publication . Azevedo, Nair; Nascimento, AnaO nosso objectivo é evidenciar o percurso conceptual e metodológico de concepção e desenvolvimento de um modelo de funcionamento, formação e investigação centrado na figura de tutor, no âmbito da Fundação LIGA. Esta organização dirige-se a uma população alargada, em múltiplas e diferenciadas situações de carência social, muitas portadoras de deficiência, mas todas consideradas pessoas (corpo e singularidade individual e coexistência social), conceito forte e fundador da actividade da instituição. Se o critério conceptual e funcional da LIGA é a centralidade da pessoa, isso significa que toda a acção se deve nortear pela partilha do projecto pessoal de sentido de todos com quem trabalha. Justifica-se a adopção de um modelo de tutoria na medida em que se acredita que este é capaz de potenciar as capacidades, escolhas e decisões que vão concretizando o projecto de vida de cada um. Questionamos, então, as fronteiras conceptuais do conceito de “tutor”. O tutor, como figura modelar – reflexo do modelo da instituição – deverá ser descrito e entendido através da análise de um conjunto de competências relacionais e técnicas que ecoam na organização, sistematizando-as e dando-lhes forma, de modo a potenciar a sua realização em todos os programas e por todos os seus membros. A questão que se impõe é saber quais são essas competências, evidenciá-las, procurando que sejam consciencializadas e assumidas por todos. Descrevemos neste artigo o processo utilizado na organização, para a concepção e implementação de uma prática centrada na figura do tutor. É da procura de novos caminhos, novas estratégias que se trata, e, fundamentalmente de construção de conhecimento. - The purpose of this article is to point out the conceptual and methodological process used to develop a kind of practice, training and research based on the tutor role, within LIGA Foundation. This organization works with a large population, that has multiple and diverse social needs, many of them with disabilities, but all of them looked as single individuals (body and self-uniqueness and social coexistence), hard and founding concept of the institution. If the self-uniqueness is the conceptual and functional criteria of LIGA Foundation, than all its practice should be guided by sharing each individual’s personal meaning project. This tutorial model has its own justification because one assumes that in this way it is possible to potencialise the capacities, choices and decisions that give meaning to the self-life project. The question is about the conceptual boundaries of the tutor concept. As a model figure – that reflects the institutional model – the definition should be described and understood through the analyses of technical and relational competencies that flow within the organization. These competencies should be worked upon and shaped in such a way that it empowers their use by every one at all departments. We need to know what those competencies are, to show them up, looking forward that they become mindful and held by everyone. On this paper we describe the process used at the organization to conceptualise and implement a practice centred upon the tutor’s role. Since our work relies on a dialogical knowledge construction process we look to find new ways and new strategies to promote the development of a tutorial model.