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- Avaliação do desempenho produtivo de suínos de raça Alentejana submetidos a acabamento intensivo até elevado peso de abatePublication . Roque, António; Pardal, Paulo Reis Branco; Almeida, J.; Bressan, C.; Gama, LuisA raça autóctone suína Alentejana, com solar na região do Alentejo, tem sido desde sempre explorada em sistemas de produção extensivos ou semi-intensivos, em virtude da sua capacidade para converter os frutos do montado, lande e bolota, em carne e gordura. A montanheira é, no entanto, um recurso limitado, apenas disponível durante uma época do ano e sujeito a variações anuais, pelo que a exploração destes animais em sistema intensivo pode constituir uma alternativa ao sistema tradicional. Avaliou-se o desempenho produtivo, a acumulação de gordura subcutânea e o aumento da espessura do músculo Longissimus dorsi de suínos Alentejanos machos castrados, submetidos a engorda intensiva, até um peso elevado ao abate (160 kg). Analisaram-se dados de 30 animais, ao longo do seu crescimento / engorda intensiva, dos 60 aos 160 kg de PV. Os animais foram pesados semanalmente e a ingestão de alimento, limitada a 4% do PV, controlada individual e diariamente. Avaliou-se por ultra-sonografia aos 60, 90, 120 e 160 kg de PV a espessura do músculo Longissimus dorsi, ao nível do P2 (a 65 mm da linha média ao nível da última costela) e da gordura subcutânea no ponto P2 e sobre a apófise medial da última vertebra lombar. Os GMD dos animais foram de 865 ± 179 g, 1041 ± 207 g e 776 ± 116 g, nos períodos 60-90, 90-120 e 120-160kg, respetivamente. Estes valores de GMD, em acabamento intensivo e, em particular, no período 90-120 kg, são muito superiores aos valores referidos na bibliografia para porcos de raça Alentejana explorados no sistema tradicional. A ingestão alimentar, apesar da sua limitação, foi proporcionalmente mais elevada, que o GMD, o que se traduziu num elevado IC (4,79 ± 0,87, 4,45 ± 1,17 e 6,78 ± 0,92, nos períodos 60-90, 90-120 e 120-160 kg, respetivamente). A espessura de gordura subcutânea ao nível do P2 e da última vertebra lombar apresentaram valores próximos nos vários tempos avaliados. O incremento de acumulação de gordura subcutânea, observado com o aumento de peso do animal, foi particularmente elevado, evidenciando uma elevada capacidade de deposição de tecido adiposo a par do limitado potencial de desenvolvimento muscular, característico da raça suína Alentejana. No sistema de engorda intensivo praticado neste estudo, os animais da raça Alentejana apresentaram um desempenho produtivo pouco interessante, devido a uma reduzida taxa de conversão alimentar, a par do elevado período de tempo necessário para atingir pesos elevados de abate. Os resultados obtidos evidenciaram um forte incremento da gordura subcutânea dorsal, acompanhado de um aumento moderado da espessura do músculo Longissimus dorsi.
- Crescimento e qualidade da carcaça de suinos Landrace X Large White submetidos a acabamento intensivo até elevado peso de abatePublication . Ferreira, P.; Pardal, Paulo Reis Branco; Almeida, J.; Bressan, M. C.; Gama, LuisAo longo dos últimos anos, em muitos países, e como já é habitual em Itália, o peso vivo de abate de suínos tem registado um progressivo aumento, o que tem sido possível devido ao melhoramento genético de raças industriais, com potencial para produzir mais carne magra. Utilizaram-se 30 suínos, F1 cruzados de Landrace x Large White, castrados, submetidos a acabamento intensivo com alimento composto (Energia Bruta 3833 kcal / kg MS), distribuído ad libitum, até um peso elevado ao abate (90-160 kg de PV). Avaliou-se o desempenho produtivo dos animais, espessura da gordura e profundidade do Longissimus dorsi, in vivo, e peso de carcaça. Os animais foram pesados semanalmente e a ingestão de alimento controlada, individual e diariamente, permitindo calcular os GMD e IC. Efetuaram-se diversas medições, in vivo, da espessura da gordura (P1 - linha média da última vertebra torácica, P2 - a 6 cm da linha média ao nível da última vertebra torácica e P3 - linha média da última vertebra lombar) e da profundidade do Longissimus dorsi, por ultra-sonografia, aos 90, 120 e 160 kg PV. Os animais foram abatidos em matadouro experimental, registando-se o peso de carcaça, a quente e a frio (24 h post mortem), bem como o total das gorduras rejeitadas e miudezas. Os GMD dos animais foram de 828,3 ± 110,3 g e de 673,1 ± 112,2 g, nos períodos 90-120 kg e 120- 160 kg, respetivamente, o que representa um decréscimo de 19% do GMD, entre os períodos considerados. Nos mesmos períodos, os IC foram de 4,27 ± 0,32 e de 4,99 ± 0,49, representando um incremento de 17%. O consumo médio de alimento foi de 3,34 kg / dia. Para as três medições de espessura da gordura efetuadas e da profundidade do Longissimus dorsi, registou-se um crescimento constante ao longo do ensaio, no total de 1,1 cm, e de 1,2 cm, respetivamente. Observou-se apenas uma diferenciação do crescimento do P2, menos acentuado entre os 90 e os 120 kg, mas recuperando, no período 120-160 Kg. Os pesos médios da carcaça, a quente e a frio, foram respectivamente 132,1 Kg e 130 kg, representando 82,4% e 81% do peso vivo ao abate. Obteve-se um peso médio da perna (com chispe) de 19 kg. Os resultados obtidos indiciam uma possível utilização deste cruzamento na produção de suínos em sistema intensivo com objetivo de produção de pernas para presunto e com aproveitamento das restantes peças cárneas.
- Desempenho produtivo de porcas da linha genética DANBRED (DF1-LW X LR) exploradas em suinicultura industriaPublication . Sousa, R.; Cardoso, J.; Carolino, Nuno; Pardal, Paulo Reis BrancoA utilização de porcas hiperprolificas na suinicultura industrial é uma filosofia produtiva com especial relevância em países como França e Dinamarca. Nos últimos anos, também Portugal tem incorporado algumas destas linhas genéticas hiperpolíticas nos seus efectivos reprodutores. Porém, a maximização da produtividade numérica envolve alguma controvérsia, face aos seus efeitos colaterais. Há necessidade de encontrar resposta para o maneio destas linhas hiperpolíticas e garantir a viabilidade do leitão. A uma maior produtividade numérica e, consequente, rentabilidade económica / porca, contrapõem-se maior taxa de mortalidade de leitões, maior variabilidade de peso ao nascimento e menor peso individual, maior risco sanitário e a necessidade de mão-de obra especializada. O trabalho realizado teve com objetivo avaliar o desempenho produtivo de uma linha genética de suínos hiperprolifica, numa exploração industrial intensiva de produção de porcos para abate. Utilizou-se um total de 238 fêmeas da linha genética DanBred (DF1-LWxLR), beneficiadas com sémen de varrascos de raça Duroc ou Pietrain. As porcas foram distribuídas aleatoriamente por dois grupos, homogéneos no que respeita ao respetivo número de parto. Analisaram-se diversos parâmetros produtivos, considerando como variáveis de resposta o número de leitões nascidos por parto: totais (NascTot), vivos (NascViv), mortos (NascMort) e mumificados (NascMum). Nos primeiros dias pós-parto, procedeu-se à uniformização das ninhadas e, posteriormente, avaliou-se o número leitões desmamados (Desm). Determinaram-se algumas estatísticas descritivas dos parâmetros produtivos em estudo com recurso ao Proc Means do SAS. Procedeu-se a uma análise de variância com o Proc Mixed do SAS e através de um modelo linear que incluiu os efeitos da linha genética do varrasco e o efeito linear e quadrático do número de parto, com o objetivo de avaliar como estes efeitos ambientais influenciaram as variáveis de resposta. O número médio de leitões por parto NascTot, NascViv, NascMort e NascMum foi 19.04±4.87, 16.69±3.87, 1.57±1.82 e 0.79±1.83, respetivamente. O número médio de leitões nascidos vivos (NascViv) foi superior aos valores médios obtidos em Portugal e em explorações dinamarquesas, incluindo explorações que se encontram no top 10% mais produtivas, situando-se próximo do limite inferior do Top 3 dinamarquês. Já o número médio de leitões desmamados (Desm) observado (13.34±2.00), embora superior aos valores médios obtidos em Portugal, ficou aquém dos valores médios obtidos em explorações dinamarquesas. Esta observação sugere que devam ser melhoradas as condições pós-parto e/ou aleitamento, que permitam minorar a taxa de mortalidade de leitões.
- Desempenho produtivo de porcas da linha genética Danbred exploradas em suinicultura industrialPublication . Sousa, R.; Cardoso, J.; Carolino, Nuno; Pardal, Paulo Reis BrancoAvaliou-se o desempenho produtivo de uma linha genética de suínos hiperprolífica, numa exploração industrial intensiva de produção de porcos para abate. Utilizou-se um total de 238 fêmeas da linha genética DanBred, beneficiadas com sémen de varrascos de raça Duroc ou Pietrain. Analisaram-se diversos parâmetros produtivos, considerando como variáveis de resposta o número de leitões nascidos por parto: totais, vivos, mortos e mumificados. Nos primeiros dias pós-parto, procedeu-se à uniformização das ninhadas e, posteriormente, avaliou-se o número leitões desmamados. Determinaram-se algumas estatísticas descritivas dos parâmetros produtivos em estudo com recurso ao Proc Means do SAS. Procedeu-se a uma análise de variância com o Proc GLM do SAS e através de um modelo linear que incluiu os efeitos da linha genética do varrasco e o efeito linear e quadrático do número de parto, com o objetivo de avaliar como estes efeitos ambientais influenciaram as variáveis de resposta. O número médio de leitões por parto totais, vivos, mortos e mumificados foi 19,04 ± 4,87, 16,69 ± 3,87, 1,57 ± 1,82 e 0,79 ± 1,83, respetivamente. O número médio de leitões nascidos vivos foi superior aos valores médios obtidos em Portugal e em explorações dinamarquesas, incluindo explorações que se encontram no top 10% mais produtivas, situando-se próximo do limite inferior do Top 3 dinamarquês. O número médio de leitões desmamados (13,34 ± 2,00) sugere que devam ser melhoradas as condições pós-parto e/ou aleitamento.
- Desempenho produtivo, classificação e qualidade de carcaça de suínos de diferentes linhas genéticas em engorda intensivaPublication . Vicente, António; Henriques, Rafaela; Roque, António; Pimpão, G.; Carolino, Nuno; Pardal, Paulo Reis BrancoCompararam-se o ganho médio diário (GMD), índice de conversão alimentar (IC) e classificação da carcaça (CC) entre dois tipos de cruzamento comercial (A e B), ambos obtidos pelo cruzamento terminal de varrascos Piétrain com porcas F1 Large White x Landrace. Procurou-se identificar os principais efeitos ambientais que influenciam os referidos carateres. Utilizou-se um total de 200 suínos (machos e fêmeas), de dois cruzamentos comerciais distintos, provenientes de duas unidades de multiplicação comerciais. Determinou-se o GMD e o IC em dois períodos diferentes (63-119 e 120-158 dias de vida). No final do ensaio, efetuou-se a CC, segundo o sistema SEUROP. Procedeu-se a uma análise de variância com o objetivo de identificar os principais efeitos ambientais que influenciam o GMD, IC e CC. Determinou-se o coeficiente de regressão do GMD no peso vivo no início da engorda. Globalmente, observou-se uma superioridade do cruzado B no que concerne ao GMD (+74,6 g) (p<0,01) e ao IC (-0,07) (p<0,05). O GMD dos animais registou um acréscimo médio de 5,8 g por kg de acréscimo do PV no início do ensaio. A superioridade do cruzado B foi ainda evidenciada na classificação de carcaça SEUROP, com um acréscimo significativo (p<0,01) de 2,3% em carne magra.