Mestrado em Produção e Tecnologia Animal
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- Efeitos da vacina contra a circovirose suína sobre os parâmetros reprodutivos e produtivos em porcas reprodutoras e o seu impacto económicoPublication . Jerónimo, Cândida Eulália Sousa; Pereira, Ana SilvaO agente etiológico da circovirose suína é um vírus de pequenas dimensões, conhecido por Porcine Circovirus in Suine (PCV). O PCV é considerado um vírus ubiquitário, que causa doença exclusivamente em suínos e já isolado em todos os continentes. Este vírus é responsável por várias infeções, sendo a mais comum e responsável por maiores perdas económicas no sector suínicola, o síndrome de emagrecimento pós-desmame (PMWS). Existem também outros fatores de risco que predespoem à manifestação clínica da doença nomeadamente, as deficiências no maneio, a presença de coinfecções, estatuto imunitário das reprodutoras contra o PCV2 e imuno-estimulação por diferentes causas. As lesões e sinais clínicos associados à infeção por PCV sugerem que este seja um agente imunossupressor/imunomodulador. O controlo e a prevenção do PCV passa pela minimização do efeito dos factores de risco e pela vacinação contra a PCV. O presente estudo teve como objetivo principal investigar o efeito da aplicação da vacina contra a circovirose em porcas reprodutoras na fertilidade, prolificidade, produtividade, peso ao nascimento e o peso ao desmame numa exploração comercial, onde na prática corrente apenas se aplica a vacina contra o PCV2 à descendência. Também se pretende analisar o efeito que esta aplicação poderá ter no resultado económico. Cinquenta e cinco porcas foram vacinadas e como grupo controlo foram utilizadas um número idêntico de porcas não vacinadas. A vacinação das porcas levou a um aumento da taxa de fertilidade e taxa de partos, mas também a um maior número de leitões nascidos vivos por ninhada, embora com menor peso médio comparativamente com o grupo de porcas não vacinadas, o que conduziu a igual peso ao nascimento por ninhada entre ambos os grupos. O peso por ninhada desmamada não diferiu entre os grupos mas o número de leitões desmamados foi maior no grupo das porcas vacinado. No final do período de engorda, o peso individual dos animais também não entre os dois grupos. A vacinação levou a uma redução da taxa de mortalidade em todas as fases produtivas. Os resultados mostram que a vacinação das porcas reprodutoras leva a melhorias nos parâmetros reprodutivos e também do desempenho produtivo da exploração, com consequentes benefícios económicos.
- Análise dos fatores que influenciam o valor do pH em vitela e vitelãoPublication . Pereira, Catarina Sofia dos Reis; Raimundo, AntónioSão muitos os fatores que podem influenciar a qualidade da carne fresca de bovino e determinar a sua variabilidade. De todos os fatores, que se poderão considerar, desde a produção até ao abate até à comercialização, alguns poderão ser considerados de maior importância face a outros. Neste estudo foram analisados e caracterizados os fatores - tipo de produto, género, genética – raça ou cruzamento, idade, país de nascimento, país de criação, país de abate, matadouro, mês de abate – condições climáticas, dias após abate, peso morto a frio e fornecedor - que poderiam influenciar o valor final do pH, no músculo Longissimus dorsi de carcaças de bovino. As amostras foram provenientes de carcaças de vitelas e vitelões, com destino à desmancha e embalamento a vácuo, para posterior comercialização numa cadeia de distribuição de retalho. As medições do valor do pH foram feitas em condições comerciais, diariamente, fazendo parte integrante do sistema da qualidade e da segurança alimentar da sala de desmancha. De acordo com o valor do pH obtido e considerando os limites de referência do referido sistema, as amostras foram ou não consideradas como dando origem as carnes potencialmente dark, firm, dry. Das 33.505 amostras analisadas 218 (0,65 %) poderiam considerar-se amostras potencialmente dark, firm, dry (pH > 6,1). Verificou-se que os fatores com maior influência no valor do pH foram o género, a genética, a idade/tipo de produto, o matadouro, o mês de abate, o peso morto a frio e o fornecedor. No entanto, não foi possível obter uma visão clara da interação dos fatores país de nascimento, país de criação, país de abate e dias após o abate, na definição do valor do pH. Para a obtenção de dados mais precisos seria necessário isolar cada fator e estudá-lo individualmente.
- Avaliação da legislação aplicada pelas Organizações de Produtores PecuáriosPublication . Mariano, Sandra Eugénia Cruz; Pereira, Ana SilvaEste trabalho apresenta uma análise à legislação que serve de suporte ao funcionamento das Organizações de Produtores Pecuários (OPP) e ao desenvolvimento do seu trabalho. Com a aplicação dos programas sanitários pretende-se aumentar os efetivos com estatuto sanitário oficialmente indemne, o que nos indica que a brucelose e a tuberculose estão controladas e é realizada a adequada vigilância da leucose, da peripneumonia contagiosa bovina (PPCB), das encefalopatias espongiformes transmissíveis (BSE e Scrapie) e da febre catarral ovina ou língua azul. As doenças de origem alimentar, relacionadas com a transmissão de agentes patogénicos dos animais vertebrados aos humanos (zoonoses), são controladas por entidades que promovem ações de controlo e fiscalização, apoiadas em legislação nacional e comunitária. Estas ações, em conjunto com o trabalho das OPP, mostram como a defesa da saúde animal promove a saúde humana, desempenhando um papel fundamental para a qualidade e segurança alimentar e permite a livre circulação animal para trocas intracomunitárias. Verificou-se que os produtores colaboram mais com o serviço prestado pelas OPP, promovendo a tão desejada aproximação aos outros países da União Europeia.
- Avaliação do crescimento e da qualidade da carcaça e da carne de suínos Landrace x Large White submetidos a acabamento intensivo até elevado peso ao abatePublication . Ferreira, Pedro Clara Pinto; Pardal, PauloNeste estudo averiguaram-se características do crescimento animal e sua relação com parâmetros de qualidade da carcaça e da carne de suínos castrados Landrace x Large White com elevado peso ao abate. Foram submetidos a acabamento intensivo 30 suínos, alimentados ad libitum com controlo diário e individual da quantidade de alimento ingerida. Os animais iniciaram o ensaio com idade média de 151,8 dias e Peso Vivo (PV) médio de 85,0 kg. No final do ensaio, a idade média e PV médio foram 259,6 dias e 162,9 kg respetivamente. Durante a fase de acabamento observaram-se valores de Ganho Médio Diário (GMD) de 828,3 ± 110,3 g para animais com PV entre 90 kg e 120 kg e de 673,1 ± 112,2 g para PV entre 120 e 160 kg, que representa um decréscimo de 19% do GMD entre as referidas classes de PV. Relativamente ao índice de conversão alimentar (IC) registou-se um incremento de 17% entre as referidas classes de PV tendo-se obtido valores de IC de 4,27 ± 0,32 para PV de 90 a 120 kg e de 4,99 ± 0,49 para PV de 120 a 160 kg. O consumo médio de alimento composto por animal foi de 3,34 kg por dia entre os 90 e os 160 kg de PV. Das medições por ultrassonografia realizadas aos 90, 120 e 160 kg de PV registou-se para a profundidade do Longissimus Dorsi (LD), um crescimento de 0,7 cm e 0,5 cm, entre os 90 e 120 kg e os 120 e 160 kg de PV respetivamente, e para a espessura da gordura dorsal no ponto P2 incrementos de 0,3 cm e 0,9 cm entre os 90 e 120Kg e os 120 e 160 Kg de PV respetivamente. A espessura da camada de gordura dorsal na última vertebra lombar registou um incremento de 0,5 cm e 0,8 cm nos referidos intervalos de PV. Ao atingir os 160 kg de PV os animais foram abatidos no matadouro experimental e registados vários parâmetros aos 60 min post mortem; às 24h post mortem e aos 2 dias post mortem. O peso da carcaça (PC) médio a quente foi de 132,1 kg, representando 82.6% do PV ao abate. Obteve-se um peso médio da perna (com chispe) de 19 kg. O conjunto dos resultados obtidos indiciam uma possível utilização deste cruzamento na produção em sistema intensivo de suínos com objectivo de produção de pernas para presunto e com aproveitamento das restantes peças nobres e peças de talho.
- Avaliação do crescimento de suínos de raça alentejana submetidos a acabamento intensivo até elevado peso de abatePublication . Roque, António Joaquim Cruz; Pardal, PauloA raça Alentejana é uma raça suína autóctone, com solar na região do Alentejo, associada desde sempre a sistemas de produção extensivos, onde esta população é explorada em harmonia com as condições do meio, convertendo de forma eficiente os frutos do montado, lande e bolota, em carne e gordura. No entanto, a montanheira é um recurso limitado e os sistemas extensivos têm vindo a ser complementados por sistemas semi-extensivos ou até mesmo por alguns sistemas semi-intensivos, embora os animais continuem a fazer o acabamento nos montados. O presente estudo teve como objetivo avaliar o desempenho produtivo de suínos castrados de raça Alentejana, sujeitos a engorda intensiva, até um peso elevado de abate, no que concerne ao seu crescimento e índice de conversão, bem como a deposição de gordura e músculo ao longo do tempo. Avaliou-se o desempenho produtivo, bem como a deposição de gordura e espessura do músculo, em 30 porcos castrados de raça Alentejana, ao longo do crescimento intensivo dos 50 aos 160 kg de peso vivo. Procedeu-se a pesagens regulares dos animais e ao controlo individual e diário da ingestão de alimento, à medição da espessura da gordura subcutânea dorsal, da espessura da gordura subcutânea lombar e da espessura do músculo Longissimus dorsi, quando os animais atingiram os pesos vivos aproximados de 60, 90, 120 e 160 kg. O ganho médio diário dos animais foi aceitável (831 ± 83 g), mas o índice de conversão alimentar elevado (4,98 ± 0,44). Observou-se uma grande acumulação de gordura subcutânea dorsal e lombar (GD5 de 5,77 ± 0,72 cm e GL5 de 5,10 ± 0,75 cm), e um aumento relativo da espessura do músculo, com o aumento do peso do animal (60 kg de PV, 2,49 ± 0,41 cm e 160 kg de PV, 5,53 ± 0,66 cm). Verificou-se que, com algum grau de fiabilidade, consegue-se predizer o índice de conversão alimentar com base no ganho médio diário dos animais, pela equação IC = 9,16641 - 0,005033 x GMD (R2 =0,873).Relativamente às correlações entre as variáveis em estudo, o ganho médio diário apresentou a menor correlação com o índice de conversão alimentar (-0,93; p<0,05). Também a correlação entre a ingestão alimentar e o ganho de peso não foi elevada (0,41; p<0,05). As espessuras da gordura subcutânea (GD e GL), apresentaram uma forte correlação com a ingestão alimentar e com o índice de conversão alimentar, refletindo a elevada capacidade adipogénica desta raça suína.