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Abstract(s)
Le langage SMS : sous-produit de l’oral et de l’écrit ou véritable langage écrit ?
Ce travail analyse les caractéristiques et les implications du langage SMS et du
français utilisé par les jeunes des banlieues urbaines d'origine immigrée. Tous deux
provoquent des réactions opposées, les unes en défense de la langue, contre sa
"corruption", et d'autres qui les tiennent pour des facteurs d'enrichissement de la
langue. Néanmoins ces deux langages, amplement utilisés par les jeunes – bien que
par un groupe d'âge différent dans le premier cas – non seulement suivent des règles
reconnaissables, mais agissent comme un facteur d'identification et de cohésion de
groupes sociaux. Il en ressort une sorte de jeu du chat et de la souris, dans lequel les
jeunes créent de nouvelles expressions au fur et à mesure que les plus anciennes se
disséminent au point d'être utilisées par les médias. Dans le cas du langage SMS, qui
vise à raccourcir et à simplifier la rédaction, il se pourrait qu'il contribue à une
éventuelle réforme de l'orthographe. La linguistique reconnaît depuis toujours
l'existence de différents niveaux de langage que l'on emploie conformément à la
situation et au destinataire du message. Ce qui s'applique à la langue orale pourrait
aussi s'appliquer à la langue écrite, ce qui impliquerait des changements didactiques
de l'enseignement de l'écrit. Ces langages très innovants ont donc le mérite de
renouveler la langue française, même si les termes ou les techniques n'en sont pas
permanentes. Cela signifie que les éducateurs chargés d'intéresser les élèves non
francophones à la langue et à la culture française doivent être sensibles à la langue
des banlieues et au langage SMS pour leur permettre une véritable communication
avec les jeunes français de toutes les origines. - A linguagem de SMS: subproduto da língua oral e escrita ou verdadeira
linguagem escrita. Este trabalho analisa as características e implicações da linguagem
de SMS e do idioma francês utilizados pelos jovens de origem imigrante das periferias
urbanas. Ambas as respostas à indagação provocam reações opostas, umas em
defesa da língua, contra a sua “corrupção”, e outras que a consideram como fatores
de enriquecimento da língua. Todavia, as duas linguagens, amplamente utilizadas
pelos jovens, embora por um grupo etário diferentes no primeiro caso, não somente
obedecem a regras reconhecíveis, mas agem como um fator de identificação e de
coesão dos grupos sociais. Estabelece-se uma espécie de jogo do gato e rato, no qual
os jovens criam novas expressões à medida que as mais antigas se disseminam ao
ponto de serem utilizadas pelos meios de comunicação de massa. No caso da
linguagem de SMS, que visa a abreviar e simplificar a redação, poderia ser uma
contribuição a uma eventual reforma ortográfica. A linguística reconhece há muito
tempo a existência de diferentes níveis de linguagem que se empregam conforme a
situação e o destinatário da mensagem. O que se aplica à língua oral poderiam
também aplicar-se à língua escrita, o que implicaria em mudanças didáticas do ensino
da escrita. Portanto, essas linguagens muito inovadoras têm o mérito de renovar a
língua francesa, mesmo se os termos ou as técnicas não sejam permanentes. Isso
significa que os educadores encarregados de interessar os alunos não francófonos na
língua e na cultura francesa devem ser sensíveis às línguas das periferias e à
linguagem de SMS para lhes permitir uma efetiva comunicação com os jovens
franceses de todas as origens. - SMS language: byproduct of the oral and written language or an actual written
language? This paper analyses the features and implications of the SMS language and
the French language, both used by youths descendents of immigrants and residents in
urban ghettoes. Both alternatives arise opposite reactions, either in defense of the
language, reacting against its “corruption”, or regarding them as language enrichment
factors. Nevertheless, these two languages, widely used by youths, although by different age groups in the case of the former, not only follow recognizable rules, but
also as an identification and cohesion factor for social groups. As in a cat-mouse game,
youths create new expressions to the extent that the older ones become so
disseminated that the mass media use it. SMS language aims to abbreviate and
simplify writing, contributing eventually to an orthographic reform. Linguistics has
regarded since a long time that different levels of language are employed according to
the situation and the receivers. As in oral language, the same principles could be
applied to the written language, with changing implications in writing teaching.
Therefore, these very innovative languages contribute to the French language renewal,
even when expressions or techniques are not stable. This means that educators
responsible by non-francophone learners and pursuing to attract their attention to the
French language and culture must be sensitive to the ghetto languages and to the SMS
languages, so that they can effectively communicate with all the French youth ethnical
groups.
Description
Keywords
Langages Jeunesse Immigration Banlieues urbaines Enseignement de l’écriture
Pedagogical Context
Citation
Aziza, Z.M.-B. (2010). Le langage sms: sous-produit de l'oral et de l'ecrit ou veritable langage ecrit ?. Revista Interacções,16(6),110-89.
Publisher
Instituto Politécnico de Santarém. Escola Superior de Educação
