Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Ao longo da infância, um dos factores protectores consiste na criança possuir
alguém em quem confie e que lhe comunique verbalmente (com clareza) acreditar na
sua capacidade e possibilidade. E caso se pretenda atingir o seu íntimo com a
intenção de a confrontar, educando, e de a levar a desenvolver-se, passar-se-á pela
relação como desafio positivo, antecedida de um tipo de perturbação psicológica.
Todos somos aprendizes, quando vivamos situações de «andaimagem» (scaffolding)
que desafiem a estabilidade.
A investigação psicológica integra a colaboração individual com cerca de 100
crianças para sabermos modos diversos de lidarem com desencorajamento e
frustração, nas idades de frequentarem o jardim-de-infância e o ensino básico, 1º ciclo.
Com base na experiência «vivida» e na fantasia criativa das crianças, elas
conversaram, escreveram e/ou realizaram desenhos, o que veio a constituir dados
qualitativos. Outra decisão foi valorizar-se o contexto de descoberta. A orientação
metodológica foi construir teoria em alternativa a testar uma teoria, o que não impediu
aprofundar-se uma teoria contextual do significado - Análise Textual, porque se
presume que a personalidade é forjada segundo padrões narrativos: todos nós
definirmos finalidades para protagonistas humanos e chegamos a forçá-los a reagirem
de modo específico, em imaginação.
A forma mais eloquente de recriarmos versões do mundo chamou-se Narrativa.
Nessa abordagem à Psicologia, os dados são «textos», optando-se por interpretá-los
com técnicas da metodologia qualitativa Grounded Analysis: construção de categorias
a posteriori e de diagramas.
Evidenciaram-se sequências narrativas e momentos significativos de leves tristezas, perdas de afecto reais ou antecipadas. - One of the protecting factors of infancy it is the fact that children can rely at
somebody who is able to insure them about their capabilities and potentials. When
someone intents touch children’s inside intending to confront and developing then
further, then the relationship turns into a positive challenge, preceded by a kind of
psychological trouble. We are all learners in situations which challenge our stability.
In the present psychological study was carried out with hundred children, one
by one. The aim is to find out different ways how children deal with sadness and
frustration during pre-school and primary school years.
In a basis of «vivid» experience and creative fantasy of children, they
discussed, wrote and draw what was intended to be our qualitative data. Other decision
is the act of giving value to a discovery context. The methodological objective was to
build theory instead of testing a theory. These criteria didn’t prevent the researcher to
develop further a contextual theory of meaning – Textual Analysis. We presume that
personality is developed by narrative patterns: all we define targets for human
protagonists and we are able to imagine and/or forcing them to react in a particular
way.
Narrative is the most eloquent fashion to rearrange new versions of the world.
In this approach to Psychology, the data are «texts» which are technically interpreted
according to a qualitative methodology named Grounded Analysis: the methods of
building a posteriori categories and diagrams.
We gave evidence to sequences of narratives and meaningful moments like
slight sadness and loss of real or anticipated affections.
Description
Keywords
Tristeza Interacção Processos cognitivos Esquema mental Script emocional
Citation
CRUZ, Judite Zamith - Intencionalidade psicológica em investigação: dar voz a crianças sobre a sua tristeza. Revista Interacções. Nº7 (2007), p.65-96
Publisher
Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Educação