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Cette communication a une double ambition concomittante: rendre compte de la
production de maniĂšres enfantines dâagir et de penser et prĂ©ciser le concept de
«culture enfantine».
A la suite de W. A. Corsaro et D. Eder qui définissaient la culture de pairs comme
«un ensemble dâactivitĂ©s ou dâoccupations habituelles, de valeurs, artefacts et de
relations que les enfants produisent et partagent pendant leurs interactions entre
pairs» (1990), J. Delalande propose pour dĂ©finition de la culture enfantine «lâensemble
des connaissances, des savoirs, des compĂ©tences et de comportements, quâun enfant
doit acquérir et maßtriser pour faire partie du groupe de pairs» (2006). Indéniablement,
le concept a une productivité heuristique et asseoit une veine de recherche nouvelle
dans le champ francophone. Des prudences sâimposent pourtant dans son usage, eu
Ă©gard aux risques de dĂ©terminisme et dâessentialisme et il me semble utile de
souligner quâil sâagit dâune rĂ©alitĂ© ni figĂ©e, ni homogĂšne. Pour affirmer les caractĂšres
dynamique et plurielle de la culture enfantine, nous nous appuyons sur trois
recherches, respectivement sur des enfants de maternelle, de primaire et de collĂšge
pour montrer que la culture enfantine nâest pas une somme fixe de pratiques et de
représentations mais un processus permanent de
production-reproduction-transformation dâune part, et une rĂ©alitĂ© disparate, hĂ©tĂ©rogĂšne
mĂȘme au sein dâune seule sociĂ©tĂ©. - Esta comunicação tem uma dupla ambição: dar conta da produção de modos
infantis de agir e de pensar e precisar o conceito de âCultura Infantilâ.
A partir de W. A. Corsaro e D. Eder que definiram a cultura de pares como âum
conjunto de actividades ou de ocupaçÔes habituais, de valores, artefactos e relaçÔes
que as crianças produzem e partilham durante as suas interacçÔes de paresâ, J.
Delalande propĂ”e como definição da cultura infantil âo conjunto de conhecimentos,
saberes, competĂȘncias e comportamentos que uma criança deve adquirir e dominar
para fazer parte do grupo de paresâ (2006). Inegavelmente, o conceito tem uma
produtividade heurĂstica e lança uma nova via de investigação no campo francĂłfono.
PorĂ©m, impĂ”em-se prudĂȘncias no seu uso, tendo em vista os riscos de determinismo e
de essencialismo e parece-me Ăștil sublinhar que nĂŁo se trata nem de uma realidade
fixa nem homogénea. Para caracterizar o caråcter dinùmico e plural da cultura infantil,
apoiamo-nos em trĂȘs pesquisas, respectivamente sobre as crianças da educação
prĂ©-escolar, da escola primĂĄria e do 2Âș ciclo, para mostrar que a cultura infantil nĂŁo Ă©
uma soma fixa de pråticas e de representaçÔes, mas um processo permanente de
produção-reprodução-transformação, por um lado, e uma realidade dĂspar,
heterogénea no seio da mesma sociedade.
Description
Keywords
Enfance Culture-enfantine Pluralité Interactions sociales
Pedagogical Context
Citation
DANIC, Isabelle - La production des cultures enfantines: ou la culture enfantine comme realite dynamique et plurielle. Revista InteracçÔes. NÂș10 (2008), p.6-13
Publisher
Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Educação