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- Necessidades hídricas do olival no Alentejo e projecções para o período 2071-2100Publication . Paulo, Ana; Pinto, HenriquetaO olival é uma cultura típica mediterrânica, adaptada a situações de escassez de água. Sendo tradicionalmente uma cultura de sequeiro, poderá no futuro só ser viável em regadio. As necessidades hídricas da cultura são estimadas recorrendo a um modelo empírico de balanço hídrico do solo, para um período de tempo longo, que permitirá captar a sua variabilidade e detectar eventuais tendências. Usando séries diárias de temperatura máxima e mínima, humidade relativa, insolação e velocidade do vento em Beja calcula-se a evapotranspiração de referência ETo pelo método de Penman-Monteith, no período 1965-2000. Valores diários de precipitação no mesmo período são utilizados na simulação diária do balanço hídrico, considerando um solo representativo. A simulação para os cenários futuros foi feita numa base mensal. Projecções mensais de temperatura máxima e mínima e precipitação geradas pelo modelo regional de clima PRECIS para os cenários A2 e B2, no período 2071-2100 permitiram estimar ETo seguindo o preconizado pela FAO-56 para dados incompletos, e efectuar o balanço hídrico num passo de tempo mensal. A análise de frequências das estimativas mensais e anuais das necessidades hídricas da cultura permitiu caracterizar os anos mais secos/mais húmidos e detectar eventuais tendências no período histórico analisado. As necessidades históricas são comparadas com as resultantes dos cenários climáticos. No olival projecta-se um acréscimo nas necessidades globais de rega superior a 40% que corresponde a acréscimos da ET máxima de 10 a 15% e a decréscimos da precipitação de 25 a 30% nos cenários A2 e B2 respectivamente. No período de registos históricos analisa-se a evolução temporal da razão entre ET actual e ET máxima acumuladas durante diferentes intervalos de tempo e a sua relação com as secas evidenciando uma razão 0.4-0.5 como indicador de escassez e seca no olival, a 12 meses de acumulação. Pretende-se com este trabalho quantificar alterações das necessidades hídricas de uma cultura tradicionalmente adaptada à região e identificar futuras situações de escassez que possam apoiar medidas de adaptação e uma melhor gestão futura dos recursos solo e água.
- Quinta do Juncal: gerir o olival do futuroPublication . Grifo, Anabela; Guerreiro, Samuel; Ferreira, Albertina; Ferreira, Mafalda; Saraiva, Artur; Saraiva, Raquel; Noéme, João; Barba, Nuno; Paulo, Ana; Oliveira, MargaridaA condutividade elétrica aparente do solo (CEa) é uma medida que permite avaliar a variabilidade da parcela agrícola de forma rápida e expedita, tornando possível a identificação de zonas com propriedades semelhantes, a delimitação de unidades de gestão diferenciada e a orientação estratégica na colheita de amostras de solo. O presente trabalho pretende contribuir para uma melhor compreensão das relações entre a CEa e algumas características do solo e teve como principal objetivo perceber se a avaliação da CEa do solo é uma ferramenta importante na gestão da rega de culturas plurianuais. O estudo foi efetuado no âmbito do projeto H2Oliva – Eficiência do uso da água na cultura do olival, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, numa parcela de olival, localizada na Quinta do Juncal, região de Pernes, Santarém. A recolha de dados georreferenciados de CEa foi efetuada por um sensor de indução eletromagnética, sem contacto com o solo, às profundidades de 50 e 100 cm, propriedade da empresa TERRAPRO. As cartas de altimetria e de CEa a 50 e 100 cm foram elaboradas recorrendo ao software ArcGISTM (ESRI, 2019). Os resultados permitiram identificar i) zonas que deverão ser alvo de distinta gestão de rega; ii) zonas com textura arenosa, com valores mais elevados de CEa devido à presença de água em profundidade; iii) zonas de textura mais argilosa com menores valores de CEa devido à diferenciação de camadas em profundidade (abaixo dos 40 cm).