Publicações de encontros científicos_ESAS
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- Parasitismo em bovinos da Raça Brava da Ilha Terceira (Açores, Portugal) - Dados PreliminaresPublication . Crespo, Maria Virgínia; Rosa, Fernanda; Correia, PedroNa Ilha Terceira, apesar do gado de raça Brava ter um papel económico e sociocultural de relevo, nomeadamente na tradição da Tourada à Corda, única no país, pouco se conhece acerca da existência de estudos sobre a fauna parasitária destes animais e a sua repercussão em saúde e produção. Neste contexto, pretende-se contribuir para o seu conhecimento e quais as suas implicações em saúde animal. O presente estudo refere-se à colheita de Outono, das quatro estacionais programadas, no sentido de se avaliar o tipo e grau de parasitismo, a sua distribuição espacial e a variabilidade temporal em gado Bravo da Ilha terceira. Na primeira semana do mês de Outubro de 2008 procedeu-se à colheita de 5% amostras de fezes de bovinos criados em regime extensivo em sete ganadarias localizadas no Concelho de Praia da Vitória (uma exploração) e no Concelho de Angra do Heroísmo (seis explorações), perfazendo um total de 70. As amostras foram sujeitas a análises coprológicas, com base em métodos qualitativos e quantitativos (técnicas de Willis, de sedimentação e de McMaster). A eliminação de ovos e oocistos, foi registada em 33 (47,14 %) das amostras de fezes de bovinos. Identificaram-se ovos de Moniezia benedeni (4,29%) Ascaridiidae (1,43%), Strongyloides sp. (11,43%), estrongilídeos gastrintestinais (EGI) (40,00%), Trichuris sp. (1,43%) e oocistos de Eimeria spp. (10,00%). Embora os valores da eliminação parasitária tenham sido baixos, com 1 a 10 ovos, em quase todas as amostras analisadas, a prevalência das eliminações parasitárias por ganadaria oscilou entre 20,00% e 80,00%, sendo os valores máximos determinados nas amostras provenientes da exploração localizada no Concelho da Praia da Vitória e de uma outra no Concelho de Angra do Heroísmo (S. Bartolomeu), com 80,00% cada. Predominaram as infecções simples com 63,64%, nas quais se salientaram as por EGI com 81,00%. Registaram-se ainda infecções duplas (27,27%) e triplas (9,09%). Considerando os valores de prevalência, o grau de parasitismo, as associações parasitárias e a diversidade, identificou-se, em cada um dos Concelhos, uma exploração onde o risco de contaminação ambiental/reinfecção é mais elevado. Estes resultados preliminares evidenciaram eliminações parasitárias baixas provavelmente relacionadas com os esquemas profilácticos implementados nas explorações e na dependência das condições ambientais menos favoráveis à manutenção das formas parasitárias infectantes no meio ambiente/pastagens neste período do ano, caracterizado por temperaturas e humidade elevadas.