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- Avaliação da qualidade biológica do solo em sistemas agrícolas em Portugal - metodologia QBS-arPublication . Duarte, Mário Jorge Mendes; Valério, ElsaOs solos sustentam vários setores da economia e são vitais para a sobrevivência humana, sendo estimado que 99% dos alimentos do mundo provenham dos mesmos. No entanto, durante o último século, estes têm vindo a ser sobre-explorados, provocando a degradação da sua qualidade e biodiversidade, com consequentes impactos severos nos agroecossistemas e no meio ambiente. O setor agrícola em Portugal, encontra-se particularmente sujeito a uma grande diversidade de condições que causam evidentes dificuldades económicas e ambientais, em particular nas áreas de produção hortícolas e frutícolas, que ocupam áreas muito significativas do território e correspondem a cadeias de valor de elevada importância económica e social, principalmente nas regiões do Ribatejo e Oeste. Desta forma, existe uma forte necessidade de usar indicadores capazes de expressar critérios de qualidade, bem como de avaliar e monitorizar a qualidade dos solos. De entre vários, o índice QBS-ar, tem sido relatado em numerosas publicações nas últimas décadas e tem sido considerado um protocolo padrão para medir a qualidade do solo em vários programas de Investigação em ecossistemas europeus, sendo também referido na mais recente proposta de lei europeia de monitorização do solo. Este estudo pretendeu avaliar qualidade biológica do solo, em sistemas agrícolas em Portugal, onde foram aplicadas diferentes práticas melhoradoras do solo. Entre 2022 e 2024, avaliaram-se seis campos com culturas hortícolas (região Alentejo litoral) e horto-industriais (região Ribatejo e Oeste), onde se instalaram culturas de cobertura biodiversas precedentes às culturas principais. Foram também avaliados dois campos frutícolas entre 2023 e 2024 (região Ribatejo e Oeste) onde se comparou em i) os períodos de aplicação pré/pós-herbicida, e em ii) modalidades com gestão de infestantes por herbicida vs. monda mecânica. A avaliação foi efetuada através da metodologia QBS-ar, tendo sido recolhidas amostras de solo, por meio de uma sonda (20cm de profundidade), durante a permanência das culturas de cobertura e das principais, e comparadas com modalidades de controlo. Em laboratório, procedeu-se à extração da mesofauna através de extratores Berlese-Tullgren, e à sua classificação através de índices EMI. Os resultados obtidos nos campos hortícolas apontam para uma melhoria na qualidade biológica do solo (p= 0,002), nas parcelas ondem foram inseridas culturas de cobertura, comparativamente às modalidades de controlo. Nos campos frutícolas, os resultados sugerem uma redução da biodiversidade do solo nos momentos de amostragem pós-herbicida, contra os momentos antecessores; assim como vantagens no corte mecânico de infestantes contra a monda por herbicida.
- Aplicação do referencial Oasis para avaliar a transição agroecológica de explorações da região do Ribatejo e do OestePublication . Luís, Margarida Almeida Santos do Vale; Coelho, Rosa SantosA população mundial continua a crescer e a tendência é manter-se assim. Atualmente, e analisando algumas projeções da FAO, o desafio é que até 2050 seja possível alimentar mais de nove mil milhões de pessoas, por isso é necessário inovar e, consequentemente, vem à tona vários tipos de agricultura sustentável, que é cada vez mais procurada por todo o tipo de explorações. Desta forma, e tendo em conta a enorme procura não só por parte do consumidor, mas também do agricultor, a agricultura sustentável vem responder de forma positiva e poderosa a este desafio. Ao serem adotadas práticas que respeitem o solo, preservem os recursos naturais, reduzam a enorme dependência de produtos químicos de síntese e promovam a biodiversidade, esta abordagem não só permite uma produção mais eficiente, mas também a criação de sistemas alimentares mais resilientes capazes de suportar e adaptar-se às alterações climáticas. Com este trabalho, pretendeu-se aplicar o referencial OASIS, “Original Agroecological Survey and Indicator System”, desenvolvido pela Agroecology Europe e avaliar a transição agroecológica de seis explorações distintas que procuram ter uma produção mais sustentável e, melhorar as suas práticas agroecológicas. Cada exploração é única, não só pela localização geográfica, mas também pelo tipo de produção e práticas adotadas em cada uma delas. Deste modo, foram escolhidas explorações localizada no Oeste e no Ribatejo e que fazem parte do Projeto RedeSusTERRA: Rede para promoção de práticas sustentáveis em sistemas agrícolas com impacto nos territórios (PRR-C05- i03-I-000093). As explorações localizam-se, uma em Alcobaça e produz Pêra Rocha, uma em Rio Maior produtora de tomate de indústria, duas no concelho da Golegã, no caso da exploração que iremos assumir como Golegã1, produz milho e a Golegã2 produz maioritariamente batata e milho, uma exploração em Almeirim que produz grão-de- bico, colza e cereais de outono/inverno e por último, uma exploração nas Abitueiras e Raposa que se dedica à produção de forragens e leite. Os resultados obtidos foram muito diversos o que permite fazer vários tipos de análises e perceber o que poderão melhorar. A exploração onde se verificou métodos e práticas mais sustentáveis é a exploração Golega1 e a que teve uma pontuação mais baixa e que consequentemente demonstra não ter em conta tantas práticas agroecológicas foi a de Rio Maior