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- As representações dos professores e das crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico acerca das áreas da Educação ArtísticaPublication . Bica, Ana Filipa Caldeira Gageiro; Togtema. MargaridaO presente Relatório de Estágio descreve o meu percurso profissional e investigativo no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Este relatório encontra-se dividido em duas partes: na primeira encontra-se uma síntese do trabalho desenvolvido nos quatro estágios realizados no mestrado; na segunda apresenta-se a componente investigativa, na qual se desenvolveu um estudo sobre as representações e o papel que os professores e as crianças do 1.º Ciclo do Ensino Básico atribuem às áreas da Educação Artística, sabendo, à partida, que as representações das crianças não são indissociáveis das suas vivências artísticas em contexto escolar. O estudo é de natureza qualitativa, tendo os dados sido recolhidos através de entrevistas realizadas a seis docentes titulares de turma e às suas respetivas turmas e a uma docente do 1.º Ciclo do Ensino Básico, que trabalha as áreas de Educação Artística, em regime de coadjuvação, com dois dos grupos participantes na investigação. Os dados obtidos e analisados indicam que, ao nível das representações, os professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico não têm consciência do verdadeiro papel das áreas artísticas na formação integral dos alunos, considerando que estas fazem parte do currículo pelo seu valor instrumental e por serem um instrumento facilitador de articulação curricular. A maioria das respostas dos docentes não evidenciou o reconhecimento efetivo da relevância destas áreas para o desenvolvimento integral das crianças. Por outro lado, os dados obtidos junto das turmas revelam que as crianças reconhecem que as áreas de Educação Artística são importantes, por duas razões principais: por serem divertidas e por permitirem aprender novos conteúdos e desenvolver novas capacidades. Contudo, não valorizam tanto estas áreas quanto as restantes, uma vez que despendem mais horas com o Português, a Matemática e o Estudo do Meio. Excetuam-se as turmas que pertencem à escola que tem em vigor o projeto de Educação Artística, porque os alunos do 4.º ano consideram todas as áreas igualmente importantes e algumas crianças do 1.º ano referem que as áreas artísticas são mais importantes por gostarem mais das mesmas. Ao nível das representações que os alunos do 1.º CEB têm destas áreas, constata-se que elas decorrem, maioritariamente, das atividades que costumam desenvolver em contexto escolar. Assim, nas áreas que menos trabalham, as suas representações resultam do que julgam que se faz nas mesmas, sendo, por isso, menos ricas e concretas. Por sua vez, as crianças que mais trabalham as áreas da EA têm representações mais abrangentes no que diz respeito às aprendizagens que estas permitem realizar, atribuindo-lhes maior importância.
- Prescrição de exercício físico na recuperação pós--parto. revisão narrativa, validação de programa de exercício e estudo pilotoPublication . Lagos, Carla Maria Fonseca da Silva Brites; Santos-Rocha, RitaO pós-parto é um período marcado por alterações profundas da mulher a nível físico, psicológico e fisiológico. Muitas dessas alterações persistem após 4 a 6 semanas de pós-parto, sendo que a maioria das mulheres não retoma os seus níveis de atividade física, o que aumenta o risco de permanecer inativa por muitos anos. Torna-se importante perceber e implementar estratégias e programas eficazes que promovam o exercício durante o pós-parto. No entanto, verifica-se a escassez de estudos nesta área. A atividade física durante o período pós-parto é um problema de saúde pública. Tendo em vista a reprodutibilidade e a implementação bem-sucedida de intervenções com exercício físico, reportar a qualidade de tais desenhos de estudo deve ser assegurada. Tendo em conta esta problemática, os objetivos deste trabalho são: analisar as características fisiológicas e psicológicas do período pós-parto, bem como as evidências científicas sobre as principais recomendações, avaliação, prescrição e características de programas de exercício adaptados ao período pós-parto (estudo 1); desenvolver e validar um programa de exercício físico na recuperação pós-parto “MÃES ATIVAS”, que promove a condição física e a saúde durante o período pós-parto (estudo 2); testar a exequibilidade e analisar os efeitos do programa de exercício específico no pós-parto “Mães Ativas”, em parâmetros psicológicos, metabólicos e musculoesqueléticos. Para o estudo 1, foram utilizadas as bases eletrónicas Web of Science e PubMed, cujos resultados confirmaram a importância do exercício como um aliado para a recuperação pós-parto, tornando-se necessário criar programas de exercício específicos para esta fase. Para a descrição do programa de exercício, foi utilizado o Consenso sobre o Modelo de Reporte de Exercício (CERT). Para a validação do programa, seguiram-se os Critérios para Reporte do Desenvolvimento e Avaliação de Intervenções Complexas em Saúde (CReDECI2), passando pelas três etapas de desenvolvimento, pilotagem e avaliação. Foi realizado um estudo-piloto qualitativo. O programa de exercícios personalizado foi desenvolvido e validado com base em recomendações internacionais baseadas em evidências, com o objetivo de ser implementado por profissionais de exercício qualificados. Foi realizada uma intervenção de 12 a 16 semanas de testagem, envolvendo 11 mulheres no pós-parto. A viabilidade do programa foi posteriormente avaliada por todas as participantes. A intervenção apresentada pode auxiliar especialistas em exercício, profissionais de saúde e investigadores no planeamento, promoção e implementação de um programa de exercício específico para recuperação pós-parto. Participaram no estudo 11 mulheres no período pós-parto, num programa supervisionado com a duração mínima de 12 semanas. Para análise dos efeitos foi avaliado o nível de atividade física, a qualidade de vida, a dor pélvica e dor lombar, a fadiga, a depressão e o nível de condição física. As mulheres foram avaliadas antes, durante e depois do programa de exercício. Os resultados mostraram que a aplicação do programa de exercício específico para o período pós-parto, com a duração mínima de 12 semanas, realizado três vezes por semana, produz efeitos positivos em parâmetros psicológicos, metabólicos e musculoesqueléticos.