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- O conhecimento da estatística e da sua didática de futuros professores e educadores de infância.Publication . Santos, RaquelEsta comunicação pretende apresentar uma tese de doutoramento em curso na área de especialização de Didática de Matemática, cuja investigação se enquadra na formação inicial de professores no campo do ensino e a aprendizagem da Estatística. Com a elaboração do novo programa de Matemática do Ensino Básico (ME, 2007), tornou-se ainda mais importante que os professores, mesmo os dos primeiros anos, tenham um bom conhecimento de Estatística, e também sobre o ensino e a aprendizagem deste tema. Assim, é necessário prestar especial atenção à formação inicial de professores nesta área, de modo a que, no futuro, possam contribuir para formar cidadãos críticos da informação que os rodeia. Este estudo visa compreender os conhecimentos e capacidades que os futuros professores e educadores possuem sobre Estatística e a sua didática após terem frequentado as unidades curriculares sobre a área na ESES, sendo esse conhecimento analisado a partir do seu discurso e da sua ação. Scheaffer (2000) critica o ensino da Estatística perspetivado “como uma série de técnicas mais do que um processo de pensar acerca do mundo” (p. 158) e, apesar de reconhecer a utilidade dos procedimentos técnicos, como ponto de partida, refere a necessidade de os ultrapassar, indo “para além da rotina, até à reflexão” (p. 158). Assim, defende que a preocupação principal do ensino da Estatística é a reflexão sobre os problemas que surgem no decurso da realização de projetos e investigações (Bright & Hoeffner, 1993). Assim, este estudo tenta compreender o ensino da Estatística através da realização de investigações estatísticas e, a partir daí, desenvolver conceitos em contexto e a literacia estatística. No entanto, para ensinar qualquer tema, é fundamental que o professor, para além de conhecer a matéria que ensina, também conheça o modo de a ensinar, designado por conhecimento didático do conteúdo (Shulman, 1986), que inclui o conhecimento do aluno e dos seus processos de aprendizagem (Ponte, Oliveira, Cunha e Segurado, 1998), baseado na ação. De modo a concretizar este estudo já foram recolhidos, o ano passado, relatórios escritos de uma investigação estatística a todos os formandos no 2.º ano da Licenciatura em Educação Básica. No presente ano letivo será realizado um questionário (com o qual já foi efetuado um estudo piloto) a todos os formandos no último ano dessa licenciatura. Posteriormente serão realizadas entrevistas e observação de aulas, gravadas em vídeo, a três desses formandos quando já se encontram no mestrado que habilita para a docência.
- Atividades formativas integradas num projeto de investigação-acçãoPublication . Candido, Anabela; Godinho, Celeste; Amendoeira, JoséO projeto Comer Bem Viver Melhor em Santarém, integrando como parceiros, a Câmara Municipal de Santarém (entidade promotora), a Escola Superior de Saúde de Santarém, o ACES Ribatejo e os Agrupamentos Escolares do concelho, tem-se desenvolvido numa lógica de cooperação e parceria entre diferentes sectores: saúde, educação, autarquias e empresas, num assumir de responsabilidades mútuas na redução da prevalência da pré-obesidade e obesidade em Portugal, determinando a indispensabilidade de uma atuação prioritária, quer num adequado diagnóstico de situação, quer no planeamento e operacionalização de intervenções individualizadas, sistematizadas e multidisciplinares. Tendo como objetivos avaliar a intervenção desenvolvida no transato ano lectivo junto da comunidade escolar, prosseguimos desta forma o desenvolvimento do projeto, assente num modelo de ciclos em espiral, em quatro etapas: planeamento, ação, reflexão e avaliação (Streubert e Carpenter, 2002). O desenho deste projeto assenta assim numa perspectiva de investigação-ação, permitindo em simultâneo a produção de conhecimentos sobre a realidade, a inovação no sentido da singularidade de cada caso, a produção de mudanças sociais e, ainda, a formação de competências dos intervenientes (Guerra,2000, p.52), considerando estes como todos os participantes do estudo. Simultaneamente orienta para uma abordagem sistémica dos fenómenos em estudo, definindo o problema a partir da prática e pretendendo voltar à prática para a resolução/transformação do que foi identificado; define-se assim como “um método que implica agir para melhorar a prática e estudar sistematicamente os efeitos da acção desenvolvida” (Streubert e Carpenter, 2002). A intervenção conjunta (saúde e social) desenvolveu-se em oito escolas e cinco jardins-de-infância de um agrupamento escolar, abrangendo 134 crianças do pré-escolar e 366 de 1º ciclo, professores, assistentes operacionais e pais, desenvolvendo atividades formativas integradas nos projetos de intervenção das Escolas piloto, sob diferentes temáticas: a importância do pequeno almoço, a constituição de lanches saudáveis, as frutas e os produtos hortícolas: o arco-íris no prato, receitas mágicas: à descoberta dos sabores. Como estratégias destacam-se sessões interativas em pequenos grupos, metodologias ativas e jogos didáticos, com elevada participação de todos os intervenientes. Em cada atividade foram disponibilizados materiais pedagógicos para continuidade do trabalho com as crianças e fichas de avaliação que traduziram aquisição de conhecimentos em diferentes âmbitos e sugeriram trilhos de orientação para a monitorização do trabalho a desenvolver posteriormente em cada um dos contextos escolares, da responsabilidade direta dos professores, visando a promoção do desenvolvimento pessoal e social das crianças e a construção de conhecimentos/atitudes face a estilos de vida saudáveis.
- Estudo da substituição parcial do cloreto de sódio por cloreto de potássio em presuntoPublication . Dias, Igor; Raimundo, António; Neves, Ana Maria; Laranjeira, Cristina; Basto de Lima, Maria Gabriela; Faro, MariaDever-se-iam consumir, no máximo, 5 g de NaCl/dia, i.e. 2 g de Na [World Health Organization (W.H.O), 2007]. Cada português ingere, em média, 12 g de sal/dia [Sociedade Portuguesa de Hipertensão, (S.P.H), 2009]. Considerando o cloreto de potássio (KCl) uma alternativa à utilização do NaCl no fabrico de presunto, avaliou-se se a substituição parcial do NaCl por KCl (25% na proporção molar) no presunto poderia ser uma alternativa viável, investigando os possíveis efeitos da alteração nas suas características. De 1500 pernas frescas de suíno branco foram seleccionadas 40, ao acaso, criando-se 2 lotes de 20 pernas. De 1-20, alocadas a um lote denominado formulação comum (NaCl) (FC) e outro (21-40) denominado formulação alternativa (75% NaCl+25% KCl) (FA). Analisaram-se alguns parâmetros microbiológicos, em fresco e no final do período de cura. O valor do pH foi medido nas pernas em fresco, e, ao fim de 170 dias de cura além dos parâmetros microbiológicos analisaram-se parâmetros físicos, físico-químicos, microbiológicos e sensoriais. A alteração na formulação não levou a um desequilíbrio ao nível da população microbiana – que poderia ter ocorrido por redução da concentração do sódio. De igual modo, ao nível das características físicas e químicas não se verificaram grandes diferenças significativas entre os dois lotes de presunto. Relativamente à análise sensorial - apesar dos elementos do painel não terem identificado diferenças significativas entre os músculos das duas formulações para a maioria dos parâmetros - quanto à aceitabilidade global e à preferência notou-se claramente que as amostras preferidas foram as da formulação comum. O que significa que esta formulação apresentou características mais próximas daquelas a que os elementos do painel estão habituados a percepcionar nos presuntos correntemente comercializados. Importa referir que o sabor metálico apontado por alguns autores como potenciado pela adição do potássio, não foi percepcionado. Com uma cura incompleta (170 dias) a redução do Na não prejudicou as características do presunto. Nas condições testadas, pode-se considerar que a substituição do NaCl por KCl é uma alternativa à redução do Na, atendendo às expectativas dos clientes e/ou consumidores quanto à segurança e às características intrínsecas e no que se refere à prevenção de doença por redução do teor de Na. Fica, contudo, a necessidade de testar a FA aos 200 210 dias de cura (industrial). Na substituição (25%) do NaCl por KCl, de um modo geral, não será necessário modificar nenhuma etapa do fabrico.