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- Ixodídeos em cães do concelho de ÓbidosPublication . Rosa, Fernanda; Crespo, Maria Virgínia; Almeida, J.P.No sentido de se conhecer o papel do cão na manutenção do ciclo de vida de ixodídeos no concelho da Vila de Óbidos, efectuaram-se observações e sua colheita em cerca de 10% da população de cães das freguesias daquele concelho, entre Maio e Junho de 2009, durante período de Vacinação anti-rábica efectuada pelos serviços oficiais. A pesquisa de ixodídeos e a sua colheita realizou-se manualmente, tendo sido acondicionados em tubos de PVC e conservados em álcool a 70º, devidamente identificados. O estudo das características morfológicas baseou-se em Travassos Dias (1994) e Walker et al. (2000). Dos animais observados, 34 estavam parasitados por ixodídeos, com um número médio por hospedeiro de 5. A identificação revelou que, à excepção de um único exemplar (R. bursa), todos os outros se incluem no grupo Rhipicephalus sanguineus, com a seguinte distribuição: 149 exemplares (89,76%) apresentam semelhanças morfológicas compatíveis com R. sanguineus e 16 (9,46%) identificaram-se como R. pusillus. Os autores referem-se a diversos tipos morfológicas nos machos e na genitália das fêmeas observada nos exemplares de R. sanguineus, o que poderá ser compatível com a existência de outras espécies ou com uma grande variabilidade intraespecífica.
- Eliminação parasitária em fezes de canídeos no Concelho de Óbidos - estudo geralPublication . Crespo, Maria Virgínia; Rosa, Fernanda; Almeida, J.P.Na sequência de estudos anteriormente realizados sobre “Contaminação ambiental por endo e ectoparasitas de canídeos da Região do Ribatejo e Oeste e do Vale do Tejo”, e no interesse manifestado pelos Serviços Veterinários Municipais na implementação de medidas preventivas para minimizar os riscos de contaminação ambiental e de Saúde Pública no Concelho de Óbidos, realizou-se durante o ano de 2009 um estudo sobre o tipo e o grau de parasitismo em canídeos deste concelho e períodos de maior risco de contaminação ambiental. Colheram-se de 548 amostras de fezes de canídeos, com uma recolha por estação do ano de 137 amostras, correspondentes a 5,00 % do efectivo canino. As amostras foram sujeitas a análises coprológicas qualitativas e quantitivas, respectivamente pelos métodos de Willis e de McMaster. Das amostras de fezes observadas, 274 (50%00 %) apresentaram formas de eliminação parasitária. Nas amostras positivas identificaram-se ovos de Ancylostomatidae (79,92%) (Ascarididae - Toxocara canis e Toxascaris leonina) (12,04%), Trichuris sp. (Trichuridae) (40,15%), Strongyloides sp. (Strongyloididae) (18,98%), oocistos de Isospora sp. (Eimeriidae) (2,55%) e Sarcocystis sp. (Sarcocystidae) (0,37%) e proglótides grávidos de Dipylidium caninum (0,74%), apresentando a maioria infecção simples, com 52,92%, e as restantes, infecções mistas (39,42% - infecções duplas; - 7,66% infecções triplas). O estudo estacional permitiu evidenciar um aumento do número de amostras positivas, ao longo do ano, com a seguinte distribuição: Inverno - 9,67%; Primavera - 11,86%; Verão - 13,50%; Outono - 14,96%. Independentemente da estação do ano, identificaram-se ovos de Ancylostomatidae, Ascarididae, Trichuris sp., Strongyloides sp. e oocistos de Isospora sp., e as maiores prevalências foram sempre registadas no Outono (90, 24%) para Ancylostomatidae. Com excepção do Inverno, onde se registou maior gravidade das infecções com superioridade de associações (50,94%), nas restantes estações, predominaram as infecções simples, embora, a prevalência das infecções de maior gravidade (triplas), tenham ocorrido na Primavera, com 15,38%. Apesar de ter sido no Inverno que se registaram as infecções mais graves, o maior risco de contaminação é no Outono, estação onde se observou maior diversidade parasitária e maior número de amostras com infecção. Relativamente a estudos anteriores, este concelho apesar de ter registados menor diversidade parasitária, apresentou maior número de animais infectados e infecções mais graves.
- Caracterização dos biótopos de hospedeiros intermediários de trematódeos na Guiné-Bissau – observações na estação secaPublication . Rosa, Fernanda; Crespo, Maria Virgínia; Nunes, M. C.; Costa, F.; Ribeiro, Ana; Cotor, M.As infecções parasitárias provocadas por trematódeos têm uma grande expressão em produção animal e em saúde pública na Guiné-Bissau, particularmente as provocadas por Dicrocoelium hospes, Fasciola gigantica, Paranfistomatídeos, Schistosoma haematobium e S. bovis, cujos ciclos biológicos exigem a presença de um ou mais hospedeiros intermediários (HI). O presente trabalho refere-se aos dados preliminares da prospecção, caracterização física e geográfica e pesquisa de moluscos potenciais HI no período seco, integradas num estudo pluridisciplinar que visa a compreensão da dinâmica das populações de moluscos HI e das relações que estabelecem com os trematódeos, responsáveis por infecções parasitárias na bacia do rio Geba. A prospecção realizou-se em 31 colecções de água e os biótopos observados foram caracterizados de acordo com propostas de vários autores, em função do tipo de escoamento, do tipo físico e da intervenção humana. De igual modo, registou-se o tipo de padrão de contacto das populações com a água. Realizou-se a colheita manual de moluscos HI observados, tendo sido mantidos em laboratório para pesquisa da presença de infecção parasitária. Das colecções de água prospectadas, 11 (35,48%) tinham moluscos dos géneros Lymnaea, Bulinus e Biomphalaria, das quais em três (27,27%) encontraram-se moluscos com formas larvares de trematódeos. A maioria dos biótopos identificados é do tipo natural, frequentemente rio com escoamento permanente, e apenas 3 antrópicos, constituídos por sistemas de irrigação e por arrozais. Salientou-se ainda a grande dependência dos animais e das populações humanas (actividades piscatórias, domésticas e agrícolas) das colecções de água, facilitando quer a contaminação do meio aquático, quer a aquisição da infecção.
