Browsing by Author "Santos-Silva, F."
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- Análise da estrutura genética de populações ovinas churras portuguesasPublication . Santos-Silva, F.; Ivo, R.; Sousa, M. C.; Vicente, António; Carolino, M. I.; Carolino, Nuno; Gama, LuisA diversidade e estrutura genética foram estudadas em seis raças portuguesas do grupo Churro (Badana, Galega Bragançana, Galega Mirandesa, Mondegueira, Churra da Terra Quente e Algarvia), e na raça exótica Assaf, com um conjunto de 20 microssatélites. Os dados foram analisados com a metodologia bayesiana implementada pelo software STRUCTURE. A variabilidade genética observada sugere a existência de quatro populações ancestrais na sua origem. As raças Assaf e Algarvia estão bem identificadas com populações ancestrais distintas, o que resultará do seu distanciamento geográfico relativamente às restantes raças. As outras raças Churras, cuja área de exploração é o Norte de Portugal, mostram um grau de diferenciação reduzido, e resultam de duas populações ancestrais que contribuem em maior ou menor proporção para cada raça, o que indica que provavelmente terá existido fluxo de genes entre estas raças.
- Biodiversidade caprina em PortugalPublication . Carolino, Nuno; Sousa, C. B.; Carolino, I.; Santos-Silva, F.; Sousa, C. O.; Vicente, António; Ginja, C.; Gama, LuisEm Portugal a produção de caprinos está normalmente associada a zonas pobres e a recursos agrossilvopastoris dificilmente aproveitáveis por outras espécies. O efetivo caprino é atualmente constituído por cerca de 340 mil fêmeas reprodutoras, 1/8 das quais representadas pelas raças autóctones Algarvia, Bravia, Charnequeira, Preta de Montesinho, Serpentina e Serrana. A origem e evolução dos efetivos caprinos portugueses são controversas, mas diversos autores sugerem que resultam de cruzamentos entre animais provenientes de diversas regiões da Península Ibérica e do norte de África. As atuais seis raças autóctones apresentam um grau de diferenciação inter-racial reduzido, mas níveis elevados de diversidade genética. A maioria dos caprinos é explorada em sistemas extensivos, em equilíbrio com o meio ambiente, na dupla vertente carne-leite, em que o leite produzido é utilizado no fabrico de queijo. Devido à diversidade de raças caprinas e de sistemas de produção, bastante associados a tradições e às características edafoclimáticas de cada região, existe uma grande variedade de produtos transformados (queijos e carne), alguns deles com certificações reconhecidas pela União Europeia (Denominação de Origem Protegida, Indicação Geográfica Protegida e Especialidade Tradicional Garantida). Presentemente, todas as raças caprinas autóctones dispõem de programas de conservação e melhoramento, da responsabilidade das Associações de Criadores gestoras dos livros genealógicos, com o apoio de várias instituições e a supervisão do Ministério da Agricultura. Contribuindo para o sustento de inúmeras empresas agrícolas familiares portuguesas, os caprinos são fundamentais para a fixação de populações no espaço rural e para a sua gestão sustentável. Não sendo um sector em expansão, a caprinicultura portuguesa, continua a desempenhar um papel extremamente importante do ponto de vista socioeconómico e cultural nas regiões mais desfavorecidas do interior do país.