Browsing by Author "Dias, Sara"
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- Abordagem STEAM no 1.º Ciclo: relato de uma experiênciaPublication . Victorino, Ana; Cerejeira, Bárbara; Marques, Nicole; Ferreira, Rita; Dias, Sara; Correia, Marisa; Martins, Maria ClaraEste trabalho relata uma experiência desenvolvida por estudantes do 3º ano da Licenciatura em Educação Básica, no âmbito da articulação entre as Unidades Curriculares de Introdução à Didática do Estudo do Meio e Introdução à Di-dática da Matemática. A atividade “Como construir um periscópio?” integrou um conjunto de atividades que foram dinamizadas na Escola Superior de Edu-cação de Santarém, no dia em que se comemorou o Dia Nacional da Cultura Científica (23 de novembro de 2018), com uma turma de 4.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico. A atividade dinamizada consistiu na construção de um periscópio e articulou conteúdos programáticos referentes às áreas curriculares de Estudo do Meio, Matemática, TIC e Expressões Artísticas, promovendo a interdisciplinaridade, através da abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Ma-temática), e mobilizando, nas crianças, conceitos e competências diversas, con-sideradas essenciais no Sec. XXI, nomeadamente a criatividade, a autonomia, a colaboração, a reflexão, o pensamento crítico e a comunicação. Nesta atividade pretendeu-se, a partir da pesquisa de informação e através da construção de um periscópio, que as crianças mobilizassem de forma integra-da, conhecimentos relativos às aplicações do fenómeno da reflexão da luz, co-nhecimentos matemáticos relativos à medição e à classificação de ângulos, na construção de um objeto prático de forma autónoma. Para aferir conhecimen-tos foi elaborado um questionário com quatro questões, tendo-se verificado, na sua análise, que 91.7% dos alunos referiu que o fenómeno envolvido na passa-gem da luz é a reflexão e 100% dos alunos identificaram corretamente a incli-nação dos espelhos que permitia a funcionalidade do periscópio. Os resultados apontam, assim, que este tipo de abordagem promove a aprendi-zagem e o interesse das crianças, devendo, por isso, manter-se como uma apos-ta no futuro profissional estudantes.
- Hábitos alimentares e IMC de crianças do 1.º Ano do 1.º CEB de três escolas portuguesasPublication . Cerejeira, Bárbara; Ferreira, Rita; Dias, Sara; Victorino, Ana Carolina; Linhares, ElisabeteA obesidade prevalece como uma condição cada vez mais ameaçadora à qualidade de vida. Neste sentido, esta problemática requer especial atenção por parte dos profissionais nesta área, entre aos quais se incluem os profissionais de educação. O presente estudo de casos múltiplos procurou avaliar o Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças e perceber se existe relação com a sua alimentação, para responder à questão de investigação: “Existe alguma relação entre o IMC de crianças do 1.º Ano do 1.ºCEB de três escolas portuguesas e os seus hábitos alimentares? Os participantes do estudo foram 3 turmas de 1.º ano do 1.º CEB de diferentes concelhos de Portugal continental e os seus respetivos encarregados de educação (EE). Foram aplicados dois inquéritos por questionário aos dois grupos de participantes. Apesar de não ser possível estabelecer uma relação entre o tipo de alimentação das crianças e o seu IMC verificou-se que, prevalecem crianças do género feminino em situação de pré-obesidade ou obesidade comparativamente com as do género masculino. Foram também identificadas diferenças entre as turmas participantes quanto aos seus conhecimentos sobre alimentação saudável. Assim, os conhecimentos dos EE e das crianças nesta área é fundamental, para escolhas alimentares mais conscientes e saudáveis.
- O nosso planetário. Astronomia em Contexto Pré-Escolar.Publication . Marques, Nicole; Ferreira, Rita; Dias, Sara; Correia, MarisaÉ hoje consensual que as ciências, como forma racional de descobrir o mundo (Reis, 2008), devem ser abordadas desde as idades mais precoces. Um tema que desperta curiosidade nas crianças devido à relação com o seu dia-a-dia é a astronomia, mas por não existir manipulação direta da criança, torna-se algo difícil para a mesma compreender (Curval & Peixoto, 2016). Contudo, é possível recorrer a vários dispositivos ou ferramentas (físicas ou digitais) que permitam à criança observar e explorar, e, assim, facilitar a compreensão dos fenómenos (Pereira, 2012). A atividade aqui descrita foi dinamizada numa turma de pré-escolar, constituída por 19 crianças, entre os 3 e os 6 anos de idade, de um Jardim de Infância do Concelho de Santarém durante o mês de maio de 2017, em contexto de estágio da formação inicial de educadores. O tema da atividade é o Sistema Solar, que é referido nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (Silva, Marques, Mata & Rosa, 2016), no seguinte excerto: As aprendizagens em ambiente pré-escolar podem ampliar-se e diversificar-se, para além do meio imediato, (…) o planeta Terra, algumas noções do sistema solar e da influência do sol na vida da terra, os rios, os mares, os acidentes orográficos, etc.). (pp. 93-94) Para além da Área de Conteúdo de Conhecimento do Mundo, foi feita a articulação com a Área da Expressão e Comunicação (Domínios da Educação Motora, da Educação Artística, da Matemática e da Linguagem Oral e abordagem à Escrita) em diversos momentos da atividade. Iniciou-se a atividade com o visionamento do filme “Paxi - O Sistema Solar”, da Agência Espacial Europeia (2016), e promoveu-se uma breve conversa com as crianças no sentido de perceber o que pensavam sobre o que viram e de reforçar algumas das informações mais importantes. Posteriormente, as crianças de 3 e 4 anos decoraram com os dedos as estrelas recorrendo a guaches e a purpurinas; as crianças de 5 e 6 anos pintaram os planetas do sistema solar, o Sol e a Lua, recorrendo a guaches e pincéis (Figura 1). Para apoiar a realização destas tarefas, foi projetada no quadro interativo uma imagem do sistema solar. No segundo dia da intervenção, realizou-se a leitura do livro Estrelas e Planetas (Winters & Senden, 2011), dinamizada por uma das estagiárias (Figura 2), que explicou alguns conceitos, esclareceu dúvidas expressadas pelas crianças e mostrou as ilustrações do livro. Em seguida, procedeu-se à montagem do planetário. Esta consistiu num chapéu-de-sol reciclado, que previamente foi forrado pelas estagiárias com tecido azul-escuro, agrafador, agrafes e cola. As crianças ajudaram na colagem dos efeitos na parte exterior do planetário e, por fim, promoveu-se a discussão com o grupo sobre a posição dos planetas, durante a sua colocação com fio de pesca. Depois de concluída esta tarefa, solicitou-se às crianças que elaborassem um desenho sobre o sistema solar, com a finalidade de aferir as aprendizagens construídas e de promover a singularidade criativa de cada criança. No final, realizou-se a inauguração do planetário, em que toda a turma pôde explorar com a ajuda de uma lanterna para iluminar a maquete. As crianças empenharam-se em todas as etapas da atividade e revelaram, aquando da leitura do livro e nos desenhos que elaboraram, conhecer os nomes, as caraterísticas e o posicionamento dos planetas no sistema solar. De referir ainda, que o interesse suscitado pelo tema fez que continuasse a ser explorado na semana seguinte.
- Técnica de controlo respiratório e a hiperatividade e défice de atenção: um projeto numa escola do 2.º ciclo do ensino básicoPublication . Catela, David; Piscalho, Isabel; Victorino, Ana; Cerejeira, Bárbara; Marques, NIcole; Ferreira, Rita; Dias, SaraA Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção (PHDA) compreende um padrão persistente de sintomas de hiperatividade, impulsividade e/ou falta de atenção (APA, 2013), e pode causar comprometimento significativo nas atividades académicas (Cantwell & Baker, 1991), com efeitos negativos sobre a autoestima (Matza, Paramore & Prasad, 2005). A PHDA tem uma taxa de prevalência variando entre 3% e 7% em crianças em idade escolar (Rowland, Lesesne & Abramowitz, 2002; Rash & Aguirre-Camacho, 2012). Intervenções complementares com crianças estão a começar a ser usadas, como Ioga (e.g., Jensen e Kenny, 2004; Stück e Gloeckner, 2005), principalmente porque as suas técnicas de respiração podem ter valor terapêutico (e.g., Shannahoff-Khalsa & Kennedy, 1993; Jella, & Shannahoff-Khalsa, 1993). Na realidade, os programas escolares de Ioga para crianças com PHDA (e.g., Peck, Kehle, Bray & Theodore, 2005; Abadi, Madgaonkar & Venkatesan, 2008) e respetivas famílias (e.g., Harrison, Manocha e Rubia, 2004) estão a disseminar-se. Todos os programas de Ioga incluem exercícios de respiração, com base na redução do ritmo e no alongamento dos ciclos respiratórios. A arritmia sinusal respiratória (RSA) é a variação da frequência cardíaca que acompanha a respiração. A frequência cardíaca aumenta durante a inspiração e diminui durante a expiração. Medições cardíacas têm sido utilizadas para fornecer validação do transtorno de déficit de atenção disruptivo e não disruptivo (e.g., Dykman, Ackerman & Oglesby, 1992). A RSA é maior entre as crianças com desenvolvimento típico do que em crianças medicadas com PHDA, mas as crianças não medicadas com PHDA ainda têm uma menor RSA (Buchhorn et al., 2012). Frequentemente, a frequência respiratória ocorre entre 9 e 24 respirações por minuto. Aproximadamente a 6 respirações por minuto há um aumento na amplitude de RSA, um ritmo que pode ser alcançado com algum treinamento (Lehrer, Vaschillo e Vaschillo, 2000). A RSA é importante porque determina a variabilidade da frequência cardíaca (HRV); que é assumido como um índice de ativação autonómica cardíaca (Lin, Tai, & Fan, 2014), sendo que a sua componente de alta frequência (HF), 0,15 a 0,40 Hz, é tida como um indicador de ativação do sistema nervoso parassimpático (Camm et al., 1996; Reyes del Paso et al., 2013), o qual está relacionado com fatores psicológicos, como a atenção e a regulação emocional (Thayer & Lane, 2009). Esse processo é possível porque a frequência cardíaca está sob controle inibitório tónico periférico através do nervo vago (Levy, 1990; Uijtdehagge & Thayer, 2000). Maior a amplitude da RSA, maior a HRV, e níveis mais altos de HRV em repouso propiciam respostas emocionais adequadas ao contexto (Ruiz-Padial et al., 2003; Thayer & Brosschot, 2005). A desregulação da emoção está associada à PHDA em crianças, e também está associada à HRV (Bunford et al., 2017). De facto, a PHDA na infância está associado a mecanismos parassimpáticos anormais envolvidos na regulação emocional (Musser et al., 2011). Ao nível cognitivo, pessoas com uma HRV em repouso baixa apresentam produção de cortisol maior perante desafios cognitivos, comparativamente com aquelas com uma HRV elevada em repouso (Johnsen et al., 2002). A HRV também está positivamente associada à consciência situacional, um fator crítico para o sistema central executivo tomar decisões e ações adequadas em situações stressantes e críticas, o que por sua vez está positivamente associado à prestação (Saus et al., 2006). Ora, as crianças com ADHD apresentam frequências cardíacas médias significativamente mais elevadas, uma HRV significativamente mais reduzida e uma relação LF/HF significativamente maior do que as crianças com desenvolvimento típico (Tonhajzerova et al., 2009; Griffiths et al., 2017; Imeraj et al., 2011; Rukmani et al., 2016; cf. Carvalho et al., 2014). Uma vez que a HRV está associada ao desempenho e às respostas ao stresse, questionamos se será possível regular a HRV das crianças com PHDA, através do controlo respiratório, a fim de lhes proporcionar condições de regulação emocional e da atenção, no desempenho das tarefas académicas, bem como na capacidade de adaptação a situações stressantes. Com este objetivo, foi iniciado um projeto com alunos de uma escola pública, identificados com potencial ADHD. Entre os professores das potenciais crianças com PHDA, foi aplicada uma versão em português do formulário de relatório do professor (Achenbach, 1991; Fonseca et al., 1995). Atualmente, estão a ser recolhidos sinais vitais baseline (HRV e pressão arterial), bem como a frequência respiratória em repouso; e, um programa de treino de controlo respiratório, similar, mas consideravelmente mais simples, ao proposto por Lehrer, Vaschillo e Vaschillo (2000) será implementado com estas crianças. Para o treino da técnica de respiração abdominal, as crianças serão instruídas do seguinte modo: (1) coloca uma mão sobre o teu peito e a outra sobre a tua barriga, (2) respira apenas pelo nariz, (3) enche a tua barriga com ar e depois deixa-o sair devagar. Não será controlada a duração ou o ritmo dos ciclos respiratórios, para que as crianças possam realizar uma respiração confortável. A recolha de dados para a HRV será realizada através do Polar V800 (Giles, Draper, & Neil, 2016). Para analisar a HRV, será usado o software gHRV (Rodríguez-Liñares, Lado, Vila, Méndez & Cuesta, 2014), com filtragem conforme Rodríguez-Liñares, Méndez, Vila e Lado (2012), e análise de domínio de frequência conforme Vila et al. (1997). Para os índices não lineares, a entropia aproximada será calculada conforme Kaplan, Furman e Pincus (1990) e Pincus e Goldberger (1994). Para a análise das séries temporais, a dimensão m e o delay proceder-se-á conforme Kantz e Schreiber (2004) Cao (1997), respetivamente. Os dados serão tratados estatisticamente com o programa IBM-SPSS, versão 24. O teste Shapiro-Wilk será usado para verificar a distribuição normal dos dados. O teste de Wilcoxon será usado para comparação intragrupo. O effect size r será calculado (Field, 2013).