Mestrado em Engenharia Agronómica
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Browsing Mestrado em Engenharia Agronómica by advisor "Adaixo, Manuel"
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- Água na agricultura: um bem a preservar, um custo a rentabilizar: auditoria a um sistema de rega.Publication . Ferreira, José Nicolau Nobre; Adaixo, ManuelA produção de alimentos e o uso de água estão intimamente relacionados, sendo este o principal fator que limita a produção agrícola em vastas zonas do globo (FAO, 2012). O setor agrícola é o maior consumidor de água doce, tanto à escala global como nacional (Selborne, 2002), e, segundo o PNA, é responsável por cerca de 75% do consumo deste recurso em Portugal. Atualmente, em relação à temperatura do ar, verifica-se um aquecimento em todas as estações do ano, acompanhado de ondas de calor com maior duração. No tocante à precipitação, constata-se uma diminuição da precipitação anual, acompanhada, por vezes, de fenómenos extremos de precipitação no outono/inverno e de secas com maior duração na primavera/verão. É por isso expectável, pelo IPMA, que no futuro haja um aumento de temperatura e um decréscimo de precipitação. As consequências desta mudança climática estão-se já a verificar, a nível nacional, em que já há escassez de água nos meses de primavera/verão, altura em que ela é mais necessária para a agricultura (Pires, 2022). Face a este cenário, entende-se que se torna necessário rentabilizar a aplicação da água na agricultura, colocando-se o enfoque na melhoria de oportunidade de rega e da eficiência de aplicação. Há uma necessidade crescente de redução de perdas de água, por forma a se protegerem os recursos hídricos naturais e, consequentemente, o meio ambiente (DGDR, 2014). O objetivo deste trabalho consiste em elaborar um roteiro de auditoria à eficiência de um sistema de rega por aspersão, através de rampa polar. Para analisar a sua funcionalidade, fez-se em paralelo uma avaliação a um sistema de rega com rampa polar e comparou-se os resultados obtidos com a respetiva carta de rega. Apesar de só se conseguir ter acesso a um número reduzido de dados, estes foram suficientes para chegar a conclusões sobre a eficiência da aplicação da água nas regas efetuadas. Não se conseguiu quantificar os custos de aplicação de água em excesso nas regas, essencialmente custos energéticos, nem a dimensão da pegada ecológica da cultura, também por falta de dados para o efeito, embora se constatasse que houve rega excessiva.
- Uso de fenotipagem digital na avaliação do efeito de bioestimulantes na tolerância da cultura do milho ao défice hídricoPublication . Carvalho, Cristiana Alves; Adaixo, ManuelAtualmente, as alterações climáticas têm vindo a representar uma escassez dos recursos hídricos e um crescente aumento das temperaturas. Associado a este cenário de seca prolongada e tendo em consideração que a cultura do milho apresenta uma considerável necessidade hídrica e um grande interesse económico, torna-se importante realizar estudos relacionados com o défice hídrico de forma a evitar que a sua produtividade seja afetada. Como tal, o presente estudo teve como objetivo principal avaliar o efeito do uso de bioestimulantes microbianos no aumento da tolerância ao stress hídrico induzido por défice hídrico, na cultura do milho, através da monitorização por fenotipagem digital de alto rendimento. Na primeira fase do estudo, foram avaliadas dez estirpes de bactérias com efeito bioestimulante, perante duas modalidades hídricas: sem restrições hídricas (SRH) e com restrições hídricas (CRH). Procedeu-se à seleção de três bioestimulantes que mostraram uma maior indução de tolerância ao défice hídrico, através da medição da biomassa final das plantas. Como tal, observou-se que os tratamentos Bio 2, Bio 5 e Bio 10, na modalidade SRH comprovaram o seu efeito bioestimulante comparativamente ao Controlo; na modalidade CRH, induziram os maiores aumentos de biomassa de 24%, 41% e 21%, respetivamente, comparando com as plantas Controlo. Como tal, selecionaram-se estes tratamentos para a fase seguinte. Na fase posterior, realizou-se um estudo comparativo entre as três estirpes de bactérias selecionadas, utilizando-se as mesmas modalidades hídricas. O acompanhamento do estudo através da fenotipagem digital de alto rendimento e as medidas finais efetuadas, permitiram obter resultados que demonstraram que a redução de água influenciou negativamente o desenvolvimento das plantas do Controlo na modalidade CRH, em comparação com as plantas do Controlo na modalidade SRH. Quanto à ação dos bioestimulantes, as plantas em conforto hídrico não só apresentaram um desenvolvimento superior, como também mostraram valores fisiológicos superiores aos do Controlo na mesma modalidade hídrica. Nas plantas da modalidade CRH, os bioestimulantes mitigaram a interrupção do crescimento, promovendo o desenvolvimento contínuo, por vezes equiparando-se às plantas do Controlo em condições hídricas favoráveis. Embora, nem todos os parâmetros fisiológicos tenham aumentado significativamente, os resultados da aplicaçãoIV dos bioestimulantes foram consistentemente superiores aos do Controlo, nas mesmas condições hídricas. Ainda nesta última fase, o tratamento Bio 5 apresentou, maioritariamente, os melhores resultados tanto morfologicamente como fisiologicamente, seguido pelo tratamento Bio 10 e, por fim, o tratamento Bio 2; todos superando o Controlo em ambas as modalidades hídricas.