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Orientações Motivacionais e Estratégias de Aprendizagem no Ensino Superior: Contributos para a compreensão da assiduidade às aulas dos estudantes de Enfermagem

dc.contributor.authorSantos, Júlia
dc.date.accessioned2010-06-23T12:20:29Z
dc.date.available2010-06-23T12:20:29Z
dc.date.issued2008
dc.descriptionDissertação de Mestrado em Ciências da Educação,Especialização em Educação e Desenvolvimento Social, apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbrapt
dc.description.abstractA formação em Enfermagem em Portugal bem como as concepções epistemológicas subjacentes ao seu desenvolvimento, têm sofrido profundas alterações ao longo dos tempos, pautando-se actualmente por um modelo assente no novo paradigma inserido no Processo de Bolonha, com uma formação centrada no estudante. O assumir deste pressuposto, a par com a nossa experiência como docente numa escola superior de enfermagem, constituem o estímulo para a realização deste estudo. Como referencial teórico, destaca-se no âmbito do desenvolvimento cognitivo, o modelo de desenvolvimento intelectual e ético de Perry (1970); no âmbito do desenvolvimento psicossocial, a teoria de Chickering (1969); no âmbito da motivação e estratégias da aprendizagem, o referencial de Pintrich (1991), Pintrich e Schunk (1996) e Biggs (2005) respectivamente, para além da referência a estudos portugueses realizados com estudantes do ensino superior, nomeadamente de enfermagem. Trata-se de um estudo transversal, com uma abordagem prioritariamente quantitativa, com uma amostra de 224 estudantes do curso de enfermagem do 1º ao 4º ano. O estudo envolveu a aplicação do Questionário de Estratégias de Motivação para a Aprendizagem – MSLQ – Motivated Strategies for Learning Questionaire, em relação ao qual houve necessidade de conduzir um estudo de adequação do instrumento para a população portuguesa, analisando a composição factorial e determinação dos valores de consistência interna. Houve necessidade de excluir quatro itens das escalas originais, ficando a composição final do MSLQ com 77 itens distribuídos por três secções: (i) Motivação [subescalas de Valor da Tarefa e Orientação Intrínseca (factor 1), subescalas de Ansiedade aos Testes e Orientação Extrínseca (Factor 2), subescalas de Auto-eficácia para a Aprendizagem e Desempenho (Factor 3)]; (ii) Estratégias Cognitivas e Metacognitivas [subescalas de Organização de Alto Rendimento (factor 1), subescalas de Pensamento Crítico (factor 2), subescalas de Elaboração Profunda (factor 3), subescala Auto-regulação Metacognitiva (factor 4), subescalas de Estratégias Superficiais de Aprendizagem Cognitiva (Factor 5)]; (iii) Estratégias de Gestão do Tempo e Esforço [subescalas de Gestão Auto-regulada do Esforço, Tempo e Ambiente de Estudo (factor 1), subescalas de Gestão Relacional ou do Suporte Social (factor 2); subescalas de Gestão Negativa ou Danosa (factor 3)]. Os resultados sugerem que não existem diferenças na assiduidade às aulas entre os estudantes do sexo feminino e masculino. A maioria falta às aulas teóricas por um problema de gestão do tempo e do esforço (n=121), isto é, por dificuldades em se levantarem cedo e para estudarem para as frequências/exames. Por sua vez, frequentam as aulas teóricas para fundamentar a prática e consolidar conhecimentos, e finalmente, vão às aulas teórico-práticas e práticas laboratoriais, sobretudo porque existem faltas (n=54) e porque ajudam na consolidação dos conhecimentos e articulação das diferentes matérias. Os estudantes mais assíduos são os do 3º ano, e os estudantes mais faltosos são os do 4º ano. Considerando ao quatro anos, a maioria (61.6%) falta às aulas, destes, 30.8%faltam entre 1 e 2 horas por semana, e 16.1% faltam 5 ou mais horas. Os resultados da regressão hierárquica revelam que os estudantes mais assíduos são os que são mais pontuais e os que utilizam mais estratégias de gestão do esforço, do tempo e ambiente de estudo. Os estudantes mais satisfeitos com o curso e com a escola são os tendem a ser mais motivados ao nível do Valor da Tarefa e Orientação Intrínseca e, e a ter uma maior Auto-eficácia para a Aprendizagem e Desempenho. Igualmente, são os que possuem valores mais elevados nas estratégias de aprendizagem relacionadas com a Organização de Alto rendimento, com a Elaboração Profunda e Auto-regulada, Auto-regulação Metacognitiva, Gestão Auto-regulada do Esforço, Tempo e Ambiente de Estudo, Gestão Relacional ou de Suporte Social e ainda uma menor Gestão Negativa ou Danosa. Também são estudantes com uma motivação orientada para o Valor da Tarefa e Orientação Intrínseca, os que tendem a ter uma organização de Alto Rendimento, Pensamento Crítico, Elaboração Profunda, Auto-regulação Metacognitiva, Gestão Auto-regulada do Esforço, Tempo e Ambiente de Estudo e Gestão Relacional. Face a estes e outros resultados são apresentadas algumas implicações sobretudo no que diz respeito à organização pedagógica no Ensino Superior.pt
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.15/99
dc.language.isoporpt
dc.subjectESTRATEGIAS DE APRENDIZAGEMpt
dc.subjectENSINO SUPERIORpt
dc.subjectESTUDANTES DE ENFERMAGAMpt
dc.subjectMOTIVAÇÃOpt
dc.subjectASSIDUIDADEpt
dc.titleOrientações Motivacionais e Estratégias de Aprendizagem no Ensino Superior: Contributos para a compreensão da assiduidade às aulas dos estudantes de Enfermagempt
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceCoimbrapt
rcaap.rightsopenAccesspt
rcaap.typemasterThesispt

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