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Implementação de um programa de atividade física e aconselhamento nutricional na gravidez. Efeitos no estilo de vida e saúde da grávida e recém-nascido

dc.contributor.authorPortela, Cristina
dc.contributor.authorSantos Rocha, Rita
dc.date.accessioned2018-01-31T23:08:16Z
dc.date.available2018-01-31T23:08:16Z
dc.date.issued2015
dc.description.abstractNo passado, as grávidas eram aconselhadas a reduzir as suas atividades, especialmente durante a fase final da gestação, acreditando-se que o exercício aumentaria o risco de trabalho de parto prematuro. Em meados da década de 90, o American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) reconheceu que a prática de atividade física (AF) regular na gravidez deveria ser desenvolvida desde que a grávida apresentasse condições físicas apropriadas, mediante avaliação médica especializada. Já neste século, a mesma entidade reconheceu este período da vida da mulher como fértil para a ocorrência de mudanças positivas nos hábitos de vida, incluindo nas recomendações, as mulheres sedentárias e com complicações médicas e obstétricas, sempre mediante avaliação médica prévia (Artal & O'Toole, 2003; Kac et al., 2007). De acordo com o ACOG (2002) espera-se, então, que as mulheres grávidas, com ausência de contraindicações médicas e que não apresentam complicações obstétricas, pratiquem pelo menos 30 minutos de AF de intensidade moderada por dia, durante todos os dias da semana. Já uma mulher fisicamente ativa, com uma história de risco de parto prematuro ou restrição do crescimento fetal, deve ser aconselhada a reduzir a sua AF no segundo e no terceiro trimestres de gravidez (ACOG, 2002a, 2002b). Atividades de baixo risco podem ser recomendadas, inclusivamente a mulheres grávidas previamente sedentárias. O exercício aeróbio moderado, nomeadamente a marcha, é seguro e benéfico para a maioria das mulheres desde que sejam cumpridas as normas apropriadas (Dewey & McCrory, 1994; Oken, Taveras, Popoola, Rich-Edwards, & Gillman, 2007). A marcha parece ser a modalidade melhor aceite, ou talvez mais acessível e fácil de integrar nas rotinas diárias durante a gravidez e após o parto, altura em que se verificam grandes mudanças na rotina diária da mulher. A promoção deste tipo de AF de forma correta pode ser uma forma de evitar a diminuição da AF nestes períodos. Outras modalidades poderão ser a natação, a hidroginástica e o pedalar na bicicleta ergométrica (Pereira et al., 2007). A probabilidade dos riscos e benefícios da AF na gravidez e pós-parto acontecerem depende da frequência, duração e intensidade das sessões de exercício, além das condições em que este se realiza. A grávida que se exercita dentro da zona ótima de treino prescrito individualmente para si, provavelmente terá benefícios (Dewey & McCrory, 1994; Wolfe & Davies, 2003). As principais precauções a serem tomadas relacionam-se com o terreno, a temperatura ambiente, o calçado, o aquecimento e arrefecimento, a hidratação e especialmente com a inexistência de fases anaeróbicas (períodos de curta duração e alta intensidade), exaustão ou fadiga que podem significar uma situação de hipoxia para o feto. Por outro lado, promover um estado nutricional equilibrado na mulher grávida é fundamental para o desenvolvimento de uma gestação saudável e, consequentemente, para o crescimento e desenvolvimento adequados do recém-nascido. Evidências científicas demonstram que o feto não está protegido de uma dieta inadequada da mãe que, durante a gravidez, parece apresentar necessidades nutricionais específicas (Mendez & Kogevinas, 2011; Shah & Ohlsson, 2009; Zeisel, 2009). Mesmo que a dieta pré-gestacional seja equilibrada, dadas as necessidades nutricionais específicas da mulher e do feto durante a gestação, é necessário alterar a dieta da mulher para que esta contribua para uma gravidez saudável e bem-sucedida. A dieta da grávida, através dos alimentos e/ou suplementos, deverá fornecer todos os nutrientes necessários ao equilíbrio do organismo em gestação, considerando a especificidade de cada um e as necessidades fisiológicas e psicológicas que caracterizam esta fase da vida. Os poucos estudos encontrados revelam a existência de crenças sobre a alimentação na gravidez e amamentação, e comportamentos alimentares nestas fases, nem sempre corretos, completos e/ou fundamentados (Pinheiro & Seabra, 2008).pt_PT
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationPortela,C., & Santos Rocha, R. (2015). Implementação de um programa de atividade física e aconselhamento nutricional na gravidez. Efeitos no estilo de vida e saúde da grávida e recém-nascido. In R. Santos Rocha...et al. (Ed.), Atividade física em populações especiais: população infantil, grávidas (pp. 113–147).Rio Maior: Escola Superior de Desporto.pt_PT
dc.identifier.isbn978-989-8768-03-2
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.15/2089
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
dc.publisherInstituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Desporto de Rio Maiorpt_PT
dc.relationALENT - 07-0262-FEDER- 001883: Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo- Laboratório de Investigação em Desporto e Saúdept_PT
dc.subjectgravidezpt_PT
dc.subjectatividade físicapt_PT
dc.subjectaconselhamento nutricionalpt_PT
dc.subjectgrávidapt_PT
dc.subjectrecém-nascidopt_PT
dc.titleImplementação de um programa de atividade física e aconselhamento nutricional na gravidez. Efeitos no estilo de vida e saúde da grávida e recém-nascidopt_PT
dc.typebook part
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oaire.citation.conferencePlaceRio Maiorpt_PT
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oaire.citation.titleAtividade física em populações especiaispt_PT
oaire.citation.volume1pt_PT
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