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Abstract(s)
Neste trabalho avaliam-se os reflexos do regime e da variabilidade espacial e interanual das precipitações nas condições hídricas dos biótopos, na densidade populacional dos moluscos dulçaquícolas e no risco de infecção por trematódeos e os impactes da construção de estruturas de engenharia rural e hidráulica na evolução desses biótopos.
As doenças parasitárias dependem das inter-relações entre o parasita, o hospedeiro e as condições ambientais. As provocadas por trematódeos estão mais sujeitas a condicionantes climáticas e hídricas, uma vez que parte do ciclo biológico do parasita se processa em moluscos, em biótopos aquáticos. Cabo Verde foi alvo de estudos sobre fauna parasitária e malacológica com interesse em Saúde Pública/Medicina Veterinária, em diferentes períodos, 1865 a 1947, 1970 a 1972 e 1995 a 1999. Dos resultados obtidos nas diferentes ilhas constatou-se uma retracção do número de biótopos de moluscos aquáticos, em particular de Bulinus forskallii e de Lymnaea natalensis-L. auricularia. Paralemente verificou-se um decréscimo da prevalência das infecções por Shistosoma bovis de 10% para 5% e por Fasciola gigantica de 85% para 33,33%. Na base desta diminuição está, como condicionante mais expressiva, a redução na precipitação que se tem vindo a assistir desde a década de sessenta do séc. XX, em Cabo Verde e na região saheliana em geral. Outro factor relevante foi a contenção do escoamento superficial, induzida, em parte, pela construção de um número elevado de estruturas antrópicas de aproveitamento hídrico, para fins agrícolas ou utilização doméstica.
Description
Keywords
Biótopos de moluscos dulçaquícolas Trematódeos Variabilidade Climática Cabo Verde
Citation
Costa, F; Rosa, F.; Crespo, M.V.; Correia, E. (2006) - Evolução dos biótopos aquáticos de trematódeos/moluscos em Cabo Verde. 1ª Conferência Lusófona sobre o Sistema Terra – CluSTer, FC-UL, Lisboa, 22-24 Março de 2006, 4pp.
Publisher
1ª Conferência Lusófona sobre o Sistema Terra – CluSTer