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- Influência da frequência de ordenha e do tempo de permanência pós-parto cria-progenitora na produção de leite de ovelhas da Raça Assaf.Publication . Pardal, Paulo Reis Branco; Ferreira, I.; Cavaco, J.; Roldão, D.; Carolino, NunoO presente trabalho foi realizado no efectivo ovino Assaf da Sociedade Agrícola da Herdade do Matinho com o objectivo de avaliar a influência da frequência de ordenha e do tempo de permanência pós-parto do borrego com a progenitora, na produção de leite da ovelha. Utilizou-se um total de 96 ovelhas, cujas crias foram submetidas a quatro períodos distintos de permanência pós-parto com a progenitora: 0, 12, 24 e 36 horas. À medida que se procedeu ao desmame, as ovelhas foram distribuídas aleatoriamente por dois grupos experimentais, submetidos a duas ou três ordenhas diárias. Com recurso ao programa SAS analisaram-se as produções de leite ajustadas aos 60, 90 e 120 dias de lactação (PL60d, PL90d e PL120d, respectivamente). O modelo de análise incluiu os mês de parto (Fevereiro ou Março), tipo de parto (simples ou múltiplo), frequência de ordenha (2 ou 3 ordenhas), tipo de desmame (0, 12, 24 ou 36 horas), idade da ovelha ao parto (covariável – efeitos linear e quadrático) e a consanguinidade individual (covariável – efeito linear). Registaram-se produções médias de leite de 147.60±57.7, 75.50, 263.63±91.59 L aos 60, 90 e 120 dias de lactação, respectivamente. O número diário de ordenhas influenciou significativamente a produção de leite (P<0.01), registando-se aumentos de 24%(+32L), 18%(+36L) e 23%(+56L) aos 60, 90 e 120 dias de lactação, respectivamente, nas ovelhas submetidas a três ordenhas diárias. O tipo de desmame não influenciou significativamente a produção de leite, no entanto verificaram-se ligeiras diferenças (P<0,10) na PL90d e PL120d, registando-se valores mais elevados para o período de aleitamento de 36 horas (PL90d e PL120d, registando-se valores mais elevados para o período de aleitamento de 36 horas (PL90d=245.87±19.17L e PL120d= 308.59±27.07 L), seguindo-se o período 24 horas (PL90 = 218.32±19.17L e PL120 = 286.18±24.73 L). As ovelhas que permaneceram com as suas crias apenas 12 horas pós-parto apresentam produções mais baixas (PL90d=180.82±12.85L e PL 120d=229.90±15.43L). O tipo de parto e a consanguinidade individual não influenciaram a produção de leite em nenhum dos períodos considerados(P>0.01). A idade da ovelha ao parto influenciou a produção de leite aos 60, 90 e 120 dias, verificando-se as maiores produções em amimais com idades compreendidas entre os 54 e 72 meses. Os coeficientes de determinação dos modelos de análise variaram entre 0.29 e 0.40.
- Inseminação artificial em caprinos de raça Serrana: análise de parâmetros reprodutivosPublication . Romão, Patrícia; Bernardes, M.; Carolino, Nuno; Pardal, Paulo Reis BrancoO presente trabalho teve como objectivo avaliar o impacto do recurso à inseminação artificial (IA), como técnica de beneficiação, em caprinos de raça Serrana, ecotipo Ribatejano, explorados na região do Ribatejo, durante a época de Primavera. Pretendeu-se avaliar em que medida o recurso à IA pode influenciar parâmetros reprodutivos, como a fertilidade e a prolificidade, e a forma como os referidos parâmetros podem ser influenciados por diversos factores, nomeadamente a exploração, o ano, a idade da cabra, o tipo de beneficiação e o tipo de inseminação, uterina (IU) ou cervical (IC). O estudo teve por base dados oficiais de registos reprodutivos obtidos entre os anos de 1999 e 2004. Os dados utilizados, disponibilizados pela ACORO, foram obtidos em cinco explorações de animais inscritos no RZ da região do Ribatejo, e reportam-se a 286 IA e 1332 montas naturais (MN). Relativamente à fertilidade, comparou-se esta em relação aos dois tipos de beneficiação utilizados (IA e MN), bem como para o método de inseminação praticado (IU e IC). No caso da prolificidade procedeu-se à comparação entre o tipo de parto (simples e múltiplo). Avaliou o efeito de da exploração, tipo de beneficiação e idade sobre os referidos parâmetros reprodutivos, tendo-se ainda determinado a correlação entre a prolificidade e a idade do animal. No estudo estatístico recorreu-se à análise do Q2, executada através do PROC CATMOD do SAS, análise de variância e análise de correlação através do PROC GLM do SAS. A taxa de fertilidade da IA foi de 63,2%, valor ligeiramente superior ao obtido por outros autores com cabras da mesma raça/ecótipo (52,7%). Esta pequena diferença reflecte, possivelmente, uma melhoria no processo de indução/sincronização e de inseminação, e/ou de escolha dos reprodutores. Comparando com outros ecótipos/raças nacionais, os valores da taxa de fertilidade registados com a IA não diferem consideravelmente dos por nós encontrados: 53,3% para a raça Serrana, ecótipo Transmontano, 65,9% para a raça Charnequeira, 65,2 e 70,1% para a raça Algarvia. De acordo com os resultados obtidos, as variáveis exploração e tipo de beneficiação, influenciaram significativamente a fertilidade (P < 0,01). No caso do efeito da exploração, a observação reflecte a importância que o maneio praticado pelo criador, em particular o maneio alimentar que condiciona a condição corporal dos animais, tem na resposta reprodutiva dos animais. Os resultados obtidos apontam para alguma superioridade da taxa de fertilidade quando do recurso à IA como método de beneficiação, comparativamente com a MN (63,2% vs 49,9%, respectivamente). Porém, esta superioridade resulta do facto de apenas as cabras inseminadas terem sido submetidas a tratamento hormonal de indução/sincronização de cio, quebrando o anestro estacionário em que, certamente, grande parte dos animais se encontrava. No que concerne à fertilidade da IA, esta foi influenciada pelo método de beneficiação (P < 0,05) e pelo ano (P < 0,1). Os valores registados nos diferentes tipos de inseminação artificial indicam que os melhores resultados foram obtidos com a deposição do sémen ao nível cervical (IC), comparativamente à deposição ao nível uterino (IU), 65,8% e 54,0%, respectivamente. Esta inferioridade da IU é atribuída à complexa anatomia do cérvix e às funções do canal cervical na conservação e capacitação dos espermatozóides. Relativamente à influência do ano agrícola sobre a fertilidade da IA, esta já era de prever atendendo a que estes efectivos são normalmente explorados em regime semi-extensivo, onde os recursos alimentares naturais assumem uma contribuição importante na alimentação dos animais, sendo a sua disponibilidade, quantitativa e qualitativa, função do ano agrícola. No que concerne à taxa de prolificidade, também o recurso à IA permitiu obter resultados superiores, comparativamente à MN (173% vs 149%, respectivamente). Esta superioridade resulta, uma vez mais, do facto de apenas as fêmeas inseminadas terem sido tratadas hormonalmente, o que promove o crescimento e a maturação de folículos, aumentando a incidência de partos múltiplos.
- Estudo do crescimento de borregos das raças Churra Badana e Churra da Terra QuentePublication . Pardal, Paulo Reis Branco; Oliveira, Hugo; Lopes, A. S.; Carolino, NunoO presente trabalho teve como objectivo avaliar os pesos, a diferentes idades, de borregos das raças ovinas Churras da Terra Quente e Badana. Baseou-se nos registos de pesos de 140 borregos Churros da Terra Quente e 88 da raça Churra Badana. Os borregos foram pesados ao nascimento e, posteriormente, quinzenalmente, até aos 120 dias de idade, tendo-se calculado os respectivos pesos ajustados aos 15, 30, 45, 60 e 120 dias de idade (PN, P15d, P30d, P45d, P60d e P120d). Procedeu-se a uma análise de variância, com o objectivo de avaliar quais os principais efeitos ambientais que influenciam o peso dos borregos às diferentes idades, com um modelo que incluiu os efeitos do sexo (macho ou fêmea), tipo de parto (simples ou múltiplo), mês do parto (Setembro, Outubro ou Novembro) e peso da mãe ao parto (como covariável). Verificaram-se diferenças significativas entre raças (p<0,01) nos pesos ao nascimento, 90 e 120 dias de idade, observando-se uma superioridade dos borregos da raça Churra da Terra Quente, relativamente aos da raça Badana (PN: 3,51±0,05 vs. 3,22±0,08; P90d: 24,05±0,72 vs. 21,73±0,93; P120d: 28,73±0,73 vs. 26,07±0,52). Porém, não houve diferenças entre raças nos pesos durante o aleitamento, entre os 15 e os 60 dias de vida. O sexo dos borregos influenciou significativamente os pesos destes em qualquer das idades estudadas, registando-se pesos superiores nos machos relativamente aos das fêmeas (P15d: 7,00±0,14 vs. 6,35±0,14; P30d: 10,25±0,20 vs. 9,47± 0,19; P45: 13,98±0,28 vs. 12,90±0,26; P60d: 18,18±0,42 vs. 16,16±0,39; P90d: 24,57±1,21 vs. 21,21±0,57). Registou-se ainda uma superioridade nos pesos dos animais nascidos de partos simples e um efeito significativo do peso da ovelha nos pesos dos borregos até aos 45 dias de idade. Os resultados obtidos evidenciaram alguma superioridade nos pesos dos borregos da raça Churra da Terra Quente, relativamente aos da raça Churra Badana, mas apenas no período pós desmame.
- Influência do tempo de permanência pós-parto cria-progenitora no crescimento de borregos de Raça AssafPublication . Ferreira, I.; Cavaco, J.; Pardal, Paulo Reis Branco; Roldão, D.; Carolino, NunoO presente trabalho foi realizado no efectivo ovino Assaf da Sociedade Agrícola da Herdade do Matinho com o objectivo de avaliar a influência do tempo de permanência pós-parto cria-progenitora, na produção de leite da ovelha. Constituíram-se quatro grupos experimentais, num total de 110 animais, separados das mães, aleatoriamente, às 0, 12, 24 e 36 horas após o nascimento. Após a separação, os borregos foram aleitados artificialmente, recebendo três refeições diárias de colostro (200 ml cada). Posteriormente, e até ao desmame, os borregos foram aleitados com leite de substituição, em regime de ad libitum. Para além do alimento lácteo, os borregos dispuseram ainda de palha. Através do programa SAS, analisaram-se os pesos dos borregos ao nascimento e ajustados aos 7, 14 e 21 dias de idade. O modelo de análise incluiu os efeitos do mês de parto (Fevereiro ou Março), tipo de parto (simples ou múltiplo), tipo de desmame (0, 12, 24 ou 36 horas), sexo (macho ou fêmea) e idade da ovelha ao parto (covariável). O tipo de desmame apenas influenciou o peso ajustado aos 7 dias de idade (P<0.01), observando-se uma superioridade no peso dos borregos desmamados às 12 horas (5.95±0.21Kg) e pesos mais baixos em borregos que permaneceram com as mães até às 36 horas (4.72±0.30Kg). Estes últimos borregos também apresentaram uma mortalidade mais elevada (38.10%). O peso dos borregos ao nascimento apenas foi influenciado pelo tipo de parto (P<0.01). O peso ajustado aos 7 dias de idade foi influenciado por todos os factores incluídos no modelo de análise. O mês de parto, o sexo e a idade da ovelha ao parto apresentaram influência significativa nos pesos ajustados aos 14 e 21 dias de idade. O coeficiente de determinação do modelo de análise do peso ao nascimento foi de apenas 0.05, enquanto que nas análises dos pesos ajustados aos 7, 14 e 21 dias de idade, coeficiente de determinação oscilou entre 0.29 e 0.32