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Reis Branco Pardal, Paulo

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  • Inseminação artificial em caprinos de raça Serrana: análise de parâmetros reprodutivos
    Publication . Romão, Patrícia; Bernardes, M.; Carolino, Nuno; Pardal, Paulo Reis Branco
    O presente trabalho teve como objectivo avaliar o impacto do recurso à inseminação artificial (IA), como técnica de beneficiação, em caprinos de raça Serrana, ecotipo Ribatejano, explorados na região do Ribatejo, durante a época de Primavera. Pretendeu-se avaliar em que medida o recurso à IA pode influenciar parâmetros reprodutivos, como a fertilidade e a prolificidade, e a forma como os referidos parâmetros podem ser influenciados por diversos factores, nomeadamente a exploração, o ano, a idade da cabra, o tipo de beneficiação e o tipo de inseminação, uterina (IU) ou cervical (IC). O estudo teve por base dados oficiais de registos reprodutivos obtidos entre os anos de 1999 e 2004. Os dados utilizados, disponibilizados pela ACORO, foram obtidos em cinco explorações de animais inscritos no RZ da região do Ribatejo, e reportam-se a 286 IA e 1332 montas naturais (MN). Relativamente à fertilidade, comparou-se esta em relação aos dois tipos de beneficiação utilizados (IA e MN), bem como para o método de inseminação praticado (IU e IC). No caso da prolificidade procedeu-se à comparação entre o tipo de parto (simples e múltiplo). Avaliou o efeito de da exploração, tipo de beneficiação e idade sobre os referidos parâmetros reprodutivos, tendo-se ainda determinado a correlação entre a prolificidade e a idade do animal. No estudo estatístico recorreu-se à análise do Q2, executada através do PROC CATMOD do SAS, análise de variância e análise de correlação através do PROC GLM do SAS. A taxa de fertilidade da IA foi de 63,2%, valor ligeiramente superior ao obtido por outros autores com cabras da mesma raça/ecótipo (52,7%). Esta pequena diferença reflecte, possivelmente, uma melhoria no processo de indução/sincronização e de inseminação, e/ou de escolha dos reprodutores. Comparando com outros ecótipos/raças nacionais, os valores da taxa de fertilidade registados com a IA não diferem consideravelmente dos por nós encontrados: 53,3% para a raça Serrana, ecótipo Transmontano, 65,9% para a raça Charnequeira, 65,2 e 70,1% para a raça Algarvia. De acordo com os resultados obtidos, as variáveis exploração e tipo de beneficiação, influenciaram significativamente a fertilidade (P < 0,01). No caso do efeito da exploração, a observação reflecte a importância que o maneio praticado pelo criador, em particular o maneio alimentar que condiciona a condição corporal dos animais, tem na resposta reprodutiva dos animais. Os resultados obtidos apontam para alguma superioridade da taxa de fertilidade quando do recurso à IA como método de beneficiação, comparativamente com a MN (63,2% vs 49,9%, respectivamente). Porém, esta superioridade resulta do facto de apenas as cabras inseminadas terem sido submetidas a tratamento hormonal de indução/sincronização de cio, quebrando o anestro estacionário em que, certamente, grande parte dos animais se encontrava. No que concerne à fertilidade da IA, esta foi influenciada pelo método de beneficiação (P < 0,05) e pelo ano (P < 0,1). Os valores registados nos diferentes tipos de inseminação artificial indicam que os melhores resultados foram obtidos com a deposição do sémen ao nível cervical (IC), comparativamente à deposição ao nível uterino (IU), 65,8% e 54,0%, respectivamente. Esta inferioridade da IU é atribuída à complexa anatomia do cérvix e às funções do canal cervical na conservação e capacitação dos espermatozóides. Relativamente à influência do ano agrícola sobre a fertilidade da IA, esta já era de prever atendendo a que estes efectivos são normalmente explorados em regime semi-extensivo, onde os recursos alimentares naturais assumem uma contribuição importante na alimentação dos animais, sendo a sua disponibilidade, quantitativa e qualitativa, função do ano agrícola. No que concerne à taxa de prolificidade, também o recurso à IA permitiu obter resultados superiores, comparativamente à MN (173% vs 149%, respectivamente). Esta superioridade resulta, uma vez mais, do facto de apenas as fêmeas inseminadas terem sido tratadas hormonalmente, o que promove o crescimento e a maturação de folículos, aumentando a incidência de partos múltiplos.
  • Estudo do efeito da época de beneficiação no desempenho reprodutivo de caprinos das raças Saanen e Alpina
    Publication . Pardal, Paulo Reis Branco; Batista, R.; Gomicho, R.; Carolino, Nuno
    O valor económico de produtos da exploração caprina como o leite e a carne de cabrito podem sofrer importantes flutuações em função da época do ano, em consequência da procura e da sua oferta no mercado, condicionada pelo período de anestro sazonal dos caprinos. O trabalho realizado teve com objetivo avaliar o desempenho reprodutivo de caprinos das raças Saanen e Alpina, em diferentes épocas de beneficiação (maio, agosto e novembro), com base na informação de 5701 registos reprodutivos, obtidos numa exploração comercial. Analisaram-se os resultados de onze épocas de cobrição consecutivas, recolhendo-se dados relativos a parâmetros reprodutivos (diagnóstico de gestação positivo (DG+ ), parição, aborto, hidrometra e prolificidade) de cada uma das raças utilizadas, bem como de fatores ambientais que os pudessem influenciar (mês de beneficiação, número de lactação e produção de leite). Recorreu-se ao “efeito macho” para indução e sincronização do estro. Na época de cobrição de maio, os animais foram ainda sujeitos a tratamento hormonal (implante de melatonina “Melovine”, colocado 45 dias antes do início das cobrições). A beneficiação foi realizada por monta natural (relação macho/fêmea de 1/15-20) durante um período de 42 dias. O DG foi efetuado por ecografia, 45 dias após a retirada dos bodes. As probabilidades independentes do animal ter DG+ , parir ou abortar foram analisadas por regressão logística, através do PROC LOGISTIC, e a prolificidade com o PROC GLM, ambos do programa SAS (SAS Institute, 2004). Estimaram as médias dos quadrados mínimos da prolificidade segundo os fatores estudados e respetivos testes de diferenças entre médias. As taxas de DG+ , parição, aborto e hidrometra foram de 74.4%, 70.4%, 4,0% e 1,9%, respetivamente. Nos meses de maio, agosto e novembro registaram-se taxas de DG+ , 65.6%, 78.7% e 80.0%, respetivamente. Apenas a taxa de DG+ foi influenciada significativamente pelo mês de beneficiação e pelo número de partos. As estimativas de “odds ratio” do DG+ para os efeitos mês de beneficiação e número de partos foram de 2.1 e 2.7 (mês 8 vs 5 e mês 11 vs 5, respetivamente), e de 2.1, 2.7, 3.2, 2.9 e 3.0 (parto 1, 2, 3, 4, 5 vs parto 0, respetivamente). Observou-se uma ligeira superioridade da prolificidade da raça Saanen (1,83), relativamente à raça Alpina (1,69), e do mês de beneficiação agosto, relativamente aos meses maio e novembro. A prolificidade aumentou ainda com o número de parto, atingindo um valor máximo ao 3º parto.
  • Estudo do efeito da época de beneficiação no desempenho reprodutivo de caprinos das raças Saanen e Alpina
    Publication . Pardal, Paulo Reis Branco; Batista, R.; Gromicho, R.; Carolino, Nuno
    O valor económico de produtos da exploração caprina como o leite e a carne de cabrito podem sofrer importantes flutuações em função da época do ano, em consequência da procura e da sua oferta no mercado, condicionada pelo período de anestro sazonal dos caprinos. Avaliou-se o desempenho reprodutivo de caprinos das raças Saanen e Alpina, em diferentes épocas de beneficiação (maio, agosto e novembro), com base na informação de 5701 registos reprodutivos, obtidos numa exploração comercial. Analisaram-se os resultados de doze épocas de cobrição consecutivas, recolhendo-se dados relativos a parâmetros reprodutivos (diagnóstico de gestação positivo - DG+ , parição, aborto, hidrometra e prolificidade) de cada uma das raças utilizadas, bem como de fatores ambientais que os pudessem influenciar (mês de beneficiação, número de lactação e produção de leite). Recorreu-se ao “efeito macho” para indução e sincronização do estro. Na época de cobrição de maio, os animais foram ainda sujeitos a tratamento hormonal (implante de melatonina “Melovine®”, colocado 45 dias antes do início das cobrições). A beneficiação foi realizada por monta natural (relação macho/fêmea de 1/15-20) durante um período de 42 dias. O DG foi efetuado por ecografia, 45 dias após a retirada dos bodes. As probabilidades independentes do animal ter DG+ , parir ou abortar foram analisadas por regressão logística, através do PROC LOGISTIC, e a prolificidade com o PROC GLM, ambos do programa SAS (SAS Institute, 2004). Estimaram-se as médias dos quadrados mínimos da prolificidade segundo os fatores estudados e realizaram-se os respetivos testes de diferenças entre médias. As taxas de DG+ , parição, aborto e hidrometra foram de 74,4%, 70,4%, 4,0% e 1,9%, respetivamente. Nos meses de maio, agosto e novembro registaram-se taxas de DG+ , 65,6%, 78,7% e 80,0%, respetivamente. Apenas a taxa de DG+ foi influenciada significativamente pelo mês de beneficiação e pelo número de partos. As estimativas de “odds ratio” do DG+ para os efeitos mês de beneficiação e número de partos foram de 2,1 e 2,7 (mês 8 vs 5 e mês 11 vs 5, respetivamente), e de 2,1, 2,7, 3,2, 2,9 e 3,0 (parto 1, 2, 3, 4, 5 vs parto 0, respetivamente). Observou-se uma ligeira superioridade da prolificidade da raça Saanen (1,83), relativamente à raça Alpina (1,69), e do mês de beneficiação agosto, relativamente aos meses maio e novembro. A prolificidade aumentou ainda com o número de parto, atingindo um valor máximo ao 3º parto.