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- As práticas de responsabilidade social e a qualidade de vida no trabalho:um estudo de caso aplicado a uma organização de economia socialPublication . Soares, Cátia Alexandra Martinho; Leal, SusanaA Responsabilidade Social Organizacional (RSO) tem vindo a ganhar, nas últimas décadas, cada vez mais relevância no seio das organizações, quer sejam elas públicas ou privadas. Em termos académicos o interesse no tema é, igualmente, crescente. Uma das áreas em discussão prende-se com a relevância das práticas da responsabilidade social e o seu impacto na qualidade de vida dos seus colaboradores. Este estudo pretende analisar de que forma as práticas de responsabilidade social existentes numa organização sem fins lucrativos influenciam a qualidade de vida no trabalho dos seus colaboradores e qual a perceção tida pelos mesmos, relativamente à RSO existente na organização onde trabalham. Usando um estudo de caso, e recorrendo a uma amostra de 76 colaboradores (81,9% do género feminino) de uma organização sem fins lucrativos, realizou-se um estudo quantitativo com recolha de dados através de um inquérito por questionário.Os principais resultados evidenciam que: as práticas de responsabilidade social (RS) orientadas para a comunidade tendem a beneficiar significativamente a qualidade de vida no trabalho (QVT) dos colaboradores, nomeadamente, na dimensão integração, respeito e autonomia. De forma menos significativa observou-se que, as práticas de RS orientadas para os valores e a ética tendem a beneficiar a QVT dos colaboradores na dimensão compensação justa e adequada. Por último, observou-se que, práticas de RS não contribuem para a QVT na dimensão lazer e convívio social, o mesmo sucede com as práticas de RS a explicar a dimensão da QVT incentivo e suporte. Para a QVT global, os resultados sugerem que as pessoas com mais idade percecionam níveis mais elevados de qualidade de vida no trabalho, e que os colaboradores que percecionam mais RS na dimensão dos valores e ética também percecionam mais QVT global. De acordo com estes resultados, e dado o atual contexto onde estão inseridas as organizações de economia social, é importante a definição de uma estratégia de RSO de longo prazo que perpetue a organização no tempo, sendo essenciais para a mesma a preocupação com o capital humano.As mais-valias deste estudo são discutidas sob o ponto de vista teórico, empírico e prático, de forma a acrescentar valor na relação desta organização com o seu público interno.
- O apoio financeiro das Fundações aos estudantes do ensino superior–avaliação do seu impacto na decisão de prosseguir estudosPublication . Duarte, Edite Cristina Marques Lourenço; Jorge, NunoAs medidas de apoio financeiro atribuídas pelas Organizações de Economia Social aos estudantes do ensino superior são de vital importância para estes estudantes e suas famílias. Numa pesquisa prévia, foi possível constatar que, em Portugal, não existem estudos sobre esta realidade e, portanto, esta investigação procura contribuir para o conhecimento sobre o impacto que estas medidas têm para os estudantes, na decisão de prosseguirem ou abandonarem os seus estudos. Os dados empíricos deste estudo foram obtidos através da aplicação de um questionário a 230 estudantes que frequentam Instituições de Ensino Superior em Portugal e que beneficiaram destes apoios, concedidos pelas quatro Fundações que colaboraram no trabalho. Foram ainda realizadas três entrevistas aos responsáveis pela atribuição dos referidos apoios nas fundações, no sentido de aprofundar o conhecimento da temática em estudo. Entre outras conclusões, os resultados sugerem que os tipos de apoios concedidos por estas organizações, referentes a bolsas de estudo, bolsas de investigação e prémios escolares, têm como objetivo principal apoiar na prossecução dos estudos, melhorando a formação do cidadão, premiando a excelência e estimulando a investigação. Estes apoios são de toda a importância, devido à incapacidade das famílias para suportar a totalidade das despesas com a frequência do ensino superior, e o apoio do Estado é também insuficiente para fazer face aos custos totais que os estudantes suportam. Neste contexto, o tema desta investigação enquadra-se no Mestrado em Gestão de Organizações de Economia Social, pois, são muitas vezes estas organizações, e em particular as fundações, que permitem reduzir este desajustamento entre a comparticipação do Estado e/ou das famílias e as despesas dos estudantes com a frequência do ensino superior, reduzindo as situações de carência económica, e permitindo a continuação dos estudos. O que este estudo permitiu concluir foi que, não fosse a bolsa paga pelas Fundações incluídas na amostra, grande percentagem dos inquiridos não teria possibilidade de continuar a estudar, pelo que este tipo de apoio se revela determinante na prossecução / conclusão dos estudos.