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- O sentido atribuído por Idosos à velhice: congruências com os preceitos do envelhecimento ativoPublication . Fredenhagem, Sheyla Villar; Pappámikail, LiaEsta dissertação de Mestrado em Educação Social e Intervenção Comunitária apresenta a investigação feita com idosos a respeito das representações e vivências sobre o processo de envelhecimento. A pesquisa buscou compreender a ligação dos percursos de vida dos idosos participantes com os sentidos atribuídos por eles sobre a velhice e, a partir dessas respostas, constatar se suas expectativas e desejos para si incorporam elementos do discurso acerca dos princípios da proposta político-ideológica comumente designada por Envelhecimento Ativo e Saudável e analisar as possibilidades de adesão desses idosos a essa proposta, principalmente no que diz respeito à concepção de bem-estar na chamada Quarta Idade ou Grande Idade. Participaram da pesquisa 08 (oito) idosos, na faixa etária compreendida entre 77 e 98 anos, sendo 04 (quatro) institucionalizados e 04 (quatro) não institucionalizados. Na perspectiva do estudo de casos, a pesquisa utilizou, como instrumento de coleta de informações, a entrevista semidiretiva e a conversa informal para, sob as orientações metodológicas da observação naturalista, obter dados que favorecessem a (re)composição dos percursos de vida, visando a uma análise qualitativa. A interpretação dos dados coletados permite inferir que as mudanças não ocorrem apenas no âmbito das alterações físicas e psíquicas naturais – ocorrem, significativamente, nos interesses, que também alteram. Há receptividade ao conteúdo do Envelhecimento Ativo, porém é real a dependência impeditiva, da qual são conscientes, para adesões que impliquem, por exemplo, sair de casa. Isso não invalida o desejo que sentem de liberdade para exercerem atividades (afazeres) para as quais se julguem em condições, como forma de se perceberem úteis e valorizados, em ambientes em que se sintam à vontade. O bem-estar para essas pessoas não está atrelado às suas realizações, sejam estas profissionais ou sociais, mas à sua relação com os familiares, ao conforto afetivo e à autoconfiança, inferindo-se que a autoconfiança também está condicionada ao apoio da família. Além disso, a visão de bem-estar relaciona-se com sentimento de aceitação da condição em que se encontram e reflete as experiências vividas de cada um. O resultado da análise aponta que o percurso de vida exerce um peso muito maior no estado de saúde e envelhecimento do que se imagina, interpretação que ratifica a importância de olhar a velhice com respeito às trajetórias individuais, do ponto de vista da heterogeneidade, portanto.