Browsing by Issue Date, starting with "2012-11-03"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Parasitismo gastrintestinal em burras de raça Mirandesa – Couço, PortugalPublication . Cunha, Bárbara; Crespo, Maria Virgínia; Carvalho, M.; Carvalho, F.; Rosa, FernandaEm Portugal, a partir da última metade do século passado, os asininos foram deixados ao abandono e a Raça Mirandesa esteve quase à beira da extinção. No entanto, após medidas tomadas para a sua preservação, aumentaram em número e têm sido utilizados principalmente em atividades lúdico-ocupacionais. Atualmente, a produção de leite de burra é outra vertente de utilização, quer na indústria cosmética, quer na alimentação, como leite de substituição em crianças com reação à lactose. Objetivos Neste estudo pretendeu-se determinar o parasitismo gastrintestinal, bem como a sua influência na produção de leite, em fêmeas do efetivo de asininos de raça Mirandesa, pertencentes à Naturasin - Criação de gado asinino, Lda, em exploração no Couço. Material e métodos Durante um período de sete meses (janeiro a julho de 2012), efetuaram-se, quinzenalmente, recolhas indiretas de fezes, a 50% das fêmeas em lactação, num total de 14 colheitas. As amostras foram sujeitas a análises coprológicas qualitativas (técnica de Willis) e quantitativas (técnica de McMaster) e a coproculturas. Após a primeira e a décima colheita os animais foram desparasitados com Eprinomectina (1ml/10Kg PV) (Eprinex®). Resultados Identificaram-se ovos de estrongilídeos gastrintestinais (EGI) e do tipo ascarídeo e oocistos de Eimeria sp. As médias de eliminação de ovos de estrongilídeos por grama de fezes (OPG) variaram entre 70 EGI/OPG e 3786 EGI/OPG. Na terceira, sexta, décima e décima terceira colheitas, coincidentes com períodos peri-parto, algumas fêmeas apresentaram eliminações graves, sendo o valor máximo atingido de 9600 EGI/OPG. As coproculturas permitiram identificar larvas de terceiro estadio dos géneros Strongyloides, Triodontophorus e Cyathostomum, sendo este último o mais frequente. De uma maneira geral, a produção diária de leite ao longo do estudo esteve sempre acima do valor referência (1,5 L/animal), pelo que, apesar de algumas oscilações, a eliminação parasitária exibida não parece ter influenciado aquela produção. Conclusões O parasitismo registado foi idêntico ao referido por outros autores para esta espécie animal e o estado fisiológico das fêmeas em estudo, condicionou o tipo e o grau das eliminações parasitárias, independentemente das desparasitações efetuadas.
- Parasitismo gastrintestinal e o seu controlo em asininos residentes nas Salinas do Samouco – Alcochete, PortugalPublication . Brito, Madalena; Crespo, Maria Virgínia; Ramos, M.J.; Rosa, FernandaIntrodução As alterações sócioeconómicas ocorridas em Portugal nos últimos 100 anos, a crescente mecanização da agricultura e o desenvolvimento dos transportes, levaram à redução e ao abandono da Raça asinina Mirandesa. Atualmente são utilizados como animais companhia, em asinoterapia e em atividades ecoturísticas, estando assim associados a um extenso património social, cultural, económico e ecológico que importa preservar. Objetivos Com este trabalho pretendeu-se avaliar o tipo e grau de parasitismo e o controlo do Período de Reaparecimento de Ovos (PRO), com vista à implementação de um programa profilático no núcleo de oito asininos residentes (seis adultos e duas crias) na Fundação para a Proteção e Gestão Ambiental, nas Salinas do Samouco, sob responsabilidade da câmara municipal de Alcochete. Material e métodos O estudo decorreu entre abril e dezembro de 2011, com recolhas de fezes, quinzenalmente, a cada animal. Realizaram-se exames coprológicos qualitativos (técnica de Willis) e quantitativos (técnica de McMaster) e coproculturas. No total, realizaram-se 18 colheitas. Os animais foram desparasitados com ivermectina (Eqvalan®), e a sua eficiência foi avaliada pelo PRO. Resultados Nas amostras de fezes analisadas, identificaram-se ovos de estrongilídeos gastrintestinais (EGI), nos animais adultos e de Strongyloides sp. e ascarídeos, em apenas dois animais, nascidos durante o estudo. As médias de eliminação de ovos de estrongilídeos por grama de fezes (OPG) variaram entre 0 EGI/OPG e 557 EGI/OPG; no entanto, uma das fêmeas em período de periparto, apresentou eliminações severas com o valor máximo de 2700 EGI/OPG. Identificaram-se larvas de terceiro estadio dos géneros Strongylus, Triodontophorus, Cyathostomum e Trichostrongylus. O género Cyathostomum foi o mais frequente, tendo-se identificado em todos os animais. Conclusões O tipo e o grau de parasitismo registados foram idênticos aos referidos por outros autores para esta espécie animal. Apesar do PRO ter ocorrido aos 60 dias após a desparasitação, as médias de eliminação acima dos 200 EGI/OPG, só se registaram aos 120 dias. Os machos apresentarem sempre infeções ligeiras e as fêmeas, 150 dias após a desparasitação, evidenciaram infeções mais severas, com médias de eliminação superiores a 550 EGI/OPG, pelo que o efetivo foi novamente desparasitado. As médias de eliminação ao longo do presente estudo sugerem a implementação de um esquema de tratamento bianual. Abstract Introdution The socio-economic changes that occurred in Portugal over the past 100 years, the increasing of mechanization of agriculture and transport development, led to a reduction and breeding pause of asinine Mirandesa breed. Nowadays asinine are used but as pets, in hippotherapy, in eco-tourism, thus being related to a vast social, cultural, economic and ecological heritage that should be preserved. Aims This work intended to evaluate the type and degree of parasitism and to check out for the Egg Reappearance Period (ERP), aiming to implement a prophylactic program in the nucleus of donkeys residents of the Foundation for Environmental Protection and Management in the Salinas Samouco by responsibility to the municipal council of Alcochete. Material and methods This study took place between Abril and December 2011 with a fortnight faeces sampling for each animal. Coprological exams by qualitative (Willis technique) and quantitative (McMaster techniques) and coprocultures were performed. The donkeys were dewormed with ivermectin (Eqvalan ®), and its effectiveness was evaluated by ERP. Results In stool samples analyzed, gastrointestinal strongyle (GS) eggs were identified in adult animals and Strongyloides sp. and ascaridids in animal born in April. The average of strongyle egg output ranged from 0 GS / EPG to 557 GS / EPG, however, one of the females showed high egg output rates (ranging from 1000 GS / EPG to a maximum of 2700 GS / EPG). Coprocultures allowed the identification of four different infective larvae: Strongylus, Triodontophurus, Cyathostomum and Trichostongylus.The genera Cyathostomum was the most frequent, identified in all animals. Conclusions The type and degree of parasitism was similar to that reported by other authors for this species. In spite of the occurrence of ERP 60 days after deworming, the average of egg output above 200 GS/EPG, only occurred 120 days after deworming. The males always showed light infections, by opposite females 150 days after deworming revealed more severe infections with the egg output average above > 550 GS/EPG, which was decisive for the administration of another deworming of all the animals. Thus, the egg output average observed during this study suggested the implementation of a biannual deworming program.