Browsing by Author "Rodrigues, L.Y."
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- Comparação do peso vivo de cavalos Lusitanos obtido por meio de balança digital e de medidas corporaisPublication . Faria, R.A.S.; Alberto, G.H.; Rodrigues, L.Y.; Silva, J.A.V.; Vicente, AntónioO objetivo deste estudo foi comparar o peso de cavalos Puro-Sangue Lusitano (PSL) obtido em balança digital (BD) e o estimado a partir de medidas corporais com fita métrica (FM), por meio de dois cálculos distintos. Foram avaliados 41 cavalos da raça PSL (todos machos inteiros), com idades entre os 3 e 21 anos, distribuídos em 2 grupos de idades: 23 animais com 3-5 anos (Aate5a) e 18 animais com 6 ou mais anos (A+6a). Os cavalos foram pesados numa BD (erro 0,5 kg), tendo sido medidos no mesmo momento, a altura ao garrote (AG) com hipómetro e o perímetro torácico (PT) em metros e centímetros com FM. Para cada animal, foram estimados dois pesos a partir de fórmulas existentes na literatura: pesoAf1 = PT3 x 80 (PT em metros, McManus, et al., 2005); pesoAf2 = (4,3 x PT) + (3 x AG) – 785 (PT e AG em cm, INRA, 1990). Os pesos médios obtidos na BD foram 481,2±38,8 kg, pAf1 477,2±47,0 kg e pAf2 473,8±33,4 kg para o grupo Aate5a sendo que, não foram observadas diferenças significativas entre as médias dos pesos obtidos por BD e os estimados por pesoAf1. Verificaram-se diferenças entre os pesos BD e os pesoAf2 (p<0.05). Observaram-se diferenças significativas entre os pesos BD do grupo A+6a (535,9±53,3 kg) e os pesos estimados a partir das duas fórmulas (pesoAf1: 550,9±61,8 kg; pesoAf2: 517,3±38,9 kg) (p<0,05). Os resultados sugerem que o peso dos cavalos estimado a partir de medidas corporais com FM, não é muito preciso em animais adultos. Por sua vez, valores próximos (pesoAf1) ao peso obtido por BD, sugerem a sua possível utilização nos animais entre três e cinco anos de idade. Contudo, o valor mais exato do peso vivo de cada equino, deve, tanto quanto possível ser determinado em balança digital.
- Correlação fenotípica das características peso, perímetro torácico e altura ao garrote em cavalos Puro-sangue LusitanoPublication . Faria, R.A.S.; Alberto, G.H.; Rodrigues, L.Y.; Silva, J.A.; Vicente, AntónioO objetivo deste estudo foi avaliar a existência de correlações entre as características fenotípicas: peso vivo obtido em balança digital de equinos (BD), perímetro torácico (PT) e altura ao garrote (AG) de cavalos Puro-Sangue Lusitano (PSL). Dado ser comum a utilização destas medidas (PT e AG) para estimar um peso aproximado, por intermédio de várias fórmulas de cálculo. Para o efeito foram avaliados 41 cavalos de raça PSL (todos machos inteiros), com idades entre os 3 e os 21 anos. Os animais foram pesados numa BD (erro 0,5 kg), a AG (cm) foi medida com hipómetro e o PT (cm) com fita métrica (FM). Os dados apresentaram uma distribuição não paramétrica, tendo sido calculados os coeficientes de correlação de Spearman. Os resultados indicaram uma correlação elevada entre o peso obtido por BD e a medida PT (r=0,916; p<0,05), sendo reduzido o intervalo de confiança bilateral a 95% (IC95%) com 0,829 a 0,960, indicando claramente que uma variação no peso ou medida PT vai fazer variar o valor do outro. Foi observada uma correlação moderada do peso BD com a AG (r=0,467; p<0,05) e elevado IC95% (0,170 a 0,687), sugerindo que o facto de o cavalo aumentar o peso ou altura, nem sempre vai alterar o outro valor. Relação semelhante, foi observada entre as medidas PT e AG (r=0,459; p<0,05) com elevado IC95% (0,160 a 0,680). Os resultados sugerem que o peso vivo dos cavalos PSL avaliados está fortemente correlacionado com o PT e que existe uma elevada variação com a AG. O estudo sugere que a utilização de fórmulas de cálculo para obter um peso aproximado em machos da raça PSL, deve ser desenvolvida por intermédio da medida perímetro torácico.
- Medidas fenotípicas e heritabilidade das características altura ao garrote, perímetro torácico e da canela no cavalo de raça MangalargaPublication . Alberto, G.; Faria, RAS; Vicente, António; Rodrigues, L.Y.; Zucatelle, C.; Silva, J.A.A raça de cavalos Mangalarga (ML) apresenta-se como uma das principais raças de cavalos no Brasil, com efetivos distribuídos por todo o território. Parte da sua origem genética é proveniente de cavalos portugueses, quando no início do século XIX um grupo de animais chegou ao Brasil, oriundos da Coudelaria de Alter Real - Alentejo. O objetivo deste estudo foi avaliar a heritabilidade de três características morfológicas e dar a conhecer as suas medidas fenotípicas. O arquivo de pedigree apresentou 215.441 animais (42,0% machos), nascidos entre os anos de 1925 e 2021. As características avaliadas apresentaram animais nascidos entre 1977 e 2019, sendo altura ao garrote (AG), perímetro torácico (PT) e da canela (PC) em centímetros (cm), com informações de 65.101, 23.919 e 23.918 animais, respetivamente. Análises uni-variadas foram realizadas para obtenção dos componentes de variância, via modelo animal, sendo incluídos os efeitos sistemáticos do criador, sexo, ano e época de nascimento, a co-variável da origem de nascimento (reprodução natural ou artificial) e os efeitos genético aditivo e residual. Os valores fenotípicos das três características morfológicas avaliadas na raça ML, indicaram médias, mínimos e máximos de 153,0±4,9; 139,0 e 175,0 cm (AG), 178,7±8,0; 103,0 e 232,0 cm (PT) e 19,0±0,9; 13,0 e 26,0 cm (PC), respetivamente. Entre sexos, a diferença fenotípica na AG foi de 3,9 cm superior para os machos, indicando que estes apresentaram maior estrutura física, dado o dimorfismo sexual. No PT, diferenças médias de 4,1 cm superior para as fêmeas, devido à sua capacidade reprodutiva, mas foi observado nos machos, um aumento nos valores do PT após o ano 2000, atribuído à seleção com base no padrão racial (cavalos mais atletas). Animais com maior PT apresentam maior capacidades física, pois esta região está diretamente relacionada com a capacidade cardíaca e pulmonar. No PC, as diferenças foram baixas com menos 0,6 cm em média para as fêmeas, mas foram observados menores valores de PC nas últimas duas décadas. Fator a ter em consideração, uma vez que, menor densidade óssea, somada a exercícios intensos e repetitivos, aumentam o risco de fadiga e fraturas ósseas. Foram observados valores de heritabilidades moderados a elevados, com 0,598±0,008 (AG), 0,373±0,014 (PT) e 0,204±0,013 (PC). Os resultados sugerem que as características avaliadas na morfologia (Altura ao Garrote, Perímetro Torácico e da Canela), devem ser incluídas nos programas de seleção e melhoramento da raça de cavalos Mangalarga.
- Parâmetros genéticos das características deslocamento, aprumos e galope nos cavalos de raça MangalargaPublication . Faria, RAS; Alberto, G.; Vicente, António; Rodrigues, L.Y.; Zucatelle, C.; Silva, J.A.Os cavalos brasileiros de raça Mangalarga (ML) surgiram pela procura por animais com andamentos confortáveis, aptos a serem utilizados na prática do maneio do gado e da caça. Com a chegada da família real portuguesa ao Brasil (ano de 1808), a genética dos cavalos portugueses da coudelaria Alter Real foi introduzida na manada de animais, que veio a dar origem à atual raça de cavalos ML. O objetivo deste estudo foi estimar parâmetros genéticos (heritabilidade e correlações genéticas) para as características deslocamento (DESL), aprumos (APR) e galope (GAL). O arquivo de pedigree apresentou 215.441 animais (42,0% machos), nascidos entre os anos de 1925 e 2021. As características avaliadas continham animais nascidos entre 1977 e 2019, apresentando DESL, APR e GAL com 45.023, 44.961 e 35.687 animais, respetivamente. Análises uni-variadas para obtenção das heritabilidades e correlações genéticas foram realizadas com o modelo animal, sendo incluídos os efeitos fixos do criador, sexo, ano e época de nascimento, a covariável da origem de nascimento (reprodução natural ou artificial) e, como os efeitos aleatórios, os valores genético aditivo e residual. Foram observados valores moderados de heritabilidades, com 0,345±0,011 (DESL), 0,255±0,009 (APR) e 0,297±0,012 (GAL). No que diz respeito às correlações genéticas, os valores estimados foram de 0,30±0,03 entre DESL e APR, 0,33±0,03 entre DESL e GAL e 0,92±0,02 entre APR e GAL, sugerindo que as características APR e GAL, evoluem no mesmo sentido e idêntica intensidade, e que as notas atribuídas aos APR vão influenciar as notas do GAL. As três características avaliadas fazem parte de um conjunto maior, inseridas na avaliação da dinâmica do cavalo ML. A avaliação das características de dinâmica é realizada no momento do registo definitivo, tendo o intuito de auxiliar os criadores na definição de seus reprodutores e na escolha dos animais que irão participar de competições (exposições). As exposições focadas na raça ML avaliam a estabilidade e equilíbrio corporal, elasticidade e amplitude de passadas, qualidade dos movimentos de flexão e extensão, coordenação e sincronismo, ausência de movimentos parasitas e indesejáveis, elegância, comodidade, índole e simetria dos membros, a fim de poder comparar e premiar os animais em exposição. Neste sentido, torna-se importante realizar avaliações genéticas, que permitem observar e incorporar as características Deslocamento, Aprumos e Galope nos programas de melhoramento da raça de cavalos Mangalarga.