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- A intervenção do Enfermeiro Especialista em Reabilitação na atividade básica de vida diária vestuário da pessoa com alterações da mobilidade decorrente de Acidente Vascular CerebralPublication . Alves, Catarina; Simões, JoaquimTema: O enfermeiro especialista em reabilitação e as intervenções desenvolvidas com a pessoa com AVC, maximizando as suas capacidades funcionais, em particular na ABVD vestuário, tendo em vista a qualidade de vida, reintegração e participação social. Questão de investigação: “De que forma a intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação contribui na reaquisição da autonomia na ABVD vestuário da pessoa adulta com afeção neurológica decorrente de AVC?” Objetivos: Demonstrar as competências do enfermeiro especialista em reabilitação no processo de cuidados à pessoa com AVC; evidenciar as aprendizagens realizadas a partir de um processo formativo, de pesquisa e reflexão sobre a prática clínica no estágio. Metodologia: Recorreu-se à prática baseada na evidência, no sentido de analisar o conhecimento mais actualizado sobre esta temática, identificado a partir da metodologia PICO. O processo de pesquisa foi realizado através da EBSCOhost Web tendo-se seleccionado as bases de dados: CINAHL Plus with full text e MEDLINE with Full text e a Nursing and Allied Health Collection: Basic. Dos 7 artigos encontrados, apuraram-se 4 artigos para analisar de acordo com os critérios de inclusão/exclusão; após leitura integral, selecionaram-se os 3 artigos para análise mais relevantes para o nosso trabalho. Principais conclusões: O enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação poderá ter um papel preponderante na capacitação e maximização das capacidades funcionais da pessoa com AVC. A pessoa com AVC beneficia com a implementação precoce de cuidados de enfermagem de reabilitação, em conjunto com a equipa interdisciplinar e a sua família. O treino para o vestuário, associado a alguns produtos de apoio, consegue compensar significativamente a limitação motora, com ganhos para a autonomia e auto-estima da pessoa com AVC. ABSTRACT Theme: The specialist nurse in rehabilitation and the interventions developed with the person with stroke, maximizing their functional capabilities, particularly in the Basic Activity of Daily Living clothing, considering the quality of life, reintegration and social participation. Research question: “How the intervention of Nurse Rehabilitation Nursing Specialist contributes to the reacquisition of autonomy in ABVD adult attire with neurological impairment due to stroke?” Objectives: Demonstrate the skills of the specialist nurses in the rehabilitation process of care to the person with stroke; evidence the learning performed from a formative process of research and reflection on practice on stage. Methodology: Is used evidence-based practice, in order to analyze the most updated knowledge on this subject, identified from the PICO methodology. The research process was conducted through the EBSCOhost Web having been selected databases: CINAHL Plus with full text and MEDLINE with Full Text and the Nursing and Allied Health Collection: Basic. Of 7 articles found, ascertained by 4 articles to analyse according to the criteria for inclusion/exclusion; after full reading, is selected the 3 most relevant articles for analysis to our work. Main conclusions: The nurse specialist in rehabilitation nursing may have an important role in capacity and maximize the functional capabilities of people with stroke. The person with stroke benefits from the early implementation of rehabilitation nursing care, in conjunction with the interdisciplinary team and his family. Training for clothing, associated with some supporting products, can significantly compensate for the motor limitation, with gains for the autonomy and self-esteem of the person with stroke.
- O papel do Enfermeiro de Família na prevenção da obesidade infantil em crianças na idade pré-escolar.Publication . Frazão, Inês; Reis, Alcinda; Candido, Anabela; Figueiredo, Maria; Pascoal, Dina; Jorge, Mariana; Alves, CatarinaAbstract: INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial de Saúde a obesidade é considerada a epidemia global do século XXI, sendo a obesidade infantil uma das doenças predominantes na idade pediátrica no Mundo e na Europa, seguindo Portugal a mesma tendência. É primordial diagnosticar e intervir precocemente, nomeadamente a nível dos cuidados de saúde primários, pois a obesidade infantil é preditiva de obesidade na idade adulta, com as respetivas comorbilidades que daí possam advir. É necessário modificar comportamentos e hábitos de vida das crianças, essencialmente nos períodos críticos do seu desenvolvimento, responsabilizando e capacitando precocemente os pais, os professores e os profissionais de saúde, alertando que estamos perante um grave problema de saúde pública. OBJETIVOS: Avaliar o Índice de Massa Corporal (IMC) das crianças em idade pré-escolar inscritas na unidade de saúde. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo descritivo, observacional e transversal com a recolha de dados das crianças dos 3 aos 5 anos em seguimento no Programa de Vigilância de Saúde Infantil e Juvenil numa Unidade de Saúde. O período de recolha de dados foi de janeiro de 2021 a setembro de 2021 sendo que, posteriormente, foram analisadas as variáveis da idade, sexo, peso, estatura e IMC. Foram incluídos no estudo um total de 327 crianças, sendo 154 (47,1%) do sexo masculino e 173 (52,9%) do sexo feminino, com vigilância de saúde infantil na unidade de saúde. Dessas crianças, 99 (30,3%) tinham 3 anos de idade, 105 (32,1%) tinham 4 anos e 123 (37,6%) tinham 5 anos. RESULTADOS: Após a recolha e análise dos dados, verificou-se que a maioria, ou seja, 215 (65,8%) crianças, apresentava um peso normal. Destacou-se ainda que 7 (2,1%) crianças apresentavam baixo-peso e 105 (32,1%) apresentava excesso de peso. Destas, 59 (18%) crianças apresentaram pré-obesidade e 46 (14,1%) eram obesas. Não se verificou diferença significativa no variável sexo. DISCUSSÃO/ CONCLUSÃO: A prevalência de crianças com excesso de peso nesta amostra foi elevada. A promoção da saúde deverá ser iniciada o mais precocemente possível, em que a capacitação da criança e da família é fundamental, de forma a permitir-lhes fazer escolhas saudáveis ao longo da vida. O enfermeiro de família assume um papel privilegiado no processo de capacitar os pais/crianças sobre a importância deste problema de saúde e ajudá-los na adoção de comportamentos saudáveis. Com a realização deste estudo verificou-se a necessidade de elaborar, na unidade de saúde, um projeto de intervenção com a criação e implementação de uma consulta de enfermagem para as crianças em idade pré-escolar com excesso de peso ou em situação de obesidade, bem como para as suas famílias. Serão envolvidos no projeto de intervenção outros profissionais de saúde de modo a responder às necessidades destas crianças e suas famílias. Perspetiva-se, a longo prazo, promover, através da estratégia da educação para a saúde, uma mudança nos hábitos das crianças e suas famílias, e melhorar a sua qualidade de vida. Palavras-chave: crianças, enfermeiro de família, obesidade infantil, pré-escolar BIBLIOGRAFIA: Almeida, S., Romão, A., Parreiras, B., Lopes, D., Freitas, E., Elias, F., Ferreira, F., Ramos, G., & Roehrig, J. (2021). Abordagem terapêutica da obesidade crônica em pacientes pediátricos. Brazilian Journal of Health Review, 4(2), 4570-4581. https://doi.org/10.34119/bjhrv4n2-046 Camarinha, B., Graça, P., & Nogueira, P. J. (2016). A Prevalência de Pré-Obesidade/Obesidade nas Crianças do Ensino Pré-Escolar e Escolar na Autarquia de Vila Nova de Gaia, Portugal. Acta Medica Portuguesa, 29(1), 31–40. https://doi.org/10.20344/amp.6688 Almeida, L., Formiga, W., Lima, R., Silva, W., Silva, I., da Silva, S., Fernandes, I., Ramos, A., Viana, T., & Nóbrega, É. (2020). Fatores associados ao sobrepeso e obesidade infantil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (58), e4406-e4406. https://doi.org/10.25248/reas.e4406.2020 Lopes, A., Caetano, R., Nunes, P., Ribeiro, C., Melo, J., Ferreira, T., Tobias, L., Silva, B., Cunha, M., & Freitas, M. (2021). Aspectos gerais sobre a obesidade infantil: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Científico, 37, e8993-e8993. https://doi.org/10.25248/reac.e8993. 2021 Rosendo, S. C. P. (2020). Obesidade: Portugal e Europa. [Doctoral dissertation, Universidade Aberta]. Repositório Aberto da Universidade Aberta http://hdl.handle.net/10400.2/10092
- A PESSOA COM DOENÇA PROFISSIONAL: INTERVENÇÃO COLABORATIVA DO ENFERMEIRO DO TRABALHO E DO ENFERMEIRO DE FAMÍLIA.Publication . Frazão, Inês; Figueiredo, Maria do Carmo (preferencial); Reis, Alcinda; Pascoal, Dina; Alves, Catarina; Jorge, MarianaIntrodução A pessoa com doença profissional vivencia uma diversidade de impactos na sua vida, inclusive laborais e familiares. O enfermeiro do trabalho promove a reintegração e reabilitação profissional do trabalhador com doença profissional e implementa estratégias proativas para ajudá-lo a manter ou a restaurar a sua capacidade de trabalho. O enfermeiro de família assume um papel de agente facilitador no sentido de promover a saúde possível da pessoa com doença profissional, bem como a estabilidade e o funcionamento da família. Objetivos Este trabalho pretende: dar visibilidade ao papel do enfermeiro do trabalho e ao do enfermeiro de família nos cuidados à pessoa com doença profissional/família; aplicar o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar na família em estudo; e avaliar o impacto dos cuidados de enfermagem na pessoa com doença profissional/família em estudo. Metodologia Trata-se de um caso clínico, de uma pessoa que vivencia um processo de transição de saúde, por doença profissional, com abordagem familiar. Realizadas 7 entrevistas familiares e semiestruturadas, no domicílio da família, e analisada a informação dos aplicativos informáticos resultantes de registos do enfermeiro de família, durante o período de novembro de 2021 a janeiro de 2022. Com os dados obtidos foram elaborados os diagnósticos e propostas as intervenções de enfermagem, segundo o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar. Resultados e Discussão Os dados colhidos permitiram, após análise, avaliar a família e estabelecer intervenções. É uma família nuclear composta pelo casal (esposa em situação de doença profissional) e um filho de 4 anos. Trata-se de uma família com papel parental não adequado e processo familiar disfuncional. Foram delineadas intervenções tendo em conta os recursos e competências da família. Após a intervenção verificaram-se ganhos em saúde familiar: papel parental adequado e processo familiar não disfuncional. Estas alterações favoráveis contribuíram para o bem-estar da família e influenciarem positivamente o estado de saúde da pessoa com doença profissional e a sua reintegração no trabalho. Conclusões A intervenção colaborativa dos enfermeiros do trabalho e da família, parceiros nos cuidados à pessoa com doença profissional, com a respetiva partilha de informação, foi uma prática facilitadora para a reintegração do trabalhador nas suas funções laborais, em que a família foi um pilar significativo dos cuidados. A aplicação do Modelo permitiu a identificação das necessidades, recursos e competências da família, para a formulação de intervenções conducentes a um melhor bem-estar familiar e melhor saúde da pessoa com doença profissional. Palavras-Chave: doença profissional; enfermeiro de família; enfermeiro do trabalho; família. Keywords: occupational disease; family nurse; work nurse; family. Referências Bibliográficas • Dias, J. A., Silva, P. E., Silva, G. N. S. da, & Virgínio, N. D. A. (2019). Papel Do Enfermeiro Do Trabalho Frente Às Doenças Ocupacionais Na Visão Dos Discentes De Enfermagem. Revista de Ciências Da Saúde Nova Esperança, 16(2), 38–47. https://doi.org/10.17695/issn.2317-7160.v16n1a2018p38-47 • Figueiredo, M. H. (2009). Enfermagem de Família: Um contexto do cuidar. [Tese de Doutoramento, Universidade do Porto/Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar]. Repositório Aberto da Universidade do Porto. https://hdl.handle.net/10216/20569 • Figueiredo, M. H. (2012). Modelo dinâmico de avaliação e intervenção familiar: uma abordagem colaborativa em enfermagem de família. Lusociência. • Ferreira, D. L., & Aguiar, R. S. (2021). Promoção da saúde do trabalhador: habilidades e competências do enfermeiro do trabalho. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, 4(8), 232-239. https://doi.org/10.5281/ZENODO.4637589 • Ordem dos Enfermeiros. (2018). Regulamento n.o 372/2018 - Competência Acrescida Diferenciada em Enfermagem do Trabalho. Diário Da República, 2.a Série - N.o 114 de 15 de Junho de 2018, 16804–16810. https://dre.pt/application/conteudo/115522772
- Processo de transição saúde-doença na adolescência: apreciação de uma famíliaPublication . Frazão, Inês; Reis, Alcinda; Candido, Anabela; Figueiredo, Maria do Carmo (preferencial); Pascoal, Dina; Jorge, Madalena; Jorge, Mariana; Alves, CatarinaAbstract: INTRODUÇÃO: A adolescência é por natureza, e de forma geral, uma etapa da vida percecionada como saudável, pelo que, quando um adolescente adoece, é sempre uma situação difícil de aceitar para o adolescente e para a sua família, sendo que ambos necessitam de cuidados. Considerando a família como unidade de cuidados, o foco é tanto nesta como um todo, quanto nos seus elementos individualmente. Este estudo de caso aborda o adolescente em situação de doença oncológica e a família como pilar dos cuidados, sendo a intervenção do enfermeiro de família essencial para identificar necessidades e implementar um plano de cuidados, para minimizar o medo, a ansiedade e o sofrimento. A avaliação e intervenção realizou-se segundo o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar, centrando-se em três dimensões: estrutural, desenvolvimental e funcional, permitindo a formulação de diagnósticos e intervenções para responder às necessidades da família em estudo. OBJETIVOS: Aplicar o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção e avaliar o impacto dos cuidados de enfermagem na família em estudo. METODOLOGIA: Estudo de caso qualitativo de apreciação de uma família com filho adolescente que vivencia um processo de transição de saúde, por doença oncológica. Realizadas 6 entrevistas semiestruturadas à família em contexto de unidade de saúde e 2 realizadas no domicílio da família. Foi ainda analisada a informação dos aplicativos informáticos resultantes de registos do enfermeiro de família. Com os dados obtidos, durante o período de agosto a novembro de 2020, foram elaborados os diagnósticos e propostas as intervenções de enfermagem, segundo o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados colhidos permitiram, após a sua análise, avaliar a família e estabelecer intervenções. É uma família composta pelo casal e dois filhos adolescentes, um em situação de doença oncológica. Trata-se de uma família com rendimento familiar insuficiente, papel parental não adequado e processo familiar disfuncional. Face aos diagnósticos, foram delineadas intervenções tendo em conta os recursos e competências da família e comunidade. Após a intervenção verificaram-se ganhos em saúde familiar: rendimento familiar suficiente (com intervenção da técnica de serviço social), papel parental adequado e processo familiar não disfuncional. A alteração favorável destes diagnósticos influenciarem positivamente o estado de saúde psicológico e emocional do adolescente com doença oncológica. CONCLUSÕES: A família vivencia, com o diagnóstico da doença oncológica do adolescente, uma situação causadora de grande sofrimento, com sentimentos de medo e ansiedade frequentes, necessitando de ser cuidada. A aplicação do Modelo permitiu a identificação colaborativa das necessidades, das forças, recursos e competências da família, para a formulação de intervenções conducentes a um melhor bem-estar e funcionamento familiar. Para além disso, e visto que o sistema familiar é o alvo de cuidados de enfermagem - que se focalizam tanto na família como um todo, quanto nos seus membros individualmente -, respondeu, simultaneamente, às necessidades individuais do adolescente com doença oncológica. O Enfermeiro de Família assumiu um papel preponderante, evidenciando-se satisfação da família, sobretudo no controlo dos níveis de ansiedade, concluindo-se assim que a avaliação e a intervenção familiar foram eficazes. Palavras-chave: Adolescência, Doença, Enfermeiro de família, Família BIBLIOGRAFIA: Figueiredo, M. H. (2012). Modelo dinâmico de avaliação e intervenção familiar: uma abordagem colaborativa em enfermagem de família. Lusociência. ISBN: 9789728930837 Figueiredo, M. H. (2009). Enfermagem de Família: Um contexto do cuidar. [Doctoral dissertation, Universidade do Porto/Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar]. Repositório Aberto da Universidade do Porto https://hdl.handle.net/10216/20569 Guerra, D. (2018). Cuidar do adolescente com doença hemato-oncológica hospitalizado: intervenções de enfermagem no processo de transição. [Doctoral dissertation, Universidade de Lisboa/Escola Superior de Enfermagem de Lisboa]. Repositório Comum http://hdl.handle. net/10400.26/27958 Honicky, M., & Galvão, I. (2020). Leucemia na infância e adolescência: repercussões psicossociais nos irmãos sadios, sob a ótica das mães. Psicologia em Revista, 26(2), 660-679. http://periodicos. pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/14148/18738 Silva, M., Reichert, A., Souza, S., Pimenta, E., & Collet, N. (2018). Doença crônica na infância e adolescência: vínculos da família na rede de atenção à saúde. Texto & Contexto-Enfermagem, 27 (2). http://dx.doi.org/10.1590/0104-070720180004460016
- Projeto de intervenção Comunitária “CO(m)VID(a)”: Educação para a Saúde sobre Covid-19, numa comunidade de etnia ciganaPublication . Frazão, Inês; Reis, Alcinda; Figueiredo, Maria; Pascoal, Dina; Alves, Catarina; Jorge, MarianaIntrodução O conceito de populações vulneráveis, sociológica e antropologicamente, enquadra-se à sua situação de fragilidade humana, social e cultural, dificilmente procurando acesso aos cuidados de saúde. Dentro destas, estão as pessoas de etnia cigana, em que a não adesão à vacinação é uma situação preocupante. Foi implementado um Projeto de Intervenção Comunitária “CO(m)VID(a)” no sentido de aumentar a literacia em saúde dessas pessoas e promover a adesão à vacina contra Covid-19, para o bem-estar individual e comunitário. Objetivos Avaliar a implementação do Projeto de Intervenção Comunitária “CO(m)VID(a)”, desenvolvido durante os meses de outubro a novembro de 2021, numa comunidade cigana. Metodologia O enfermeiro comunitário desenvolveu o projeto “CO(m)VID(a)”, durante dois meses, numa comunidade de etnia cigana residente na área de abrangência da unidade de saúde. Foram realizadas pelo menos duas visitas domiciliárias às famílias dessa comunidade, antes e depois da sessão de Educação para a Saúde. A sessão realizada, enquanto estratégia de Promoção da Saúde, baseou-se na clarificação à comunidade sobre: a doença, a vacina e seus benefícios, salientando a proteção a nível individual e a nível coletivo (na comunidade); e sobre as desvantagens da não adesão à vacinação. Resultados e Discussão Participaram no projeto todos os ciganos elegíveis para a vacina da covid-19 (21 ciganos, 9 do sexo feminino e 12 do sexo masculino), com idades compreendidas entre os 18 e 79 anos. Nenhum estava vacinado contra a covid-19. Desses ciganos, 4 (19%) mencionaram já ter considerado a possibilidade de adesão à vacinação e 17 (81%) mencionaram que consideravam que não iam aderir à vacinação (opções associadas à variável nível de escolaridade). Dos ciganos que participaram no projeto, 19 (90,5%) responderam que a temática do Projeto foi pertinente, essencialmente porque os elucidou sobre a doença, benefícios da adesão à vacinação e desvantagens/riscos da não adesão. Na visita domiciliária realizada às famílias, após a sessão, 17 ciganos (81%) assumiram que iriam aderir à administração da vacina. Atualmente, pelos registos que constam no aplicativo informático, 16 ciganos (76,2%) aderiram à vacinação e outros 2 (9,5%) têm a vacina agendada. Conclusões Foi necessário ir ao encontro das pessoas ciganas, porque se elas não procuram os serviços de saúde, há que inverter o caminho e sermos nós, enfermeiros, a ir ter onde elas se encontram. O projeto evidenciou que o programa de Educação para a Saúde contribuiu para o aumento do nível da literacia em saúde e, consequentemente, para a adesão à vacinação contra a Covid-19. A intervenção do enfermeiro comunitário promoveu uma mudança positiva nesta comunidade. Os resultados do projeto foram partilhados com outros enfermeiros da comunidade, perspetivando-se que o mesmo seja implementado em outras comunidades ciganas e de outras etnias. Palavras-Chave: etnia cigana, enfermagem comunitária; vacinação; Covid-19 Keywords: gypsies; community nursing; vaccination; Covid-19. Referências Bibliográficas • Assunção, M. (2019). Estudo sobre os ciganos residentes em acampamentos na cidade de Évora. [Tese de Mestrado, Universidade Aberta]. Repositório Aberto da Universidade Aberta http://hdl.handle.net/10400.2/8536 • Nunes, M. (2016). Cartilha Metodológica do Planeamento em Saúde e as Ferramentas de Auxílio. Chiado Editora. • Silva, J. (2020). Mulheres ciganas e saúde: As implicações da espiritualidade/religiosidade nos cuidados de saúde Estudo Exploratório. [Tese de Mestrado, Universidade da Maia/Instituto Superior da Maia]. Repositório Cientifico do ISMAI http://hdl.handle.net/10400.24/1427 • Melo, P. (2020). Enfermagem de saúde comunitária e de saúde pública. Lidel-Edições Técnicas.
- PROJETO DE INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA NA PREVENÇÃO DE LOMBALGIAS: UM CONTRIBUTO PARA A INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM DO TRABALHOPublication . Frazão, Inês; Reis, Alcinda; Figueiredo, Maria do Carmo; Pascoal, Dina; Alves, Catarina; Jorge, MarianaIntrodução Nos últimos anos tem-se verificado um aumento significativo na incidência e prevalência das lombalgias a nível mundial, sendo considerado um problema de saúde pública. As lombalgias nos enfermeiros são das doenças que mais preocupação geram aos enfermeiros do trabalho, devido à complexidade do impacto desta patologia na qualidade de vida dos enfermeiros e no absentismo destes profissionais. Foi implementado um Projeto de Intervenção Comunitária, numa unidade de saúde, no sentido de prevenir situações futuras de lombalgias nos enfermeiros. Objetivos Pretende-se: analisar a prevalência de lombalgias nos últimos 12 meses na equipa de enfermagem de uma unidade; e avaliar a implementação do Projeto de Intervenção Comunitária “Prevenir para melhor cuidar”, na prevenção de lombalgias nessa equipa de enfermagem. Metodologia O enfermeiro comunitário desenvolveu o projeto durante quatro meses. Foi aplicado um questionário, realizado pelo enfermeiro, para caracterização sociodemográfica dos enfermeiros da unidade e verificação da prevalência de lombalgias nos últimos 12 meses. Realizada sessão de Educação para a Saúde, enquanto estratégia de Promoção da Saúde, que incluiu as causas, fatores de risco e prevenção de lombalgias. A sessão foi replicada sete vezes perspetivando abranger todos os enfermeiros. Os participantes preencheram, depois da sessão, um questionário de avaliação do projeto. Resultados e Discussão Participaram no projeto todos os enfermeiros da unidade ̶ 37 enfermeiros, 21 (56,8%) do sexo feminino e 16 (43,2%) do sexo masculino ¬̶ , com idades compreendidas entre os 22 e 47 anos. 18 (48,7%) enfermeiros sofreram de lombalgias nos últimos 12 meses, associada a algumas variáveis sociodemográficas (sexo e idade), profissionais (tempo de profissão) e organizacionais (ausência de equipamentos e carga de trabalho). Após a sessão, os enfermeiros comprometeram-se a adotar as medidas preventivas de lombalgias. Todos responderam que a temática do Projeto foi pertinente. A sua opinião global foi 100% muito satisfeitos, demonstrando o impacto positivo do Projeto. Conclusões Conclui-se, neste estudo, que as lombalgias assumem especial relevância na profissão de enfermagem. Recomenda-se a continuação do programa educacional e a implementação de medidas de melhoria das condições de trabalho, visando evitar a evolução desfavorável das lombalgias e prevenir o aparecimento de novos casos. Serão importantes estudos futuros sobre a temática, de forma a verificar os ganhos em saúde, a longo prazo, nos enfermeiros da unidade. O projeto contribuiu para que atualmente haja um enfermeiro do trabalho na unidade. Palavras-Chave: enfermagem de saúde comunitária; enfermagem do trabalho; lombalgias; planeamento em saúde. Keywords: community health nursing; work nursing; backache; health planning Referências Bibliográficas • Cargnin ZA, Schneider DG, S. I. (2020). Prevalência e fatores associados à lombalgia inespecífica em trabalhadores de enfermagem. Texto Contexto Enferm, 3(2), 1806 1810-1810. • Ribeiro, C. R., Meneguci, J., & Garcia-Meneguci, C. A. (2019). Prevalência de lombalgia e fatores associados em profissionais de enfermagem. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde No Contexto Social, 7(2), 158. https://doi.org/10.18554/refacs.v7i2.3518 • Silva, L. L. da, Neta, A. A. P., Prates, C. F., Soares, J. S., Araújo, T. A., Costa, A. M. A., Cardoso, T. V., & Moura, R. C. (2021). Análise Da Prevalência De Dor Lombar Associada À Atividades Ocupacionais: Uma Revisão Integrativa De Literatura/ Analysis of the Prevalence of Lower Back Pain Associated With Occupational Activities: an Integrative Literature Review. Brazilian Journal of Development, 7(2), 11729–11743. https://doi.org/10.34117/bjdv7n2-004 • Melo, P. (2020). Enfermagem de saúde comunitária e de saúde pública. Lidel-Edições Técnicas.
- Promoção de estilos de vida saudáveis: Refeições em família com crianças, estudo de caso.Publication . Frazão, Inês; Reis, Alcinda; Candido, Anabela; Figueiredo, Maria; Pascoal, Dina; Jorge, Madalena; Jorge, Mariana; Alves, CatarinaAbstract: INTRODUÇÃO & OBJETIVOS: A instituição da rotina da refeição em família tem sido descrita como promotora da saúde e bem-estar dos diferentes elementos da família, contribuindo ainda para o fortalecimento da perceção da coesão familiar. No caso das famílias com crianças, a frequência das refeições em família tem sido associada, por exemplo, a maior consumo de fruta e produtos hortícolas, menores índices de obesidade, melhor desempenho escolar e menor incidência de perturbações do comportamento e patologias do foro psiquiátrico. Os enfermeiros de família têm um papel privilegiado por cuidarem de famílias com crianças, sendo promotores de estilos de vida saudáveis ao longo da vida. O Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar surgiu no sentido de dar resposta às necessidades dos enfermeiros perante os cuidados às famílias. OBJECTIVOS: Avaliar a família segundo o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar, identificar áreas de atenção alteradas e estabelecer um plano de intervenção para minimização dos problemas identificados. METODOLOGIA: Para a realização deste estudo de caso foi utilizada uma metodologia qualitativa, centrada no processo de intervenção e avaliação familiar, de acordo com o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar, utilizando a matriz operativa, nas suas dimensões estrutural, desenvolvimento e funcional. Para tal, foi analisada a informação dos aplicativos informáticos resultantes de registos do enfermeiro de família e realizadas entrevistas à família (cinco em contexto da unidade de saúde e duas em contexto domiciliário), durante o período de janeiro e março de 2019. Com os dados obtidos, foram elaborados os diagnósticos e propostas as intervenções de enfermagem. RESULTADOS: A família selecionada para o desenvolvimento do estudo foi uma família nuclear, com um filho com 8 anos de idade, que não tinha a rotina de realizar refeições em família. Após a avaliação familiar, foram identificados os seguintes diagnósticos: na dimensão estrutural, rendimento familiar insuficiente; na dimensão de desenvolvimento, satisfação conjugal não mantida e papel parental não adequado; e na dimensão funcional, processo familiar disfuncional. Com esta avaliação, foram, inclusive, encontrados os aspetos facilitadores e inibidores da prática de refeições em família que foram tidos em conta na formulação das intervenções com a família. CONCLUSÕES: A concretização das intervenções na, e com, a família, tendo por base o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar, trouxeram ganhos para a saúde da família, quer ao nível da saúde individual de cada elemento, inclusive da criança, quer do sistema familiar na sua globalidade, com a instituição da rotina da refeição em família. A família em questão, ao ter instituído a rotina da refeição em família, passou a realizar refeições mais saudáveis, bem como a aproveitar esses momentos para os pais incluírem momentos de discussão sobre alimentação saudável. Os enfermeiros de família, em conjunto com outros profissionais, podem traçar estratégias com as famílias para instituírem esta rotina, a qual é tida como a unidade chave da promoção de estilos de vida saudáveis, cujo objetivo primordial está na obtenção de mais e melhor saúde da família, como um todo, e dos seus membros individualmente. Palavras-chave: Enfermeiro de família, Família, Refeições em família, Rotinas familiares Bibliografia Bibliography: Berge, J., Wall, M., Hsueh, T., Fulkerson, J., Larson, N., & Neumark-Sztainer, D. (2015). The protective role of family meals for youth obesity: 10-year longitudinal associations. Journal Pediatrics, 166 (2), 296–301. https://doi.org/10.1016/j.jpeds.2014.08.030 Figueiredo, M. H. (2012). Modelo dinâmico de avaliação e intervenção familiar: uma abordagem colaborativa em enfermagem de família. Lusociência. ISBN: 9789728930837 Figueiredo, M. H. (2009). Enfermagem de Família: Um contexto do cuidar. [Doctoral dissertation, Universidade do Porto/Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar]. Repositório Aberto da Universidade do Porto https://hdl.handle.net/10216/20569 Jones, B. (2018). Making time for family meals: Parental influences, home eating environments, barriers and protective factors. Physiology & Behavior, 1; 93(Pt B),248-251. https://doi.org/10.1016/j.physbeh. 2018. 03.035 Poulos, N., Pasch, K., Springer, A., Hoelscher, D., & Kelder, S. (2014). Is frequency of family meals associated with parental encouragement of healthy eating among ethnically diverse eighth graders? Public Health Nutrition, 17(5), 998-1003. https://doi.org/10.1017/ S1368980013001092