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- Controlo estatístico do processo numa indústria de condimentos e temperosPublication . Esteves, A.R.; Mota de Oliveira, Maria Adelaide; Paulo, Ana; Pereira, M.A qualidade tem evoluído significativamente, ao longo das décadas, no sector alimentar, devido ao aumento das exigências por parte dos consumidores, à legislação no âmbito da saúde, da segurança alimentar e da proteção do ambiente, ao acelerado desenvolvimento dos mercados e ao aumento da concorrência. Como suporte às organizações, foram desenvolvidas diversas técnicas e metodologias de apoio à avaliação de melhoria da qualidade. As cartas de controlo seis sigma, ferramentas do Controlo Estatístico do Processo (CEP), desenvolvidas por Walter A. Shewhart, em 1924, com recurso a medidas estatísticas e métodos gráficos, permitem monitorizar o processo, prever as falhas e reduzir a sua variabilidade. Neste contexto a empresa Mendes Gonçalves, S.A., propôs-nos avaliar os intervalos estabelecidos para os parâmetros dos seus produtos e, caso se revelasse necessário, efetuar a sua atualização. Deste modo, utilizando dados históricos de mais de dois anos relativos a parâmetros de molhos e condimentos, recorreu-se à elaboração das cartas de controlo individuais e de amplitudes móveis. Até ao momento foram estudados diversos parâmetros relativos a 53 produtos, designadamente pH, viscosidade, ºbrix, consistência, cor, acidez, cloretos, densidade. A avaliação dos intervalos estabelecidos levou em muitos casos a propostas de atualização.
- Práticas de produção na indústria alimentar portuguesaPublication . Mota de Oliveira, Maria Adelaide; Silva, G. M.A qualidade é um dos fatores críticos na indústria alimentar (IA), resultante da legislação, das exigências dos consumidores e da concorrência e, também o critério mais importante para conseguir a lealdade dos consumidores (Dora, Kumar, Van Goubergen, Molnar & Gellynck, 2013). Alguns estudos empíricos na IA evidenciam melhorias da qualidade e da eficiência decorrentes da implementação de práticas lean (e.g., Scott, Wilcock & Kanetkar, 2009; Van Goubergen, Dora, Molnar & Gellynck, 2011). O presente estudo pretendeu avaliar o estado de implementação de algumas práticas de produção – Total Quality Management (TQM), Total Productive Management (TPM), Just-In-Time (JIT) and Human Resource Management (HRM) – nas indústrias alimentares portuguesas (IAP). A IAP é a principal atividade da indústria transformadora portuguesa, representado 13,5% do seu total de vendas (INE, 2016). Os dados foram recolhidos durante o ano de 2014 através de um questionário disponível online. Foram convidadas a participar no estudo 925 empresas da IAP incluídas na base de dados da Informa D&B. Para operacionalizar as práticas de produção foram adaptadas escalas da literatura (e.g. Ketokivi & Schroeder, 2004; Konecny & Thun, 2011; Peng et al., 2008). O pré teste constou das três fases propostas por Dillman (2009): revisão por peritos e especialistas, entrevistas cognitivas e teste piloto. A unidade de análise foi a fábrica e o questionário foi direcionado para o responsável da produção. Registaram-se 312 respostas que determinaram uma taxa de resposta de 33,7%. Destas, 178 foram eliminadas por valores em falta, resultando 134 observações válidas. Foram avaliados o enviesamento das não respostas e a variância do método comum. As práticas foram operacionalizados por uma medida global e também através de várias dimensões. TQM compreende quatro dimensões (conceção multifuncional do produto, ênfase no cliente, envolvimento dos fornecedores na qualidade e controlo do processo), TPM inclui quatro (manutenção autónoma e preventiva, manutenção baseada em equipas, ênfase técnica, desenvolvimento de processos e equipamentos), JIT contém duas (redução dos tempos de set-up e layout dos equipamentos) e HRM abrange três (sistema de sugestões dos trabalhadores, integração multifuncional dos trabalhadores, formação multifuncional). A prática HRM é a mais extensamente implementada, seguindo-se TQM e JIT. TPM surge com a menor extensão de implementação. A extensão de implementação das treze dimensões também foi avaliada. Os resultados estão de acordo com alguns estudos na IA que referem o controlo estatístico do processo com baixa extensão de implementação (Dora et al., 2013, Van Goubergen et al., 2011). Relativamente a TPM os resultados apenas sustentam parcialmente os do estudo de Van Goubergen et al. (2011). A literatura evidencia a importância de HRM como pré requisito para a implementação de práticas lean (Furlan, Vinelli & Dal Pont, 2011). Na amostra do presente estudo, HRM é a prática mais extensamente implementada o que denota que as empresas analisadas já possuem uma das condições requeridas para implementar as práticas de produção com sucesso. Estudos futuros analisarão a relação entre a implementação de práticas e o desempenho.