Beirante, DavidSantos, Idamaris de AlmeidaMarisa2025-08-192025-08-192025-07-24203987160http://hdl.handle.net/10400.15/5858Este estudo analisou como a literacia ecológica pode contribuir para a prevenção de incêndios florestais por meio da intervenção comunitária. Partiu-se da premissa de que os incêndios florestais em Portugal representam desafios ambientais complexos e multifacetados, exigindo respostas coordenadas entre diversos atores sociais, incluindo instituições, políticas públicas, alunos e comunidades locais, de modo a mitigar a escalada do fenômeno. A investigação teve como foco o programa Eco-Escolas, utilizando uma abordagem qualitativa baseada em entrevistas semiestruturadas para auscultar alunos, professores e representantes autárquicos. Os testemunhos recolhidos evidenciaram que as práticas ambientais promovidas nas escolas transcendem os seus muros, uma vez que os alunos não apenas assimilam os conhecimentos adquiridos, mas também atuam como agentes de mudança junto às suas famílias e comunidades, impulsionando transformações comportamentais em um processo de influência intergeracional. Contudo, o estudo revelou lacunas estruturais e operacionais que dificultam a implementação e continuidade do programa. A superação desses desafios exige uma articulação mais eficaz entre todos os envolvidos, desde as instâncias políticas e institucionais até a participação ativa de alunos, famílias e comunidades. Além disso, identificou-se a necessidade de um maior investimento em recursos financeiros e formativos, bem como a institucionalização da educação ambiental no currículo escolar, com a integração de programas específicos voltados para a prevenção de incêndios florestais. Em síntese, os resultados indicam que a educação ambiental e a intervenção comunitária são elementos essenciais para fortalecer a resiliência das comunidades face aos riscos e vulnerabilidades associados aos incêndios florestais, promovendo uma cultura de prevenção e sustentabilidade.This study examines how ecological literacy contributes to its applicability in forest fire prevention through community intervention. It is based on the premise that forest fires in Portugal represent complex and multifaceted environmental challenges that have an impact on society as a whole. Resolving this matter requires collaborative efforts from stakeholders, including social actors, institutional entities, governmental policies, students, and local communities to efficiently alleviate the issue. The study employs a qualitative case study approach of the Eco-Schools Programme, conducting semi-structured interviews with students, teachers, and community representatives to investigate this matter. The collected testimonies demonstrate that environmental practices advocated in schools extend beyond their premises. Students not only absorb the acquired knowledge but also serve as catalysts for change within their families and communities, facilitating behavioral transformations through an intergenerational impact process. However, the study revealed structural and operational gaps that hinder the implementation and continuity of the program. Overcoming these challenges requires more effective coordination among all stakeholders, from the political and institutional levels to the active participation of students, families, and communities. Moreover, the study highlights the imperative for increased investment in financial and educational resources, alongside the incorporation of environmental education into the school curriculum through specific programs targeting forest fire prevention. In summary, the findings underscore the pivotal role of environmental education and community intervention in bolstering community resilience against the risks and vulnerabilities associated with forest fires, fostering a culture of prevention and sustainability.poratores sociaisintervenção comunitáriaeducação ambientalcidadania ativatransformação socialsocial actorscommunity interventionenvironmental educationactive citizenshipsocial transformationmaster thesis